domingo, 16 de outubro de 2011

ARTIGO - MÁRCIA - 2

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA O
DESENVOLVIMENTO E A APRENDIZAGEM


Márcia Rosana Polachini

O ser humano, ao longo da história, submeteu-se a muitas transformações físicas, sociais, comportamentais, tecnológicas e culturais, porém o seu instinto de brincar e entreter-se em nada ou em muito pouco foi alterado.
É a moral que determina o comportamento social que homens e mulheres devem apresentar, adequando-se aos padrões da sociedade em que se inserem. É nesse sentido, que desde os primeiros anos de vida de um ser humano, os jogos e brincadeiras são os mediadores de suas relações com o mundo que o cerca e com os padrões sociais aceitos pela sociedade em que vive. Desde o berço, o homem aprende a relacionar-se com o mundo através de jogos e brincadeiras, como toda criança gosta de brincar irá internalizar melhor as noções de comportamento quando essas forem adquiridas por meio de uma atividade lúdica, pois poderá assimilar o objeto da sua maneira e terá o estímulo da brincadeira para a realização de tal assimilação.
O jogo e o brinquedo são atividades que acompanham a criança desde o início da humanidade, possibilitando a ela o contato com representações e imitações da vida adulta. Desde o início da vida e dos primeiros contatos com o mundo que a cerca, a criança utiliza-se da brincadeira para assimilar e compreender o que passa ao seu redor. É o lúdico que permite a criança o seu pleno desenvolvimento: físico, moral, intelectual e motor.
Já na educação, o jogo é sem dúvida a atividade mais importante para o desenvolvimento racional da criança. Contudo, o lúdico sempre causou muita discussão e conflitos no meio educacional. Tanto a sua definição quanto a sua ação prática são ainda hoje muito discutidas, sendo motivo de pesquisas e de teses de cursos de graduação e pós-graduação. Buscam-se uma definição que contemple toda a diversidade contida no ato de jogar ou brincar, assim como as suas reais contribuições para o processo de aprendizagem, sobretudo na alfabetização.
Os jogos e as brincadeiras sempre foram e serão os mediadores nas relações do homem com as coisas do mundo. Daí vem a justificativa dos mesmos estarem presentes no processo de alfabetização, sendo os mediadores da criança no contato com o mundo novo e fascinante da leitura e da escrita. Assim como o homem aprende a relacionar-se com o mundo por meio de jogos e brincadeiras, a criança poderá de forma prazerosa e motivante se relacionar com letras, números e símbolos. Para Vygotsky (1915), a criança é introduzida no mundo adulto pelo jogo e a sua imaginação quando estimulada por meio de jogos pode contribuir para a expansão de suas habilidades conceituais e para gravar conteúdos.
O corpo constitui a base orgânica na qual se assentará a personalidade da criança. É ele que possibilitará a ela interagir e adaptar-se ao meio, sendo o seu principal canal de comunicação com o mundo. Comunicação, essa, amplamente desenvolvida nas atividades lúdicas, quando a criança aprende a respeitar regras e conviver com os semelhantes. Tanto o jogo quanto as atividades lúdicas possuem um elemento essencialmente socializador, portanto de grande valia para os processos de desenvolvimento e aprendizagem.
Hoje, é notório o fato de que a escola precisa se preocupar com a emoção dos alunos tanto quanto com os conteúdos, principalmente durante o processo de alfabetização. E o que mais satisfaz e agrada à criança, certamente, é o ato de brincar. Basta ao professor saber a importância do lúdico nesse processo e introduzi-lo em sua prática pedagógica.
Para finalizar, é válido ressaltar que há muito o lúdico vem sendo apresentado como o grande facilitador do desenvolvimento da leitura e da escrita; tarefas básicas e fundamentais no processo de alfabetização. Além disso, o trabalho com jogos permite criar e gerar situações reais e concretas de aprendizagem.

Artigo publicado pela aluna Márcia Rosana Polachini - Pedagogia 1

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