quinta-feira, 24 de novembro de 2011

TEXTO 2 - ATAISE

A participação dos pais na escola

Existem vários tipos de pais. Os que participam regularmente da vida escolar dos filhos, vão à escola quando convidados ou não, os que são atentos, preocupados, o que não participa das reuniões, o despreocupado, o que acha que ir a escola é perda de tempo e o que pensa que é simplesmente entregar seu filho a uma instituição educacional e deixar a cargo dela educá-lo.
Alguns pais não compreendem que a escola é um prolongamento da família, uma extensão, onde seu filho interage e tem uma continuidade da educação que deve iniciar em casa.
Eles devem estar cientes de que é importante a participação na escola, não somente quando sua presença é solicitada, mas freqüentemente, sugerindo, participando, tomando decisões, ocupando seu papel no segmento de gestor.
Sabemos que muitas vezes o horário de trabalho torna um pouco difícil esta participação, mas acompanhar a vida escolar do filho é extremamente importante. Mostrar interesse no que ele realiza, o incentiva e favorece seu desenvolvimento, contribuindo para uma educação de sucesso.


Referências bibliográficas:
Disponível em WWW.google.com
A importância da participação dos Pais na escola
Acesso em novembro/2011.

Texto publicado pela aluna Ataise Filippi - Pedagogia 1

TEXTO - ATAISE

A importância do exemplo e do saber escutar

Muitas crianças desenvolvem estranhos comportamentos por não receberem a devida atenção que deveriam, de seus pais.
Na correria do cotidiano, muitos pais acabam desatentos aos seus filhos, por trabalharem demais e algumas vezes, além da rotina no trabalho, levam para casa muitas tarefas. Quando isso não acontece, preferem ler o jornal ou assistir um programa de televisão.Ouvem apenas isso.
Não ouvem quando o filho faz um questionamento, quando precisa esclarecer uma dúvida sobre um trabalho da escola ou até mesmo, quando seu filho tem uma notícia boa para lhe contar, um fato que aconteceu no seu dia e gostaria de dividir com seu pai.
Enquanto o pai fica distraído diante da televisão, a criança conversa com ele, tendo como resposta apenas um gesto feito com a cabeça, concordando ou não com o filho, quando nem sabe ele,do que se trata.
A infância necessita de atenção para propiciar a aprendizagem. Vivendo num ambiente desfavorável, ela não desenvolverá o conhecimento necessário nesta fase da vida.
Um tempo para conversar com os filhos é importante.
A base do conhecimento deles é adquirida através dos exemplos que a família e as demais pessoas lhe passam. Apenas corrigi-lo em seus erros não é suficiente.Temos que dar o exemplo, fazer com que perceba em nossos atos a maneira correta de agir, para assim favorecermos o desenvolvimento de sua aprendizagem.
Uma das maneiras que pode ser utilizada pelos pais para modificar seu comportamento perante o desinteresse que apresenta sobre a vida dos filhos é de ser receptivo, demonstrar atenção, empatia, não julgando antes de ouvir.
Além de demonstra educação, dar o exemplo e perceber a importância de escutar, você estará contribuindo para a educação do seu filho, afinal, é seu filho e você pode e deve deixar algumas atividades de sua profissão para depois e dar mais atenção a ele.
Marque presença na vida de seu filho, vocês jamais esquecerão disso. Ele, pelo fato do ensinamento repassado que o auxiliará no futuro,e você, quando sentir falta de um minuto da atenção dele.

Referências bibliográficas:
Revista Mundo Jovem - um jornal de idéias – “O jovem estudante quer participar” ano 49 nº 419 agosto de 2011- pais e filhos (dar o exemplo e saber escutar) página 8.

Texto publicado pela aluna Ataise Filippi - Pedagogia 1

ARTIGO - ALINE

ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Aline Aguirre
Professora de Educação Infantil e Séries Iniciais
Estudante de Licenciatura em Pedagogia – 8º semestre – UAB/UFPEL polo de Camargo - 2011

RESUMO
Por vários anos as escolas e os educadores negligenciaram a verdadeira história dos africanos em nosso país, disseminando a ideia de que vieram para o Brasil apenas com a finalidade de serem usados como mão-de-obra, um povo sem história, sem direitos, sem cultura. Porém, partindo das lutas dos Movimentos Negros e da criação de leis que exigem que as escolas ensinem sobre cultura africana e afro-brasileira, muitas mudanças vem ocorrendo em relação ao assunto, uma vez que se faz necessário realizar mudanças de conceitos e quebrar paradigmas enraizados na estrutura da sociedade. O presente artigo traz algumas considerações sobre as mudanças citadas à cima, com o intuito de contribuir com as reflexões acerca do assunto.
PALAVRAS CHAVE: africanos, história e cultura, educação, ações afirmativas.
ABSTRACT
For years, schools and educators have neglected the true story of Africans in our country, spreading the idea that came to Brazil only with the purpose of being used as manpower, a people without history, without rights, without culture. However, from the struggles of black movements and the creation of laws that require schools to teach about African culture and African-Brazilian, many changes have occurred in relation to the subject, since it is necessary to make changes and break paradigms rooted concepts the structure ofsociety. This article offers some thoughts on the changes mentioned above, in order to contribute to the reflections on the subject.
KEYWORDS: African, history and culture, education, affirmative action.

INTRODUÇÃO
O presente estudo tem por finalidade discutir sobre o ensino de história e cultura e afro-brasileira no ensino fundamental, trazendo presente leis e aspectos que fundamentam a importância da inserção destes estudos nas escolas. Os negros, por muitas vezes, são desconsiderados nos estudos históricos referentes à construção da atual sociedade brasileira, aparecem sempre em segundo plano, deixando de receber o merecido e importante destaque.
Traz um momento reflexivo sobre o papel da educação e do educador neste processo, uma vez que os professores, além de auxiliar na construção dos conhecimentos, são importantes formadores de opinião e contribuem para as mudanças na formação de novos conceitos em relação aos africanos e afro-brasileiros.

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA NO ENSINO FUNDAMENTAL
A desconstrução da ideologia que desumaniza e desqualifica pode contribuir para o processo de reconstrução da identidade étnico/ racial e autoestima dos afrodescendentes, passo fundamental para a aquisição dos direitos de cidadania. (Ana Célia da Silva)
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais são considerados sujeitos históricos (seja indivíduo, grupo ou classe social) aqueles que se destacam por seus atos na sociedade, que foram e são importantes para a construção das nações, aqueles cuja história de vida se relaciona com fatos históricos e com a realidade social, cultural, econômica, ou seja, que participaram das mudanças e transformações que ocorrem na sociedade ao longo dos anos. O conhecimento do outro possibilita aumentar o conhecimento de si mesmo, a medida que se vai conhecendo as várias formas de viver e as diferentes histórias vividas pelos sujeitos no decorrer do tempo.
No Brasil, o estudo da disciplina de história nos currículos das escolas traz pouco presente a participação dos negros como sujeitos que colaboraram para a construção da sociedade brasileira, eles aparecem sempre em papéis secundários ou de pouca importância. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana propõem que as escolas possam destacar a atuação de negros e seus descendentes nas diferentes áreas do conhecimento e da cultura, mostrando a importância destes como sujeitos históricos e que participaram da formação da sociedade atual.
No que se refere à educação no Brasil, a Constituição Federal (1988), coloca a educação como um direito de todo cidadão brasileiro, independentemente de sua classe racial. Em seu artigo 5º, afirma: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Neste documento, no artigo 6º, traz princípios de igualdade e qualidade no ensino:
O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; gestão democrática do ensino público na forma da lei; garantia de padrão de qualidade.
O mesmo documento, além de garantir o acesso de todos à educação, no art. 21º, traz princípios de garantia e valorização da diversidade cultural presente no país: “Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.” Partindo deste pressuposto, precisamos alterar a forma como ensinamos história até hoje e pensar a participação dos negros na formação da nossa sociedade.
A educação brasileira ainda prega uma educação de embranquecimento cultural em sentido amplo (NASCIMENTO,1978; MUNANGA, 1996; SILVA, 1996 e 1988), sendo que a escola tem grande responsabilidade sobre a continuidade das desigualdades raciais, desqualificando e inferiorizando os negros. O intelectual e militante negro Abdias do Nascimento destaca:
O sistema educacional [brasileiro] é usado como aparelhamento de controle nesta estrutura de discriminação cultural. Em todos os níveis do ensino brasileiro – elementar, secundário, universitário – o elenco das matérias ensinadas, como se se executasse o que havia predito a frase de Sílvio Romero, constitui um ritual da formalidade e da ostentação da Europa, e, mais recentemente, dos Estados Unidos. Se consciência é memória e futuro, quando e onde está a memória africana, parte inalienável da consciência brasileira? Onde e quando a história da África, o desenvolvimento de suas culturas e civilizações, as características, do seu povo, foram ou são ensinadas nas escolas brasileiras? Quando há alguma referência ao africano ou negro, é no sentido do afastamento e da alienação da identidade negra. Tampouco na universidade brasileira o mundo negro-africano tem acesso. O modelo europeu ou norte-americano se repete, e as populações afro-brasileiras são tangidas para longe do chão universitário como gado leproso. Falar em identidade negra numa universidade do país é o mesmo que provocar todas as iras do inferno, e constitui um difícil desafio aos raros universitários afro-brasileiros (NASCIMENTO, 1978: 95).
Ao longo dos anos, os movimentos sociais negros e os intelectuais militantes negros, percebendo a inferiorização do negro e a reprodução da discriminação racial, passaram a fazer reivindicações junto ao Estado Brasileiro pedindo que fosse incluída na disciplina de história estudos sobre os africanos, sua vida no Brasil, sua cultura e participação na formação da sociedade brasileira. No ano de 2003 foi sancionada a lei 10.639/2003, alterando a lei 9394 de 20 de dezembro de 1996, da qual passaram a constar os seguintes artigos:
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
§ 1ª - O Conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
§ 2ª - Os Conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.
Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como “Dia Nacional da Consciência Negra”.
O estabelecimento desta lei é considerado um avanço no processo de democratização do ensino e uma conquista da população brasileira, sendo um projeto elaborado pelas bases populares e pelo Movimento Negro, enviado ao governo, ou seja, uma lei que veio “de baixo para cima”, uma demanda da população. Pode-se dizer que a sociedade é formada por estrutura racista onde a cor da pele é considerada mais importante que sua história e cultura. Também temos que considerar que o histórico de escravidão do Brasil ainda afeta negativamente a sociedade e a inserção social dos afrodescendentes em nosso país. Chegamos a um momento de discussões onde não é possível negar que o racismo existe, há um abismo racial entre negros e brancos no Brasil e essa desigualdade é consequência da estrutura racista, da exclusão social e das diferenças socioeconômicas que afetam principalmente a população negra.
Assim, é sugerido que as escolas comecem um trabalho diferenciado, buscando realizar atividades em que educandos e educadores possam reconhecer os negros como sujeitos históricos, fazendo uma releitura da história do país onde os negros deixaram suas marcas e contribuições para a construção do patrimônio sociocultural, sendo que merecem respeito e consideração.
Estes estudos vão depender da dedicação dos professores em buscar conhecimentos e formas de trabalhar com os alunos, uma vez que a lei 10.639/03 não estabelece metas de implementação e nem qualificação dos profissionais da educação, e muito menos a reformulação dos programas de ensino. Cabe aos educadores questionar por que aprendemos a ver o outro, neste caso o negro, como inferior devido aos seus atributos físicos ou a sua aparência. Quando não refletimos sobre as questões raciais e não praticamos ações que busquem criar as mesmas oportunidades para negros e brancos estamos contribuindo para a reprodução do racismo. Desta forma, está na hora de mudar nossos próprios conceitos e pré-conceitos, e para isso precisamos estudar, pesquisar e conhecer melhor a história da África e a cultura afro-brasileira, tendo orgulho da ancestralidade africana presente no país.
Se buscamos que a nação brasileira seja uma sociedade onde os grupos étnico-raciais possam viver em situação de igualdade social, racial e de direitos, a educação e os educadores tem um papel fundamental, uma vez que a escola pode passar a interferir positivamente na formação dos sujeitos e, quando esta formação
inicia ainda quando os alunos estão no processo de formação de valores, ou seja, ainda no ensino fundamental, os resultados podem ser ainda melhores. Não podemos mais deixar que o mito da inexistência do racismo continue, precisamos fazer nossa parte como educadores e formadores de opinião. Silva (1998, p.34) se refere à escola como agente articulador de mudanças, afirmando:
(...) é urgente o resgate da autoestima das pessoas negras. A educação tem um papel fundamental nessa tarefa de reconstrução da autoimagem da mulher e do homem negros. Nossas crianças precisam conhecer sua história e é tarefa da escola ensinar a história do povo negro. É imprescindível superar as mentiras das histórias oficiais, que mais atrapalham do que ajudam. É imperativo que esta história seja ensinada por pessoas que, verdadeiramente, conheçam a história do povo negro. É preciso que o estudo sobre a História da África integre os currículos das escolas do 1º. ao 3º. Graus
É preciso buscar fontes que revelem mais do que conhecemos até hoje, que mostrem que os africanos tem participação não somente na história do Brasil, mas na construção da sociedade mundial, uma vez que foram levados também para outros países. Aqui, deve-se observar que a criação de leis, como por exemplo, a Lei Áurea e a Lei dos Sexagenários podem ter sido um ponto de partida para o fim da escravidão, mas não foram suficientes, uma vez que os escravos libertos não tinham o que fazer com a tal “liberdade conquistada”, demorando ainda muito tempo para terem seus direitos realmente garantidos. Muitos ainda veem a vinda dos negros para o Brasil como uma necessidade de mão-de-obra que precisava ser suprida e não como uma condução de seres humanos ao trabalho escravo:
Dá-se a impressão que o africano nunca lutou pela própria liberdade, e freqüentemente reforça-se esse estereótipo com a alegação de que o negro veio aqui para suprir a necessidade de mão-de-obra provocada pelo amor à liberdade e conseqüente inadaptabilidade do índio ao regime escravista. (NASCIMENTO, 2001, 119).
Precisamos ensinar a história de um povo que viu também na educação uma forma de progresso e fim real da escravidão, uma forma de lutar por direitos e justiça social:
(...) os negros perceberam rapidamente que tinham que criar técnicas sociais para melhorar a sua posição social e/ ou obter mobilidade social vertical, visando superar a condição de excluídos ou miseráveis(...)A valorização da educação formal foi uma das várias técnicas sociais empregadas pelos negros para ascender de status (SANTOS, 2005, p. 21).
Não é simples este processo, sendo que os séculos de exploração e “esquecimento” da existência dos negros não serão sanados com algumas leis ou projetos, mas temos a possibilidade de escrever uma nova história, rompendo com a imensa desigualdade construída durante os anos de discriminação. Santos (2001, p.105) diz:
(...) no cotidiano escolar a educação anti-racista visa a erradicação do preconceito, das discriminações e de tratamentos diferenciados. Nela estereótipos e idéias preconcebidas, estejam onde estiverem (meios de comunicação, material didático e de apoio, corpo discente e docente etc.)
precisam ser duramente criticados e banidos. É o caminho que conduz a valorização da igualdade nas relações. E para isso, o olhar crítico é ferramenta mestra.
Toda a equipe escolar, desde o diretor, professores e funcionários, precisam refletir sobre suas atitudes, pois os alunos não aprendem somente o que lhes é falado ou o que eles leem, mas principalmente através de atitudes. As mudanças iniciadas nas escolas, aos poucos vão refletindo na sociedade e desta forma as reais mudanças acontecerão, tendo a certeza de que estas mudanças são para melhor, para a formação de sujeitos realmente responsáveis, justos, conhecedores da verdade e que se preocupam com os demais, assegurando a real função social da escola, a de socializar saberes e formar pessoas com valores e atitudes voltados ao exercício da cidadania.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
No Brasil, os negros tiveram por muito tempo sua imagem inferiorizada, seja pela exploração do seu trabalho ou simplesmente pela diferença na cor da pele. Mesmo após a criação de leis que aboliram a escravidão os negros continuaram sem a garantia de seus direitos, sendo que vários movimentos de resistência lutaram por uma liberdade real, uma liberdade com garantia de direitos.
É fundamental que educadores iniciem uma mudança de postura, seja no âmbito pedagógico ou das relações humanas, sendo conscientes de sua função social e buscando um ensino que comtemple a diversidade e o respeito às diferenças. Um professor comprometido em levar história e a cultura afro-brasileira para a sala de aula, trazendo avanços não somente na qualidade do ensino, mas principalmente das relações entre raciais.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. SEPRIR, INEP. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, 2004.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: História e Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Lei nª 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Diário Oficial da União de 10 de janeiro de 2003.
MUNANGA, Kabengele (Org.). Estratégias e políticas de combate à discriminação racial. São Paulo: EDUSP/Estação Ciências, 1996.
NASCIMENTO, Abdias do. O Genocídio do Negro Brasileiro. Processo de um Racismo Mascarado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
NASCIMENTO, Elisa Larkin. Sankofa: educação e identidade afrodescendente. In:
CAVALLEIRO, Eliane (org). Racismo e anti-racismo na educação: repensando
nossa escola. São Paulo: Selo Negro, 2001.
SANTOS, Sales Augusto dos. A Lei no 10.639/03 como fruto da luta anti-racista do Movimento Negro. In: Educação anti-racista : caminhos abertos pela Lei 63 Federal nº 10.639/03. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria deEducação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.
SILVA, Edílson Marques da. Negritude e fé: o resgate da auto-estima. Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo: Faculdade de Ciências e Letras “Carlos Queiroz”, 1998.
SILVA, Ana Célia da. A ideologia do embranquecimento na educação brasileira e proposta de revisão. In: MUNANGA, Kabengele (Org.). Estratégias e políticas de
Combate à discriminação racial. São Paulo: EDUSP/Estação Ciências, 1996.
Página 9 de 9
_____. Estereótipos e Preconceitos em relação ao negro no livro de comunicação e Expressão de 1ª grau nível 1. Dissertação de mestrado apresentada na FACED/UFBA, Salvador, 1988.

Artigo publicado pela aluna Aline Aguirre - Pedagogia 1

ARTIGO - ELISÂNGELA DAMBROS

O ESPORTE COMO EDUCAÇÃO PARA A PAZ

Elisângela Dambros¹

Resumo
A educação é fundamental na vida da criança, aprender limites deste cedo é de grande importância para sua vida. A escola, os professores e a família são peças fundamentais na educação das mesmas. E muitas vezes são no esporte que se encontra a combinação perfeita entre educação e competição, pois faz com que a crianças aprenda se divertindo e também aprenda a respeitar seus limites e o de seus colegas.
Palavras-chave: esporte, educação, competição, escola.

1 INTRODUÇÃO

À prática de esportes é fundamental para tratar o corpo a mente, e o espírito, alem de unir os povos e aproximar as pessoas, tendo seus valores presentes para a melhoria da cooperação e o respeito, logo é um importante veículo na educação para a Paz.
No mundo agitado em que vivemos, Educar para a Paz é fundamental para o bem estar de todas as nações, o combate a violência esta cada vez mais no foco da população tanto dentro como forra das escolas a inserção das famílias no processo de ensino aprendizagem também é de grande importância na construção da paz, o grande desafio é transformar a escola em um ambiente de sensibilização e vivencia. Segundo Salles Filho:
Já que as habilidades e os valores ensinados através do esporte são compatíveis com os esforços para promover a paz.as atividades esportivas devem ser consideradas como um elemento de apoio dos programas em áreas de pós-conflitos e de alta tensão. (2003, p 29)
A educação para a paz tem no ato de aprender as experiências vivenciais de convivência, de cultivo de valores capazes de provocar o conhecimento como necessidade para vida coletiva em vários sentidos, pois nos dá base para o nosso conhecimento provocando em nós sensações de amor, dor, alegrias e tristezas visões sobre o homem e a sociedade, crenças e modos de viver entre certezas e incertezas motivos e medos frustrações e vontades, enfim, desperta várias sensações e percepções de nossa vida nos condicionando a qualidade do nosso conhecer.
O esporte antes de qualquer coisa precisa ser compreendido como uma ferramenta que contribui para o bem estar das pessoas, onde seu objetivo maior é que os benefícios que se pretendem alcançar sejam orientados, ensinado e muito bem treinado por um profissional da área. Com isso a educação física é uma prática que deve ser adotada como um estilo de vida para todas proporcionando uma melhor qualidade de vida para os praticantes.
De certa forma, o esporte sempre contribuirá para o desenvolvimento do individuo através da aprendizagem de valores e habilidades como também interferindo nas exclusões sociais reabilitação de crianças e jovens marginalizados.
O esporte como educação para a paz proporciona nas crianças e jovens formações em vários sentidos tanto no aspecto social como o lado individual, pois trabalha tarefas lúdicas que proporciona equilíbrio entre corpo, mente e espaço.
A disciplina que o esporte oferece como também a felicidade que as práticas do esporte oferecem faz com que a integração entre os praticantes sejam amenizadas e atitudes criminosas sejam repudiadas fazendo com que o esporte seja de certa maneira desconstrutivo. Para isso, é indispensável à presença de um profissional de educação física que terão a incumbência de ensinar, treinar e dinamizar as atividades esportivas a fim de obter o melhor resultado em todos os sentidos.
O caráter competitivo das atividades esportivas nem sempre esta presente entre as crianças. Para até anos de idade ás práticas devem ser voltados para o aspecto lúdico e de recreação deixando as disputas para crianças maiores, jovens e adultos. O esporte pode também ser dividido entre várias classes, escolar, a social a terapêutica, a esportiva, a recreativa, dentre outras.
O esporte pode ser usado como uma ferramenta para evitar conflitos assim como um grande elemento sustentável da paz quando planejado e aplicado de maneira inteligente e eficaz, o esporte nos últimos tempos tem sido objeto de estudos cada vez mais aprofundados, pois é no esporte que muito encontram a combinação perfeita entre Educação e Paz.
A prática de esportes é um grande instrumento educacional o qual proporciona desenvolvimento tanto individual quanto social da criança, embora ainda nem todas as instituições não utilizem essas práticas qual é muito necessário, pois a prática esportiva promove a socialização, a o cumprimento de regras a rotina, o respeito, persistência saber competir saber ganhar, saber perder, romper limites entre outros conceitos estes são importantíssimos na formação de cada individuo.
O esporte tem a força de unir os indivíduos independentes das classes sociais raça ou religião alem de desenvolver no individuo a capacidade de trabalhar em grupo do cumprimento de horários de saber ouvir de conhecer o próprio limite, alem de evitar o sedentarismo que é muito comum nos dias de hoje, pois o esporte tira a criança da frente da televisão e dos jogos de videogame.
O esporte deve ser o maior aliado da educação. Juntos promovem o desenvolvimento integral do indivíduo de forma harmoniosa e sadia despertando para a cidadania e assim formando pessoas de bem.
A educação vista como transmissão de conhecimentos ou de opiniões faz com que cada vez mais projetos sejam criados em prol da educação para a paz, onde a troca de opiniões se faz necessárias para a organização das idéias, pois o esporte se for usado de maneira ideal pode ser uma ótima maneira para evitar conflitos se aplicados eficazmente.
A educação Física é grande componente da educação de qualidade e parte integral da aprendizagem por toda a vida ale de trazer grandes benefícios para a saúde, pois focaliza o corpo a mente e o espírito, não adotar a educação física como matéria no currículo escolar reduz a qualidade da educação trazendo impactos negativos para a saúde publica, pois alem de tratar a mente do individuo também ajuda a lidar com os desafios enfrentados pelos jovens, os esportes também pode trazer auxilio como desenvolvimento sustentável observando sempre os aspectos regionais sendo que para isso é de fundamental importância estratégias definidas.
Sabemos que a prática de esporte é um instrumento educacional que propicia o desenvolvimento tanto individual quanto social da criança, que deve ser trabalhado em todas as instituições de ensino, pois é fonte inesgotável de conceitos éticos e morais importantíssimos na formação dos indivíduos, o esporte em qualquer lugar é uma grande escola para a vida, ensinando valores e habilidades importantíssimos para a contribuição do desenvolvimento holístico do indivíduo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação para a paz é o grande desafio das escolas, das famílias e da comunidade nos últimos tempos, todos estão empenhados em construir um mundo mais justo e fraterno onde se possa viver sem temer que alguém lhe faça algo de ruim.
O esporte nas escolas é tão importante como a matemática ou o português, muitas vezes as crianças não conseguem aprender algo que a professora queira ensinar então é feita uma brincadeira e ela aprende e nunca mais esquece o esporte também faz com que a criança descontraia e deixe um pouco de lado a sala de aula, assim quando retorna para a sala sente melhor e a aprendizagem torna-se mais fácil.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

WWW.uepg.br/paz/docs/NeiAlbertoSallesFilho
FREIRE, João Batista e Venâncio, Silvana. O Jogo dentro e fora da escola.
WWW.faac.unesp.br/pesquisa/tolerancia

Texto publicado pela aluna Elisangela Dambros - Pedagogia 1

TEXTO - EDINÉIA

A importância da musica na aprendizagem da criança

A música é muito importante para o desenvolvimento e a aprendizagem da criança e pode torna-se um poderoso recurso educativo a ser utilizado, pois ela representa uma importante fonte de estímulos, equilíbrio e felicidade para a criança
Em meus estágios procurava usar muito a musica nas minhas atividades pois assim as aulas ficavam mais atrativas, prazerosas , e ainda exijam esforço físico,uma vez que as crianças do dias atuais estão muito acomodadas. através da musica podemos trabalhar muito bem esta parte.
EnTão citarei apenas alguns exemplos da minha pratica;
Para trabalhar com a letra j, de jacaré, usei a musica que segue abaixo:

eu tenho um jacaré

que gosta de comer

escondam suas barrigas

senão o jacaré

come sua barriga e dedão do pé

Nessa musica podemos variar as partes do corpo tipo, escondam suas mãos senão o jacaré come suas mãos e dedão do pé, assim por diante ate q tenhamos colocado todas as partes principais do corpo, enquanto cantávamos a musica pude observar se todos conseguiam reconhecer todas as partes do corpo.

Em quanto eles estão na fila esperando a hora do almoço a gente cantava: & uma minhoquinha faz ginastiquinha, duas minhoquinha faz ginastiquinha,três minhoquinha faz ginastiquinha, quatro minhoquinha faz ginastiquinha, cinco minhoquinha faz ginastiquinha, um minhocão faz ginasticãooooo.& e eles vão contando nos dedinhos...( Esta era uma musica que eles já usavam)

AssIm como o atirei o pau na gato...que ao trabalhar a letra g usamos.

Não atire o pau no gato (to-to)
Porque isso (sso-sso)
Não se faz (faz-faz)
Ô gatinho (nho-nho)
É nosso amigo (go)
Não devemos maltratar
Os Animais jamais

Outra musica que saiu improvisada foi um versão nova da branca de neve e seus anões :

___& eu vou, eu vou pra fila agora vou...& daí eles já vão se encaminhando.


Mais uma musica que cantei com eles rea a seguinte( no ri timo de Terezinha de Jesus)

&Quando chego do recreio/ cansadinho de brincar/ eu me deito na minha classe / e começo a sonhar/ vejo fadas e anões/ vejo bruxas e dragões/ vejo tudo tão bonito/ e começo a descansar...&

(Então com os braços cruzados eles deitam a cabeça entre os braços e a classe. Essa musica e muito boa para canta quando eles voltam do intervalo p desacelera e acalma as crianças pois eles correm no recreio e chegam cansados.)

Outras cantigas populares que predominava na rotina da escola era; a canoa virou, ciranda cirandinha, a barata diz que tem, ai eu entrei na roda, a orquestra dos bichos entre outras


Referencia bibliográficas

http://www.escolapaulofreire.com.br/hpprof/valeria/importancia_musica.htm

Texto publicado pela aluna Edinéia Gayeski - Pedagogia 1

terça-feira, 22 de novembro de 2011

ARTIGO - MERIDIANA

AVALIAÇÃO ESCOLAR

RESUMO

O presente artigo visa esclarecer, através de estudos e análises, algumas questões pertinentes à avaliação escolar, visto que a mesma é fundamental para o sucesso ou fracasso escolar dos educandos. Procurarei, ao longo do trabalho, apontar alguns caminhos por onde acredito que o avaliador possa trilhar ao avaliar seu aluno, que significa, em contrapartida, a auto-avaliação do profissional da educação. Todavia, quero deixar claro que não pretendendo dar receitas, mesmo porque estas não podem ser dadas, visto que a educação é feita segundo a realidade vivida pelas escolas, pelos educadores e pelos alunos, e, principalmente pelo que estes acreditam ser correto . Antes de mudar as formas de avaliar, torna-se necessário que os professores tenham claro o que pretendem avaliar.

Palavras-chave: avaliação, fracasso escolar, métodos, professor, aluno.

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo estudar e analisar vários aspectos da avaliação escolar. Entre eles está o processo classificatório da avaliação, o qual é um, ou talvez seja o mais preocupante de todos os aspectos desta.
As perguntas para as quais buscarei subsídios para compreensão e discussão são: o que avaliar, para que avaliar, e como avaliar.
Muitas vezes, o professor é levado a avaliar o produto, ou seja, o resultado das tarefas realizadas, esquecendo que ao avaliar o aluno é necessário levar em conta o que ocorreu no caminho desde o início até o fim do processo de aprendizagem.
Temos por compreensão que ao avaliar um aluno é fundamental observar se ele obteve progressos evolutivos em relação ao ponto inicial e aquele em que se encontra no momento da avaliação final.
O termo avaliação geralmente causa medo e insegurança à maioria das pessoas, seja no âmbito da vida cotidiana, familiar, escolar e profissional mostram-se preocupados sempre que se encontram frente a situações avaliativas. Na escola, a maioria dos professores se perguntam por que os alunos se sentem até horrorizados diante da palavra avaliação. Sem levar em conta que talvez na trajetória da vida acadêmica, os próprios professores encontram e usam a avaliação como medida disciplinadora e punitiva para os alunos. Creio que seja pelo fato da avaliação escolar, na maioria das instituições, servir como processo classificatório ou até mesmo, discriminatório e não apenas como um instrumento necessário para acompanhar o desenvolvimento da aprendizagem dos discentes.
O professor, ao avaliar, precisa ter em mente que não existe o não aprender, e sim formas e tempos diferentes de aprender, é necessário, sobretudo, respeitar a diversidade dos educandos para que eles aprendam para a vida. E o que vai medir isso não é tão somente uma prova, uma avaliação.
O aprendizado do aluno deve ser observado diariamente, não somente atribuindo notas classificatórias, e sim acompanhando o processo como um todo.


O QUE IMPORTA SABER SOBRE AVALIAÇÃO

Segundo Zagury, o fato de repetir um ano não é uma boa notícia para ninguém, mas pode ser benéfico em certos casos.
Existem algumas deficiências que a criança só poderá superar tendo a chance de rever com tempo suficiente para que todas as dúvidas sejam sanadas, ou seja, em outras palavras, as deficiências não serão superadas com algumas aulas de recuperação no final do ano letivo, e sim com a repetição de todo o ano.
A verdade é que a reprovação é uma forma de resolver os problemas de aprendizagem do aluno enquanto ainda há tempo, pois se for reprovado, o aluno poderá ir se “arrastando” por vários anos, com sérios problemas, que poderão resultar em fracasso escolar completo ou até no abandono dos estudos.
Hoje, a realidade é diferente e a avaliação é vista de outra forma. Isso não quer dizer que o aluno não possa ser reprovado, porém, antes disso de fato acontecer, é necessário que a equipe técnica e docente lute muito por ele, ou seja, dê apoio e ofereça estratégias aos alunos que apresentam dificuldades.
Algumas vezes, os pais usam a estratégia de trocar de escola como alternativa para resolver os problemas de aprendizagem dos alunos. Outros, quando recebem a notícia que o filho reprovou, não pensam duas vezes, ao invés de identificarem qual o ponto nevrálgico que levou à reprovação, simplesmente o matriculam em outra escola.
Isso não parece ser o mais correto a se fazer. A criança não precisa de superproteção, e sim, de uma preparação para as dificuldades da vida, e se isso incluir a reprovação, os pais precisam aceitar o fato e dar apoio ao filho, o que não inclui passar a mão na cabeça.
A alternativa radical de trocar o filho de escola só é benéfica se ela não corresponde mais ao que eles desejam ou não cumprem o que foi prometido no ato da matrícula, ou ainda se algum equívoco grave foi cometido contra a criança.

DIFERENÇAS NA AVALIAÇÃO DA ESCOLA TRADICIONAL E DA ESCOLA MODERNA

A Escola Tradicional privilegia a quantidade de informação. Questionários são utilizados para reforçar o conteúdo e as avaliações servem apenas para medir a assimilação desses conteúdos. É centrada na figura do professor, encarregado de transmitir o conhecimento. O aluno é um sujeito passivo que recebe e assimila os conteúdos.
O seu sistema de avaliação mede a quantidade de informação absorvida. Da ênfase memorização e à reprodução do conteúdo por meio de exercícios.
Esse sistema de educação utiliza provas e testes para verificar quanto o aluno aprendeu daquilo que foi ensinado. As provas em geral, tem dia certo para serem aplicadas, os testes não, podem ser de surpresa.
O professor realiza um trabalho homogêneo, partindo do princípio de igualdade, onde vê todos os alunos com a mesma capacidade de aprender. Os alunos que não têm bom rendimento não são estimulados a permanecer no estabelecimento caso persistam nessa condição.
A Escola Tradicional, geralmente não tem cronogramas pré-estabelecidos para recuperar o aluno. Costumam apenas avisar os pais do fato para que tomem providências.
Na avaliação o conteúdo é priorizado, e não as habilidades ou competências do aluno.
O sistema da avaliação tradicional utiliza, na maioria dos casos, notas de um a dez ou de zero a cem, as quais servem de base para aprovar ou reprovar o aluno.
Por outro lado, a Escola Moderna tem além do objetivo de avaliar o quanto aluno aprendeu, verificar a forma pela qual o professor trabalhou, isso quer dizer que se o aluno não está aprendendo o problema pode não partir dele, e sim do professor, ou ainda da metodologia, que pode não estar sendo a mais adequada para aquele determinado aluno.
A Escola Moderna tem o objetivo de dar oportunidades iguais a todos, porém leva em consideração que os seres humanos são diferenciados, e, por isso, alguns aprendem mais rapidamente que outros, então, é justo que o professor analise com cautela e se necessário realize avaliações em momentos e de formas diferentes para alguns alunos.
Como métodos avaliativos, são utilizadas provas, testes, trabalhos individuais e de grupo, além da observação direta individualizada para compor o conceito de cada aluno.
O professor da Escola Moderna deve levar em conta além da quantidade de matéria aprendida, as habilidades, atitudes e hábitos adquiridos pelos alunos, como a capacidade de refletir e resolver problemas e de discutir fatos sociais.
O sistema de avaliação deve ser comunicado com clareza aos alunos, para evitar que sejam encarados como elementos estressantes ou formas de pressão. Desta forma, os alunos tendem a encarar as avaliações com naturalidade, desde que tenha estudado e se preparado adequadamente para realizá-las.
Segundo Zagury, na Escola Moderna, não existem alunos que não aprendem, e sim alunos que estão com problemas e precisam de mais atenção da equipe pedagógica. Todo o ensino moderno dá direito de recuperação ao aluno, ninguém é condenado por ter tido algum problema no primeiro trimestre do ano.
Escolas Modernas utilizam conceitos ao invés de notas. Não existe uma nota exata para cada conceito, é mais abstrato do que as notas que são atribuídas a alunos das Escolas Tradicionais.
Atualmente, é difícil encontrarmos escolas puramente Tradicionais ou Modernas. Com relação a avaliação, não é comum encontrar escolas que sigam exatamente o que propõe a Escola Moderna.
Muitos professores utilizam métodos tradicionais de ensino por medo de cometer injustiças avaliando os alunos um a um, de forma diferenciada. E é muito mais fácil aplicar uma prova e atribuir notas do que avaliar os alunos diariamente e individualmente.
Para Zagury, 2002, p. 173, o professor não deve assumir que a única forma de avaliar é a primeira ou a segunda. Toda a avaliação implica uma margem de erro, de um jeito ou de outro.
O ideal seria que fossem trabalhados conteúdos significativos para a formação do aluno. As atividades deveriam deixar de lado o sistema repetitivo para dar espaço para a criatividade, pesquisa e producao de conhecimentos. Afinal, sao estas as qualidades exigidas no mercado de trabalho atual.
Além dos conteúdos é necessário que a escola favoreça o desenvolvimento de atitudes positivas, atuando na formação do indivíduo. Respeito, paz, convivência harmônica, solidariedade e princípios de cidadania devem ser levados a sério e incluídos nos programas pedagógicos de forma prática e eficiente.
O professor, independentemente de lecionar em Escola Tradicional ou Moderna, precisa proporcionar igualdade de oportunidades aos alunos.
Talvez nem todos os professores conheçam como a Escola Tradicional e a Escola Moderna trabalham em torno dos objetivos, conteúdos, métodos de avaliação, postura docente e indisciplina, e consequentemente acabam cometendo erros graves que repercutem no aprendizado do aluno.

AVALIAR COM RESPONSABILIDADE

Uma das tarefas da escola: a complexidade da avaliação escolar que na maioria das vezes ao invés de ser apenas uma técnica pedagógica é a marca classificatória, o que é no mínimo pedagogicamente preocupante.
Nos dias atuais, quando se pensa em avaliação, talvez a cena que nos vem à mente é a de um professor e seus alunos ás voltas com uma prova. Na maioria das vezes angariar ou atribuir boas notas parecem ser objetivos únicos do trabalho escolar. A exemplo disso, pode-se citar a exagerada preocupação da escola, dos professores e dos alunos com o vestibular.
“[...] Na busca de um pretenso intercâmbio público de análises confiáveis, porque técnicas, avaliam-se alunos, professores, disciplinas, currículos, cursos, instituições, programas e sistemas educacionais.” (AQUINO, 97. p. 104)
Nessas circunstâncias fica claro que hoje, todos querem e sentem necessidades de avaliar e serem avaliados.
Todos parecem estar obstinados em chegar a resultados. Para algumas escolas e para alguns professores perece natural a utilização do ato avaliativo como regulador exclusivo ou prioritário do trabalho escolar.
Fica claro que o efeito da avaliação escolar, em termos disciplinares, talvez não seja nem o maior e nem o mais eficaz. Mas, mesmo assim, as instituições de ensino, os professores e os especialistas em educação fundamentam-se na tese de avaliar cada vez mais e melhor.
As principais preocupações destes quanto ao processo avaliativo são quando avaliar e como avaliar. Existem várias técnicas avaliativas disponíveis aos professores e a opção por esta ou aquela técnica, empregável de modo avulso ou combinado dar-se-ia de acordo com a concepção de processo que se tenha.
Porém, independentemente de termos muitas formas disponíveis para avaliar, acabamos sempre “desembocando” em um labirinto, e raramente são discutidas as finalidades da avaliação, o para que avaliar.
“... Terminada a maratona avaliatória e de posse de seus resultados, quase sempre retorna-se à velha fórmula: “aprovado ou reprovado”.” (AQUINO, 1997, p. 105)
Tem-se a crença de que pela avaliação, o saber do aluno pode ser mensurado, quantificado.
Os educadores falam em avaliar o aluno como um todo. Mas o que isso quer dizer?

[...] Talvez que se deva penetrar em múltiplos e imponderáveis “âmagos” humanos, para que só assim o empreendimento educacional se efetive a contento. E é a essa insólita “sede de verdade” que os discursos psicológicos, médicos, e mais recentemente os sóciopolíticos, parecem responder. (AQUINO, 1997, p. 106).

UMA REDEFINIÇÃO DAS PRÁTICAS AVALIATIVAS

A Escola Nova (movimento do final do século XIX), imbuída no espírito liberal, propôs que se identificasse os indivíduos, conforme sua aptidão e potencialidade, oferecendo-lhes ensinos diferenciados. Isso desencadeou os testes psicológicos, instrumentos que seriam capazes de medir as diferenças de aptidões e os talentos individuais, fatores responsáveis pela desigualdade social.
“Os testes de inteligência justificavam que os melhores lugares eram ocupados pelos mais capazes, veiculando a falsa idéia de que o método transcende o próprio homem e a ordem social que o desenvolveu.” ( AQUINO, 97. p. 74).
Atualmente,
com que propósito tem sido usada a avaliação no cotidiano de nossas escolas? Com o objetivo de aprovar/reprovar os alunos, acentuando as diferenças de capital cultural que esses alunos trazem ao ingressar na escola? ou a avaliação tem servido para obter informações sobre os avanços e dificuldades de cada aluno, para mostrar o que já foi conseguido e o que pode ser melhorado? Em síntese, a avaliação tem sido usada como arma de poder e juízo final [...]. (AQUINO, 1997, p. 111).

Se os testes psicológicos de Q. I. foram abolidos por serem excludentes, esqueceu-se de rever a herança que os mesmos deixaram às avaliações. As provas, o testes, funcionam para o psíquico das pessoas - crianças, jovens e adultos - da mesma forma que os testes de Q.I. funcionavam, ameaçadores e excludentes.
Pesquisas recentes apontam que a avaliação baseia-se quase exclusivamente no resultado das provas, e ainda, a prova é usada para ameaçar e punir, pois o erro nela encontrado, jamais é explorado no sentido construtivo. Desta forma, o professor sofre com o insucesso do aluno e não sabe o que pode fazer para mudar essa realidade.
Há que se mencionar aqui, também a recuperação, a qual é mal entendida pelo professor ou mal aproveitada por parte do aluno.
A maior parte das instituições de ensino utiliza instrumentos falhos e mal elaborados nos procedimentos de avaliação do aluno, e focaliza apenas aspectos cognitivos. Mais uma vez fica claro que inexistem inovações e experimentos neste processo, a avaliação tem cumprido um papel disciplinador e autoritário ficando todo o poder nas mãos do professor.
Para Perrenoud,

[...] A missão da escola primária não é preparar para a vida, mas para o ensino médio, que por sua vez, prepara para o liceu, e este prepara para a universidade, cuja finalidade é preparar para a pesquisa. Para proferir esse discurso é preciso ignorar deliberadamente que ¾ dos alunos que saem da universidade não farão pesquisa, que nem todos os que saem do liceu irão para a universidade, etc. (1999, p. 76)

A escola trabalha em um circuito fechado, preocupando-se mais pelo sucesso nas avaliações do que pelo uso dos conhecimentos escolares na vida dos estudantes.
É impossível avaliar o aluno de forma padronizada, como vem se fazendo desde as séries iniciais até a faculdade.
Hoje, o sistema educacional procura algo simples e econômico para avaliar o aluno, mas sabemos que a avaliação das competências deve ser algo complexo, personalizado e focado no trabalho de formação, assim, a avaliação acontecerá de forma coerente com aquilo que os estudantes merecem e, de fato, precisam para a sua vida.
O fracasso escolar está diretamente relacionado à prática pedagógica do professor, pois é este, que avalia de acordo com seus critérios os procedimentos. Sendo assim é ele o responsável pela exclusão ou inclusão do educando na instituição.
O ensino não é apenas uma atividade técnica e profissional. Na medida em que deve favorecer o desenvolvimento social e ético dos alunos, pressupõe também uma ação moral.
A avaliação põe em jogo os valores dos professores e reflete sua maneira de ser e de viver.
Os alunos não estão condenados a fracassar na escola, mas os riscos de fracasso se acumulam ao longo de suas histórias pessoal e escolar.
São várias as razões que levam os alunos a abandonar os estudos, as vezes, antes mesmo de acabar a educação básica: alguns abandonam porque precisam trabalhar ou ajudar em casa, outros porque se aborrecem em sala de aula por não compreender as tarefas a serem realizadas, outros porque não vêem sentido algum no aprendizado, e, ainda existem os que simplesmente abandonam por falta de apoio dos professores, ou pela maneira em que os professores fazem a avaliação de sua aprendizagem.
A avaliação dos alunos é o paradigma de um dos principais dilemas da educação: o dilema das expectativas da sociedade em relação ao sistema educativo, que impõe a emissão de certificados e a seleção, e as expectativas dos próprios alunos, que desejam um ensino sensível às suas necessidades e aos seus ritmos de aprendizagem. Por um lado os professores têm de julgar se o nível de conhecimento dos alunos atingiu o que foi estabelecido para passar de ano, e, por outro lado, eles devem fazer sua avaliação levando em conta a situação pessoal do aluno e seus progressos individuais, orientando-a na melhoria da ação educativa e das aprendizagens dos alunos. As duas funções (social e pedagógica) da avaliação refletem a tensão entre os objetivos da instituição escolar e os objetivos voltados às necessidades dos alunos.
Não faz muito sentido transmitir a mensagem de que a educação deve ser ampla e equilibrada e de que deve ser orientada para o conhecimento, e sim para o desenvolvimento afetivo e moral dos alunos, e isso deve contar com o apoio dos pais e professores, lembrando-se de que o ensino e avaliação dos outros são, ao mesmo tempo, ensino e avaliação de nós mesmos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para concluir embasada neste estudo que hoje, a maior polêmica que se cria, em relação a perspectiva inovadora da avaliação, diz respeito à melhoria da qualidade de ensino.
Dentre os fatores que dificultam a superação da prática tradicional, está a crença dos educadores de todos os graus de ensino na manutenção da ação avaliativa classificatória, como garantia de um ensino de qualidade. As notas e as provas funcionam como redes de segurança em termos do controle exercido pelos professores sobre seus alunos, das escolas e dos pais sobre os professores e do sistema sobre suas escolas.
Essa não é apenas a crença dos professores, mas também de toda a sociedade, e isso transparece em noticiários de televisão, em jornais e nos comentários entre as pessoas de diferentes classes sociais.
As escolas têm tido seus medos justificados quando pensam em realizar mudanças na avaliação, pois é aí que ocorre a busca por escolas mais conservadoras pela parte dos pais, e, em muitos casos isso leva até ao cancelamento de matrículas.
Na verdade há um sério descrédito em relação as escolas inovadoras e seus sistemas de avaliação. A crença popular é de que os professores são, hoje, menos exigentes, e que as escolas não oferecem o ensino competente à semelhança das antigas gerações .
Mas será que o sistema de avaliação tradicional e classificatório assegura um ensino de qualidade?
A resposta para tal pergunta está constituída no fato de não se poder considerar como competente uma escola que sequer dá conta dos alunos que recebe, promovendo muitos à categoria de repetentes e evadidos.
Se esse sistema assegurasse o ensino de qualidade não haveria tantas reprovações, e isso leva a crer que a metodologia tradicional de aplicação de provas e atribuição de notas não é a melhor forma de avaliar o aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ZAGURY, Tânia. Escola sem conflito: Parceria com os pais. Rio de Janeiro: Record, 2002.
HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: Os projetos de trabalho. Trad. Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artmed, 1998.
AQUINO, Julio Groppa. (coord.). Erro e fracasso na escola: Alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1997.
PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Artigo publicado pela aluna Meridiana Bernardi - Pedagogia 1

terça-feira, 15 de novembro de 2011

TEXTO - JAQUELINE CASA

DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM

Os distúrbios de aprendizagem são encontrados em crianças, adolescentes, ou até em pessoas em idade adulta, sendo enfrentados por professores e por pessoas que convivem com os indivíduos que convivem com esses problemas.
Para detectar os distúrbios de aprendizagem é necessário abranger todo o processo e não apenas a capacidade de quem aprende ou deixa de aprender. Dessa maneira, é preciso que os professores conheçam os problemas mais freqüentes em relação a aprendizagem para saber como agir diante dos mesmos e encaminhá-los para profissionais especializados.
A deficiências no processo de aprendizagem podem ter muitos motivos que afetam a capacidade das pessoas. Alguns exemplos são: conflitos no ambiente familiar, problemas na qualidade de ensino, não adaptação ao método de ensino utilizado, aversão a determinada matéria, problemas no aparelho auditivo ou visão.
Um distúrbio de aprendizagem depende de muitos procedimentos como o acompanhamento constante da criança, análise de um especialista e suas condições de vida. Alguns problemas podem ser resolvidos facilmente ao detectar a causa deles e evitar que a criança passe por situações desnecessárias.
Algumas características de pessoas com distúrbio de aprendizagem:
 Possuem uma inteligência próxima ao normal ou até superior.
Possuem difusão no sistema nervoso central.
 Dificuldades nem aspecto específico de aprendizagem (leitura, escrita, fala, raciocínio).
 Rendimento insatisfatório na escola com o relacionamento com as crianças da mesma idade.
 São encontrados no início da alfabetização
Essas crianças precisam de tratamentos diferenciados de profissionais especializados e formas diferentes de ensino.
Uma educação infantil de qualidade é importante nesta fase, com professores qualificados para esta fase de ensino.

Classificação dos Distúrbios:

Distúrbios de Entrada
Os distúrbios de entrada se caracterizam pelas informações chegadas ao cérebro que podem ser através do ouvido (entrada de audição) e da visão (entrada visual). E esse processo todo de entrada, é realizado no cérebro.

Distúrbios de Percepção Visual
O distúrbio de percepção visual não se caracteriza por pessoas quem têm
dificuldades para enxergar em função de problemas como, por exemplo, a miopia e o astigmatismo. Nesse distúrbio, as duas características mais presentes são:
Dificuldade em definir a posição e/ou forma do que se vê.
A entrada de informação pode ser recebida com letras ao contrário ou giradas.
Existem dificuldades de aprendizagem que são causadas por motivos diferentes daquelas que têm sua origem nos distúrbios aprendizagem é o fato de eles provocarem dificuldades para a realização de atividades específicas, como a de leitura ou a de escrita. No entanto, elementos como o Autismo, a Síndrome de Down, a Deficiência Mental, a Síndrome de Asperger e outros, também causam dificuldades no processo de ensino-aprendizagem para aqueles que os possuem.
Eles não implicam apenas em dificuldades específicas como, por exemplo, a
compreensão da matemática, mas tornam difícil todo o processo de aprendizagem,
independente da área em que se aplica, ou seja, implicam em dificuldades globais.

Texto publicado pela aluna Jaqueline Casa - Pedagogia 1

ARTIGO - ATAÍSE




Artigo publicado pela aluna Ataise Filippi - Pedagogia 1