quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

ARTIGO - RITA

A dimensão da família diante das deficiências.

Diante de uma sociedade que não sabe lidar com as diferenças, a família tem papel fundamental para assegurar o sustento material, físico, estrutural, emocional e em especial para enfrentar e superar o preconceito. A caminhada em busca do reconhecimento como pessoa de valor das pessoas com deficiências deve começar em casa, na família, ali desde cedo deve haver o estímulo para enfrentas suas limitações.
Quando um filho está para nascer, os pais moldam em suas mentes e corações um ser perfeito e saudável, e se esse ser vem com alguma característica diferente ao normal, no primeiro momento os pais ficam desacreditando que isso esteja acontecendo com eles, buscam saber onde foi o erro. O porquê está acontecendo com eles, tendo a impressão de que são os únicos com tal problema.
Daí a necessidade destes pais compreenderem de que especial não é só a criança, mas toda a família, pois esta tem papel fundamental para o desenvolvimento deste ser, esta não pode ficar parada, esperando que os outros ou a sociedade resolva. É necessário aceitar, acolher e incluir este ser primeiramente em casa e depois na escola, esta que é a porta de entrada na sociedade.
A família precisa ser promotora dessa inclusão pela aceitação da deficiência e limitações. Dar suporte para a formação de uma nova consciência que privilegie suas potencialidades, oportunizando meios de inserção na comunidade, favorecendo o aumento da auto-estima e seja impulsionado a sempre mais buscar formas de enfrentar os obstáculos e não somente se deter nas limitações. Além da família, a escola e os profissionais precisam trabalhar as potencialidades destas crianças, exigindo o máximo no seu desempenho para provocar a superação.
É preciso acabar com a cultura de isolar, esconder essas pessoas, sem oportunizá-las do convívio na sociedade. É fundamental incentivá-las desde pequena a enfrentar o preconceito e suas limitações, criar expectativas para o desenvolvimento e crescimento, indo à busca de seu espaço na sociedade como cidadão, com direitos e deveres a serem garantidos e respeitados. O sucesso e a possibilidade de vencer na vida destes seres dependem do empenho de todos os seguimentos que se envolvem no trabalho com eles.
Dentro das dificuldades, existem muitos fatores que podem comprometer a aprendizagem e que precisam ser tratados ou trabalhados desde cedo. Por isso, quanto mais cedo for diagnosticado e tratado, maior será o retorno positivo desta criança.
É preciso que os pais e a escola estejam atentos e avaliar, e se necessário buscar um diagnóstico mais aprofundado com profissionais especializados para encontrar as possíveis causas e tratar de forma correta. Um diagnóstico precoce e correto pode encurtar o caminho de superação e diminuir com o sofrimento de todos, da criança, da turma, da escola e, sobretudo da família. Em muitos casos é preciso uma equipe multidisciplinar trabalhando em sintonia e em contatos constantes para obter êxito nos resultados.

REFERENCIAIS:
TIBA,Içami: Quem ama educa. São Paulo. Ed Gente.2002
MARQUES,L.P. Em busca da compreensão da problemática da família do excepcional. 1992. Dissertação(Mestrado em Educação)- Departamento de Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.
Revista MUNDO JOVEM- Ed 400. Setembro de 2009. p.18.
Revista PUCRS INFORMAÇÂO, nº 139- Maio/Junho, 2008. P. 13.

Artigo publicado pela aluna Rita Pizzi Locatelli - Pedagogia 1

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

ARTIGO - JOICE

INCLUSÃO

Inclusão deve-se conhecer o que é realmente a inclusão; as pessoas com deficiência. palavra “deficiência” lembra ausência, anomalia ou insuficiência de um órgão, de uma função fisiológica, intelectual ou social (de acordo com o documento da CNBB,2006,p 32.). A noção de deficiência é complexa e está associada à ideia de imperfeição, fraqueza, carência, perda de qualidade e quantidade. A palavra deficiência não é negativa em si mesma, mas indica uma realidade de insuficiência.
A deficiência é a incapacidade, a perda ou a limitação das oportunidades de participar da vida em igualdade de condições com os demais. Pessoas com enfermidades ou deficiência intelectuais, mentais, visuais, auditivas ou da fala e as que têm dificuldade de mobilidade enfrentam barreiras físicas e psicológicas quase que constantemente, sua superação ou redução exige soluções diferenciadas e assumidas pela sociedade. As pessoas com deficiência não constituem um grupo homogêneo, e sim uma realidade complexa e muito presente em todas as sociedades.
As pessoas construíram termos e expressões para designar, caracterizar e diferenciar as pessoas com deficiência: paralítico, anormal, aleijado, mongoloide, alienado, portador de necessidades especiais, mancos, especiais cego, inválidos, surdos-mudos, imperfeito, retardado, débil mental, excepcional, etc. Todas essas palavras foram incorporados pela cultura, expressam posicionamento diante dessas realidades humanas, em diversos contextos históricos e culturais, mais ou menos preconceituosos.
A família é o primeiro espaço de inclusão da pessoa com deficiência, quando ele coloca solidária, positiva, a favor da pessoa humana, as deficiências e limitações se superam naturalmente.
Toda a criança tem o direito a educação. A criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas. O desenvolvimento humano é caracterizado por Piaget como um processo construtivo, resultante das contínuas interações do sujeito com o mundo “[...] Os valores da criança, são moldados de acordo com a imagem do pai e da mãe, ou dos mais velhos[...] Acriança procura agir segundo os modelos que lhe ao impostos, desenvolvendo assim um eu ideal”.(p.105;114 e 115.) Aquelas com necessidades educativas especiais precisam ter acesso à escola regular, que deveria “acomoda-las” dentro de uma pedagogia capaz de satisfazer essas necessidades.
Inclusão, necessariamente, pressupõe a formação continuada de professores para usarem estratégias de ensino mais diversificadas e mais dinâmicas, ou seja, mais compatíveis às crianças: estratégias estas que oportunizem as crianças terem vozes e serem ouvidas e onde suas experiências de vida e de riqueza pessoal, assim como suas necessidades e carências, não sejam ignoradas e negligenciadas pelo professor ou pela escola, mas sejam partes integrantes da vida escolar.

“Inclusão pressupõe uma escola com uma política participativa e uma cultura inclusiva, onde todos os membros da comunidade escolar são colaboradores entre si, apóiam-se mutuamente e aprendem uns com os outros a partir da reflexão sobre as práticas docentes, pressupõe um maior envolvimento com a família e a escola e a comunidade, onde todos buscam uma educação de qualidade para todas as crianças”.(Revista da Educação Especial, outubro. 2005 p.44.).


Pode se ver que a inclusão escolar não significa automaticamente aprendizado e alfabetização. A qualidade do ensino e o currículo, normalmente não são adaptados as necessidades das crianças com deficiência. Muitas escolas ainda, prestam mais atenção aos “impedimentos” do que aos potenciais dos alunos com necessidades educativas especiais.
As escolas deveriam assumir que as diferenças humanas são normais. A aprendizagem deveria ser adaptada às necessidades da criança, ao invés de se exigir a adaptação da criança.
Para ser uma escola inclusiva a mesma precisa acolhe todos os alunos independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais ou outras, sendo o principal desafio desenvolver uma pedagogia centrada no aluno, uma pedagogia capaz de educar e incluir além dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, aquelas que apresentam dificuldades temporárias ou permanentes na escola, as que estejam repetindo anos escolares, as que sejam a trabalhadores, as que vivem nas ruas, as que vivem na extrema pobreza, as que são vitimas de abusos, as que estão fora da escola, as que são superdotadas, pois a inclusão não se implica apenas aos alunos que apresentam alguma deficiência, como diz Hegarty, “[...]a escola inclusiva procura responder, de forma apropriada e com alta qualidade, à diferença em todas as formas que ela possa assumir” ( 2000.p.81).

“As escolas inclusivas propõem um modo de se constituir o sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturado em função dessas necessidades. A inclusão causa uma mudança na perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apóia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa em geral”, (MANTOAN, 1997, p.121).


Para que o sistema escolar construa uma comunidade escolar inclusiva é preciso o planejamento e o desenvolvimento do currículo que conduza aos resultados esperados pelo Estado e pelos setores educacionais. Preparar equipe para trabalhar de maneira cooperativa e compartilhar conhecimentos para melhorias, para um progresso contínuo. Investimento em tecnologia para dar apoio, servindo como um importante dispositivo da comunicação para conectar a escola à comunidade e o ensino dos resultados esperados, além de grupos de professores atuando como planejadores, instrutores e avaliadores de programas que conduzam a uma educação pedagógica inclusiva.
Como podemos perceber é necessário suporte para a ação pedagógica do professor. As adaptações curriculares são necessárias e constituem as possibilidades educacionais de atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos, Vygotsky, afirma que “uma prática escolar deverá necessariamente considerar o sujeito único, ativo e interativo no seu processo de conhecimento, já que ele não é visto como aquele que recebe passivamente as informações do exterior”(1996.p,109).
Por isso, percebe-se que é preciso refletir sobre a formação dos educadores, pois essa formação não é para preparar alguém para a diversidade, e sim para atender a todas as dificuldades possíveis na sala de aula, mas uma formação em que o educador irá olhar seu aluno de uma outra dimensão tendo assim acesso às peculiaridades desse aluno, entendendo e buscando apoio necessário.

Bibliografia

CONFERENCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Campanha da Fraternidade 2006: Manual/ Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.-CNBB- São Paulo: Editora Salesiana, 2005.

EGARTY, Seamus. O apoio centrado na escola; novas oportunidades e novos desafios. In: RODRIGUES, David (org). Educação e diferença. Porto, Porto Editora, 2000.

MANTOAN, Maria Tereza E. Ser ou estar, eis a questão: explicando o déficit intelectual. Rio de Janeiro:WVA, 1997.

Revista da Educação Especial, Outubro 2005.Ano I. Nº 01.

Texto publicado pela aluna Joice Possa - Pedagogia 1

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

TEXTO - JUCÉLIA

FORMAÇÃO PERMANENTE DE PROFESSORES: UMA NECESSIDADE CONSTANTE

A formação permanente do professor é uma necessidade constante, pois o aperfeiçoamento atualmente é um pré-requisito para a educação, bem como para qualquer outra área profissional. Se não ocorre essa formação, com certeza o professor ficará ultrapassado, e terá dificuldade em desenvolver aulas de acordo com a realidade em que vive e que sejam atrativas para os seus alunos.
Ressaltando o que colocamos acima a respeito da formação permanente, concordamos que é necessário “provocar que se veja a formação como parte intrínseca da profissão, assumindo uma interiorização cotidiana dos processos formativos e com um maior controle autônomo da formação”. (Imbernón, 2009). Ou seja a formação deve fazer parte do cotidiano da profissão de professores para que realmente se efetive.
Acreditamos que a formação, deve ser iniciada individualmente, por cada professor, para depois se partir para a formação coletiva, em grupo. A interdisciplinaridade é indispensável no dia-a-dia escolar, principalmente nas primeiras séries do Ensino Fundamental, mas primeiramente, o professor deve ter presente a realidade da sua disciplina, e da turma com que trabalha, por isso que a formação deve iniciar-se pela mesma.
A partir dessa formação inicial individual, voltada à sua área de conhecimento ou de atuação, o professor poderá partir para a formação coletiva, juntamente com seus colegas de escola, ou até mesmo de outras realidades, com condições de interagir com os colegas e as demais área do conhecimento, e a partir daí, sim , ter-se uma instituição com formação baseada na interdisciplinaridade.
Na realidade escolar que temos atualmente na nossa região e no país como um todo, esse processo, infelizmente, precisa ser repetido anualmente, pois convivemos com uma grande rotatividade de professores e administradores, que são mudados de escolas todo novo ano escolar. Por esse motivo, a formação individual com certeza é o que ajudará a formar a identidade do professor, e consequentemente, da instituição em que o mesmo atua.
É necessária essa formação, com objetivo de respeitar a identidade individual decada professor, bem como suas característivas pessoais, pois temos também a realidade, de muitos professores considerados “egoístas” e que não aceitam e não concordam com a interdisciplinaridade escolar. A partir da formação individual, com certeza a formação coletiva será melhor desenvolvida e efetivada.
Com essa coletividade na formação, os maiores beneficiados, com certeza serão os alunos, que são a razão da profissão educativa, bem como das instituições de ensino. Se houver um trabalho em conjunto das diferentes áreas do conhecimento, com certeza a aprendizagem escolar será melhor e maior, por parte dos alunos e o trabalho desenvolvido também se tornará mais atraente para os mesmos.
Esse trabalho interdisciplinar, que terá início após a formação coletiva do grupo dos professores, também é benéfica para os mesmos, pois o trabalho em conjunto, com certeza se tornará mais leve e abrirá inúmeras possibilidades de ligação entre as diversas áreas do conhecimento, e até mesmo entre diferentes níveis de ensino, e isso, certamente, só pode ser bom para a educação como um todo.
Concluindo, podemos dizer que “A mudança no futuro da formação permanente não deve ser a predominante, mas aquela que o professorado assuma ser sujeito da formação, compartindo seus significados com a consciência de que somos sujeitos quando nos diferenciamos trabalhando juntos e desenvolvendo uma identidade profissional...”. (Imbernón, 2009).

IMBERNÓN, Francisco. Formação permanente do professorado: novas tendências. São Paulo: Cortez, 2009.

Texto publicado pela aluna Jucélia Scarioti - Pedagogia 1

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

TEXTO 2 - ATAISE

A participação dos pais na escola

Existem vários tipos de pais. Os que participam regularmente da vida escolar dos filhos, vão à escola quando convidados ou não, os que são atentos, preocupados, o que não participa das reuniões, o despreocupado, o que acha que ir a escola é perda de tempo e o que pensa que é simplesmente entregar seu filho a uma instituição educacional e deixar a cargo dela educá-lo.
Alguns pais não compreendem que a escola é um prolongamento da família, uma extensão, onde seu filho interage e tem uma continuidade da educação que deve iniciar em casa.
Eles devem estar cientes de que é importante a participação na escola, não somente quando sua presença é solicitada, mas freqüentemente, sugerindo, participando, tomando decisões, ocupando seu papel no segmento de gestor.
Sabemos que muitas vezes o horário de trabalho torna um pouco difícil esta participação, mas acompanhar a vida escolar do filho é extremamente importante. Mostrar interesse no que ele realiza, o incentiva e favorece seu desenvolvimento, contribuindo para uma educação de sucesso.


Referências bibliográficas:
Disponível em WWW.google.com
A importância da participação dos Pais na escola
Acesso em novembro/2011.

Texto publicado pela aluna Ataise Filippi - Pedagogia 1

TEXTO - ATAISE

A importância do exemplo e do saber escutar

Muitas crianças desenvolvem estranhos comportamentos por não receberem a devida atenção que deveriam, de seus pais.
Na correria do cotidiano, muitos pais acabam desatentos aos seus filhos, por trabalharem demais e algumas vezes, além da rotina no trabalho, levam para casa muitas tarefas. Quando isso não acontece, preferem ler o jornal ou assistir um programa de televisão.Ouvem apenas isso.
Não ouvem quando o filho faz um questionamento, quando precisa esclarecer uma dúvida sobre um trabalho da escola ou até mesmo, quando seu filho tem uma notícia boa para lhe contar, um fato que aconteceu no seu dia e gostaria de dividir com seu pai.
Enquanto o pai fica distraído diante da televisão, a criança conversa com ele, tendo como resposta apenas um gesto feito com a cabeça, concordando ou não com o filho, quando nem sabe ele,do que se trata.
A infância necessita de atenção para propiciar a aprendizagem. Vivendo num ambiente desfavorável, ela não desenvolverá o conhecimento necessário nesta fase da vida.
Um tempo para conversar com os filhos é importante.
A base do conhecimento deles é adquirida através dos exemplos que a família e as demais pessoas lhe passam. Apenas corrigi-lo em seus erros não é suficiente.Temos que dar o exemplo, fazer com que perceba em nossos atos a maneira correta de agir, para assim favorecermos o desenvolvimento de sua aprendizagem.
Uma das maneiras que pode ser utilizada pelos pais para modificar seu comportamento perante o desinteresse que apresenta sobre a vida dos filhos é de ser receptivo, demonstrar atenção, empatia, não julgando antes de ouvir.
Além de demonstra educação, dar o exemplo e perceber a importância de escutar, você estará contribuindo para a educação do seu filho, afinal, é seu filho e você pode e deve deixar algumas atividades de sua profissão para depois e dar mais atenção a ele.
Marque presença na vida de seu filho, vocês jamais esquecerão disso. Ele, pelo fato do ensinamento repassado que o auxiliará no futuro,e você, quando sentir falta de um minuto da atenção dele.

Referências bibliográficas:
Revista Mundo Jovem - um jornal de idéias – “O jovem estudante quer participar” ano 49 nº 419 agosto de 2011- pais e filhos (dar o exemplo e saber escutar) página 8.

Texto publicado pela aluna Ataise Filippi - Pedagogia 1

ARTIGO - ALINE

ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Aline Aguirre
Professora de Educação Infantil e Séries Iniciais
Estudante de Licenciatura em Pedagogia – 8º semestre – UAB/UFPEL polo de Camargo - 2011

RESUMO
Por vários anos as escolas e os educadores negligenciaram a verdadeira história dos africanos em nosso país, disseminando a ideia de que vieram para o Brasil apenas com a finalidade de serem usados como mão-de-obra, um povo sem história, sem direitos, sem cultura. Porém, partindo das lutas dos Movimentos Negros e da criação de leis que exigem que as escolas ensinem sobre cultura africana e afro-brasileira, muitas mudanças vem ocorrendo em relação ao assunto, uma vez que se faz necessário realizar mudanças de conceitos e quebrar paradigmas enraizados na estrutura da sociedade. O presente artigo traz algumas considerações sobre as mudanças citadas à cima, com o intuito de contribuir com as reflexões acerca do assunto.
PALAVRAS CHAVE: africanos, história e cultura, educação, ações afirmativas.
ABSTRACT
For years, schools and educators have neglected the true story of Africans in our country, spreading the idea that came to Brazil only with the purpose of being used as manpower, a people without history, without rights, without culture. However, from the struggles of black movements and the creation of laws that require schools to teach about African culture and African-Brazilian, many changes have occurred in relation to the subject, since it is necessary to make changes and break paradigms rooted concepts the structure ofsociety. This article offers some thoughts on the changes mentioned above, in order to contribute to the reflections on the subject.
KEYWORDS: African, history and culture, education, affirmative action.

INTRODUÇÃO
O presente estudo tem por finalidade discutir sobre o ensino de história e cultura e afro-brasileira no ensino fundamental, trazendo presente leis e aspectos que fundamentam a importância da inserção destes estudos nas escolas. Os negros, por muitas vezes, são desconsiderados nos estudos históricos referentes à construção da atual sociedade brasileira, aparecem sempre em segundo plano, deixando de receber o merecido e importante destaque.
Traz um momento reflexivo sobre o papel da educação e do educador neste processo, uma vez que os professores, além de auxiliar na construção dos conhecimentos, são importantes formadores de opinião e contribuem para as mudanças na formação de novos conceitos em relação aos africanos e afro-brasileiros.

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA NO ENSINO FUNDAMENTAL
A desconstrução da ideologia que desumaniza e desqualifica pode contribuir para o processo de reconstrução da identidade étnico/ racial e autoestima dos afrodescendentes, passo fundamental para a aquisição dos direitos de cidadania. (Ana Célia da Silva)
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais são considerados sujeitos históricos (seja indivíduo, grupo ou classe social) aqueles que se destacam por seus atos na sociedade, que foram e são importantes para a construção das nações, aqueles cuja história de vida se relaciona com fatos históricos e com a realidade social, cultural, econômica, ou seja, que participaram das mudanças e transformações que ocorrem na sociedade ao longo dos anos. O conhecimento do outro possibilita aumentar o conhecimento de si mesmo, a medida que se vai conhecendo as várias formas de viver e as diferentes histórias vividas pelos sujeitos no decorrer do tempo.
No Brasil, o estudo da disciplina de história nos currículos das escolas traz pouco presente a participação dos negros como sujeitos que colaboraram para a construção da sociedade brasileira, eles aparecem sempre em papéis secundários ou de pouca importância. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana propõem que as escolas possam destacar a atuação de negros e seus descendentes nas diferentes áreas do conhecimento e da cultura, mostrando a importância destes como sujeitos históricos e que participaram da formação da sociedade atual.
No que se refere à educação no Brasil, a Constituição Federal (1988), coloca a educação como um direito de todo cidadão brasileiro, independentemente de sua classe racial. Em seu artigo 5º, afirma: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Neste documento, no artigo 6º, traz princípios de igualdade e qualidade no ensino:
O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; gestão democrática do ensino público na forma da lei; garantia de padrão de qualidade.
O mesmo documento, além de garantir o acesso de todos à educação, no art. 21º, traz princípios de garantia e valorização da diversidade cultural presente no país: “Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.” Partindo deste pressuposto, precisamos alterar a forma como ensinamos história até hoje e pensar a participação dos negros na formação da nossa sociedade.
A educação brasileira ainda prega uma educação de embranquecimento cultural em sentido amplo (NASCIMENTO,1978; MUNANGA, 1996; SILVA, 1996 e 1988), sendo que a escola tem grande responsabilidade sobre a continuidade das desigualdades raciais, desqualificando e inferiorizando os negros. O intelectual e militante negro Abdias do Nascimento destaca:
O sistema educacional [brasileiro] é usado como aparelhamento de controle nesta estrutura de discriminação cultural. Em todos os níveis do ensino brasileiro – elementar, secundário, universitário – o elenco das matérias ensinadas, como se se executasse o que havia predito a frase de Sílvio Romero, constitui um ritual da formalidade e da ostentação da Europa, e, mais recentemente, dos Estados Unidos. Se consciência é memória e futuro, quando e onde está a memória africana, parte inalienável da consciência brasileira? Onde e quando a história da África, o desenvolvimento de suas culturas e civilizações, as características, do seu povo, foram ou são ensinadas nas escolas brasileiras? Quando há alguma referência ao africano ou negro, é no sentido do afastamento e da alienação da identidade negra. Tampouco na universidade brasileira o mundo negro-africano tem acesso. O modelo europeu ou norte-americano se repete, e as populações afro-brasileiras são tangidas para longe do chão universitário como gado leproso. Falar em identidade negra numa universidade do país é o mesmo que provocar todas as iras do inferno, e constitui um difícil desafio aos raros universitários afro-brasileiros (NASCIMENTO, 1978: 95).
Ao longo dos anos, os movimentos sociais negros e os intelectuais militantes negros, percebendo a inferiorização do negro e a reprodução da discriminação racial, passaram a fazer reivindicações junto ao Estado Brasileiro pedindo que fosse incluída na disciplina de história estudos sobre os africanos, sua vida no Brasil, sua cultura e participação na formação da sociedade brasileira. No ano de 2003 foi sancionada a lei 10.639/2003, alterando a lei 9394 de 20 de dezembro de 1996, da qual passaram a constar os seguintes artigos:
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
§ 1ª - O Conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
§ 2ª - Os Conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.
Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como “Dia Nacional da Consciência Negra”.
O estabelecimento desta lei é considerado um avanço no processo de democratização do ensino e uma conquista da população brasileira, sendo um projeto elaborado pelas bases populares e pelo Movimento Negro, enviado ao governo, ou seja, uma lei que veio “de baixo para cima”, uma demanda da população. Pode-se dizer que a sociedade é formada por estrutura racista onde a cor da pele é considerada mais importante que sua história e cultura. Também temos que considerar que o histórico de escravidão do Brasil ainda afeta negativamente a sociedade e a inserção social dos afrodescendentes em nosso país. Chegamos a um momento de discussões onde não é possível negar que o racismo existe, há um abismo racial entre negros e brancos no Brasil e essa desigualdade é consequência da estrutura racista, da exclusão social e das diferenças socioeconômicas que afetam principalmente a população negra.
Assim, é sugerido que as escolas comecem um trabalho diferenciado, buscando realizar atividades em que educandos e educadores possam reconhecer os negros como sujeitos históricos, fazendo uma releitura da história do país onde os negros deixaram suas marcas e contribuições para a construção do patrimônio sociocultural, sendo que merecem respeito e consideração.
Estes estudos vão depender da dedicação dos professores em buscar conhecimentos e formas de trabalhar com os alunos, uma vez que a lei 10.639/03 não estabelece metas de implementação e nem qualificação dos profissionais da educação, e muito menos a reformulação dos programas de ensino. Cabe aos educadores questionar por que aprendemos a ver o outro, neste caso o negro, como inferior devido aos seus atributos físicos ou a sua aparência. Quando não refletimos sobre as questões raciais e não praticamos ações que busquem criar as mesmas oportunidades para negros e brancos estamos contribuindo para a reprodução do racismo. Desta forma, está na hora de mudar nossos próprios conceitos e pré-conceitos, e para isso precisamos estudar, pesquisar e conhecer melhor a história da África e a cultura afro-brasileira, tendo orgulho da ancestralidade africana presente no país.
Se buscamos que a nação brasileira seja uma sociedade onde os grupos étnico-raciais possam viver em situação de igualdade social, racial e de direitos, a educação e os educadores tem um papel fundamental, uma vez que a escola pode passar a interferir positivamente na formação dos sujeitos e, quando esta formação
inicia ainda quando os alunos estão no processo de formação de valores, ou seja, ainda no ensino fundamental, os resultados podem ser ainda melhores. Não podemos mais deixar que o mito da inexistência do racismo continue, precisamos fazer nossa parte como educadores e formadores de opinião. Silva (1998, p.34) se refere à escola como agente articulador de mudanças, afirmando:
(...) é urgente o resgate da autoestima das pessoas negras. A educação tem um papel fundamental nessa tarefa de reconstrução da autoimagem da mulher e do homem negros. Nossas crianças precisam conhecer sua história e é tarefa da escola ensinar a história do povo negro. É imprescindível superar as mentiras das histórias oficiais, que mais atrapalham do que ajudam. É imperativo que esta história seja ensinada por pessoas que, verdadeiramente, conheçam a história do povo negro. É preciso que o estudo sobre a História da África integre os currículos das escolas do 1º. ao 3º. Graus
É preciso buscar fontes que revelem mais do que conhecemos até hoje, que mostrem que os africanos tem participação não somente na história do Brasil, mas na construção da sociedade mundial, uma vez que foram levados também para outros países. Aqui, deve-se observar que a criação de leis, como por exemplo, a Lei Áurea e a Lei dos Sexagenários podem ter sido um ponto de partida para o fim da escravidão, mas não foram suficientes, uma vez que os escravos libertos não tinham o que fazer com a tal “liberdade conquistada”, demorando ainda muito tempo para terem seus direitos realmente garantidos. Muitos ainda veem a vinda dos negros para o Brasil como uma necessidade de mão-de-obra que precisava ser suprida e não como uma condução de seres humanos ao trabalho escravo:
Dá-se a impressão que o africano nunca lutou pela própria liberdade, e freqüentemente reforça-se esse estereótipo com a alegação de que o negro veio aqui para suprir a necessidade de mão-de-obra provocada pelo amor à liberdade e conseqüente inadaptabilidade do índio ao regime escravista. (NASCIMENTO, 2001, 119).
Precisamos ensinar a história de um povo que viu também na educação uma forma de progresso e fim real da escravidão, uma forma de lutar por direitos e justiça social:
(...) os negros perceberam rapidamente que tinham que criar técnicas sociais para melhorar a sua posição social e/ ou obter mobilidade social vertical, visando superar a condição de excluídos ou miseráveis(...)A valorização da educação formal foi uma das várias técnicas sociais empregadas pelos negros para ascender de status (SANTOS, 2005, p. 21).
Não é simples este processo, sendo que os séculos de exploração e “esquecimento” da existência dos negros não serão sanados com algumas leis ou projetos, mas temos a possibilidade de escrever uma nova história, rompendo com a imensa desigualdade construída durante os anos de discriminação. Santos (2001, p.105) diz:
(...) no cotidiano escolar a educação anti-racista visa a erradicação do preconceito, das discriminações e de tratamentos diferenciados. Nela estereótipos e idéias preconcebidas, estejam onde estiverem (meios de comunicação, material didático e de apoio, corpo discente e docente etc.)
precisam ser duramente criticados e banidos. É o caminho que conduz a valorização da igualdade nas relações. E para isso, o olhar crítico é ferramenta mestra.
Toda a equipe escolar, desde o diretor, professores e funcionários, precisam refletir sobre suas atitudes, pois os alunos não aprendem somente o que lhes é falado ou o que eles leem, mas principalmente através de atitudes. As mudanças iniciadas nas escolas, aos poucos vão refletindo na sociedade e desta forma as reais mudanças acontecerão, tendo a certeza de que estas mudanças são para melhor, para a formação de sujeitos realmente responsáveis, justos, conhecedores da verdade e que se preocupam com os demais, assegurando a real função social da escola, a de socializar saberes e formar pessoas com valores e atitudes voltados ao exercício da cidadania.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
No Brasil, os negros tiveram por muito tempo sua imagem inferiorizada, seja pela exploração do seu trabalho ou simplesmente pela diferença na cor da pele. Mesmo após a criação de leis que aboliram a escravidão os negros continuaram sem a garantia de seus direitos, sendo que vários movimentos de resistência lutaram por uma liberdade real, uma liberdade com garantia de direitos.
É fundamental que educadores iniciem uma mudança de postura, seja no âmbito pedagógico ou das relações humanas, sendo conscientes de sua função social e buscando um ensino que comtemple a diversidade e o respeito às diferenças. Um professor comprometido em levar história e a cultura afro-brasileira para a sala de aula, trazendo avanços não somente na qualidade do ensino, mas principalmente das relações entre raciais.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. SEPRIR, INEP. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, 2004.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: História e Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Lei nª 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Diário Oficial da União de 10 de janeiro de 2003.
MUNANGA, Kabengele (Org.). Estratégias e políticas de combate à discriminação racial. São Paulo: EDUSP/Estação Ciências, 1996.
NASCIMENTO, Abdias do. O Genocídio do Negro Brasileiro. Processo de um Racismo Mascarado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
NASCIMENTO, Elisa Larkin. Sankofa: educação e identidade afrodescendente. In:
CAVALLEIRO, Eliane (org). Racismo e anti-racismo na educação: repensando
nossa escola. São Paulo: Selo Negro, 2001.
SANTOS, Sales Augusto dos. A Lei no 10.639/03 como fruto da luta anti-racista do Movimento Negro. In: Educação anti-racista : caminhos abertos pela Lei 63 Federal nº 10.639/03. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria deEducação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.
SILVA, Edílson Marques da. Negritude e fé: o resgate da auto-estima. Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo: Faculdade de Ciências e Letras “Carlos Queiroz”, 1998.
SILVA, Ana Célia da. A ideologia do embranquecimento na educação brasileira e proposta de revisão. In: MUNANGA, Kabengele (Org.). Estratégias e políticas de
Combate à discriminação racial. São Paulo: EDUSP/Estação Ciências, 1996.
Página 9 de 9
_____. Estereótipos e Preconceitos em relação ao negro no livro de comunicação e Expressão de 1ª grau nível 1. Dissertação de mestrado apresentada na FACED/UFBA, Salvador, 1988.

Artigo publicado pela aluna Aline Aguirre - Pedagogia 1

ARTIGO - ELISÂNGELA DAMBROS

O ESPORTE COMO EDUCAÇÃO PARA A PAZ

Elisângela Dambros¹

Resumo
A educação é fundamental na vida da criança, aprender limites deste cedo é de grande importância para sua vida. A escola, os professores e a família são peças fundamentais na educação das mesmas. E muitas vezes são no esporte que se encontra a combinação perfeita entre educação e competição, pois faz com que a crianças aprenda se divertindo e também aprenda a respeitar seus limites e o de seus colegas.
Palavras-chave: esporte, educação, competição, escola.

1 INTRODUÇÃO

À prática de esportes é fundamental para tratar o corpo a mente, e o espírito, alem de unir os povos e aproximar as pessoas, tendo seus valores presentes para a melhoria da cooperação e o respeito, logo é um importante veículo na educação para a Paz.
No mundo agitado em que vivemos, Educar para a Paz é fundamental para o bem estar de todas as nações, o combate a violência esta cada vez mais no foco da população tanto dentro como forra das escolas a inserção das famílias no processo de ensino aprendizagem também é de grande importância na construção da paz, o grande desafio é transformar a escola em um ambiente de sensibilização e vivencia. Segundo Salles Filho:
Já que as habilidades e os valores ensinados através do esporte são compatíveis com os esforços para promover a paz.as atividades esportivas devem ser consideradas como um elemento de apoio dos programas em áreas de pós-conflitos e de alta tensão. (2003, p 29)
A educação para a paz tem no ato de aprender as experiências vivenciais de convivência, de cultivo de valores capazes de provocar o conhecimento como necessidade para vida coletiva em vários sentidos, pois nos dá base para o nosso conhecimento provocando em nós sensações de amor, dor, alegrias e tristezas visões sobre o homem e a sociedade, crenças e modos de viver entre certezas e incertezas motivos e medos frustrações e vontades, enfim, desperta várias sensações e percepções de nossa vida nos condicionando a qualidade do nosso conhecer.
O esporte antes de qualquer coisa precisa ser compreendido como uma ferramenta que contribui para o bem estar das pessoas, onde seu objetivo maior é que os benefícios que se pretendem alcançar sejam orientados, ensinado e muito bem treinado por um profissional da área. Com isso a educação física é uma prática que deve ser adotada como um estilo de vida para todas proporcionando uma melhor qualidade de vida para os praticantes.
De certa forma, o esporte sempre contribuirá para o desenvolvimento do individuo através da aprendizagem de valores e habilidades como também interferindo nas exclusões sociais reabilitação de crianças e jovens marginalizados.
O esporte como educação para a paz proporciona nas crianças e jovens formações em vários sentidos tanto no aspecto social como o lado individual, pois trabalha tarefas lúdicas que proporciona equilíbrio entre corpo, mente e espaço.
A disciplina que o esporte oferece como também a felicidade que as práticas do esporte oferecem faz com que a integração entre os praticantes sejam amenizadas e atitudes criminosas sejam repudiadas fazendo com que o esporte seja de certa maneira desconstrutivo. Para isso, é indispensável à presença de um profissional de educação física que terão a incumbência de ensinar, treinar e dinamizar as atividades esportivas a fim de obter o melhor resultado em todos os sentidos.
O caráter competitivo das atividades esportivas nem sempre esta presente entre as crianças. Para até anos de idade ás práticas devem ser voltados para o aspecto lúdico e de recreação deixando as disputas para crianças maiores, jovens e adultos. O esporte pode também ser dividido entre várias classes, escolar, a social a terapêutica, a esportiva, a recreativa, dentre outras.
O esporte pode ser usado como uma ferramenta para evitar conflitos assim como um grande elemento sustentável da paz quando planejado e aplicado de maneira inteligente e eficaz, o esporte nos últimos tempos tem sido objeto de estudos cada vez mais aprofundados, pois é no esporte que muito encontram a combinação perfeita entre Educação e Paz.
A prática de esportes é um grande instrumento educacional o qual proporciona desenvolvimento tanto individual quanto social da criança, embora ainda nem todas as instituições não utilizem essas práticas qual é muito necessário, pois a prática esportiva promove a socialização, a o cumprimento de regras a rotina, o respeito, persistência saber competir saber ganhar, saber perder, romper limites entre outros conceitos estes são importantíssimos na formação de cada individuo.
O esporte tem a força de unir os indivíduos independentes das classes sociais raça ou religião alem de desenvolver no individuo a capacidade de trabalhar em grupo do cumprimento de horários de saber ouvir de conhecer o próprio limite, alem de evitar o sedentarismo que é muito comum nos dias de hoje, pois o esporte tira a criança da frente da televisão e dos jogos de videogame.
O esporte deve ser o maior aliado da educação. Juntos promovem o desenvolvimento integral do indivíduo de forma harmoniosa e sadia despertando para a cidadania e assim formando pessoas de bem.
A educação vista como transmissão de conhecimentos ou de opiniões faz com que cada vez mais projetos sejam criados em prol da educação para a paz, onde a troca de opiniões se faz necessárias para a organização das idéias, pois o esporte se for usado de maneira ideal pode ser uma ótima maneira para evitar conflitos se aplicados eficazmente.
A educação Física é grande componente da educação de qualidade e parte integral da aprendizagem por toda a vida ale de trazer grandes benefícios para a saúde, pois focaliza o corpo a mente e o espírito, não adotar a educação física como matéria no currículo escolar reduz a qualidade da educação trazendo impactos negativos para a saúde publica, pois alem de tratar a mente do individuo também ajuda a lidar com os desafios enfrentados pelos jovens, os esportes também pode trazer auxilio como desenvolvimento sustentável observando sempre os aspectos regionais sendo que para isso é de fundamental importância estratégias definidas.
Sabemos que a prática de esporte é um instrumento educacional que propicia o desenvolvimento tanto individual quanto social da criança, que deve ser trabalhado em todas as instituições de ensino, pois é fonte inesgotável de conceitos éticos e morais importantíssimos na formação dos indivíduos, o esporte em qualquer lugar é uma grande escola para a vida, ensinando valores e habilidades importantíssimos para a contribuição do desenvolvimento holístico do indivíduo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação para a paz é o grande desafio das escolas, das famílias e da comunidade nos últimos tempos, todos estão empenhados em construir um mundo mais justo e fraterno onde se possa viver sem temer que alguém lhe faça algo de ruim.
O esporte nas escolas é tão importante como a matemática ou o português, muitas vezes as crianças não conseguem aprender algo que a professora queira ensinar então é feita uma brincadeira e ela aprende e nunca mais esquece o esporte também faz com que a criança descontraia e deixe um pouco de lado a sala de aula, assim quando retorna para a sala sente melhor e a aprendizagem torna-se mais fácil.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

WWW.uepg.br/paz/docs/NeiAlbertoSallesFilho
FREIRE, João Batista e Venâncio, Silvana. O Jogo dentro e fora da escola.
WWW.faac.unesp.br/pesquisa/tolerancia

Texto publicado pela aluna Elisangela Dambros - Pedagogia 1

TEXTO - EDINÉIA

A importância da musica na aprendizagem da criança

A música é muito importante para o desenvolvimento e a aprendizagem da criança e pode torna-se um poderoso recurso educativo a ser utilizado, pois ela representa uma importante fonte de estímulos, equilíbrio e felicidade para a criança
Em meus estágios procurava usar muito a musica nas minhas atividades pois assim as aulas ficavam mais atrativas, prazerosas , e ainda exijam esforço físico,uma vez que as crianças do dias atuais estão muito acomodadas. através da musica podemos trabalhar muito bem esta parte.
EnTão citarei apenas alguns exemplos da minha pratica;
Para trabalhar com a letra j, de jacaré, usei a musica que segue abaixo:

eu tenho um jacaré

que gosta de comer

escondam suas barrigas

senão o jacaré

come sua barriga e dedão do pé

Nessa musica podemos variar as partes do corpo tipo, escondam suas mãos senão o jacaré come suas mãos e dedão do pé, assim por diante ate q tenhamos colocado todas as partes principais do corpo, enquanto cantávamos a musica pude observar se todos conseguiam reconhecer todas as partes do corpo.

Em quanto eles estão na fila esperando a hora do almoço a gente cantava: & uma minhoquinha faz ginastiquinha, duas minhoquinha faz ginastiquinha,três minhoquinha faz ginastiquinha, quatro minhoquinha faz ginastiquinha, cinco minhoquinha faz ginastiquinha, um minhocão faz ginasticãooooo.& e eles vão contando nos dedinhos...( Esta era uma musica que eles já usavam)

AssIm como o atirei o pau na gato...que ao trabalhar a letra g usamos.

Não atire o pau no gato (to-to)
Porque isso (sso-sso)
Não se faz (faz-faz)
Ô gatinho (nho-nho)
É nosso amigo (go)
Não devemos maltratar
Os Animais jamais

Outra musica que saiu improvisada foi um versão nova da branca de neve e seus anões :

___& eu vou, eu vou pra fila agora vou...& daí eles já vão se encaminhando.


Mais uma musica que cantei com eles rea a seguinte( no ri timo de Terezinha de Jesus)

&Quando chego do recreio/ cansadinho de brincar/ eu me deito na minha classe / e começo a sonhar/ vejo fadas e anões/ vejo bruxas e dragões/ vejo tudo tão bonito/ e começo a descansar...&

(Então com os braços cruzados eles deitam a cabeça entre os braços e a classe. Essa musica e muito boa para canta quando eles voltam do intervalo p desacelera e acalma as crianças pois eles correm no recreio e chegam cansados.)

Outras cantigas populares que predominava na rotina da escola era; a canoa virou, ciranda cirandinha, a barata diz que tem, ai eu entrei na roda, a orquestra dos bichos entre outras


Referencia bibliográficas

http://www.escolapaulofreire.com.br/hpprof/valeria/importancia_musica.htm

Texto publicado pela aluna Edinéia Gayeski - Pedagogia 1

terça-feira, 22 de novembro de 2011

ARTIGO - MERIDIANA

AVALIAÇÃO ESCOLAR

RESUMO

O presente artigo visa esclarecer, através de estudos e análises, algumas questões pertinentes à avaliação escolar, visto que a mesma é fundamental para o sucesso ou fracasso escolar dos educandos. Procurarei, ao longo do trabalho, apontar alguns caminhos por onde acredito que o avaliador possa trilhar ao avaliar seu aluno, que significa, em contrapartida, a auto-avaliação do profissional da educação. Todavia, quero deixar claro que não pretendendo dar receitas, mesmo porque estas não podem ser dadas, visto que a educação é feita segundo a realidade vivida pelas escolas, pelos educadores e pelos alunos, e, principalmente pelo que estes acreditam ser correto . Antes de mudar as formas de avaliar, torna-se necessário que os professores tenham claro o que pretendem avaliar.

Palavras-chave: avaliação, fracasso escolar, métodos, professor, aluno.

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo estudar e analisar vários aspectos da avaliação escolar. Entre eles está o processo classificatório da avaliação, o qual é um, ou talvez seja o mais preocupante de todos os aspectos desta.
As perguntas para as quais buscarei subsídios para compreensão e discussão são: o que avaliar, para que avaliar, e como avaliar.
Muitas vezes, o professor é levado a avaliar o produto, ou seja, o resultado das tarefas realizadas, esquecendo que ao avaliar o aluno é necessário levar em conta o que ocorreu no caminho desde o início até o fim do processo de aprendizagem.
Temos por compreensão que ao avaliar um aluno é fundamental observar se ele obteve progressos evolutivos em relação ao ponto inicial e aquele em que se encontra no momento da avaliação final.
O termo avaliação geralmente causa medo e insegurança à maioria das pessoas, seja no âmbito da vida cotidiana, familiar, escolar e profissional mostram-se preocupados sempre que se encontram frente a situações avaliativas. Na escola, a maioria dos professores se perguntam por que os alunos se sentem até horrorizados diante da palavra avaliação. Sem levar em conta que talvez na trajetória da vida acadêmica, os próprios professores encontram e usam a avaliação como medida disciplinadora e punitiva para os alunos. Creio que seja pelo fato da avaliação escolar, na maioria das instituições, servir como processo classificatório ou até mesmo, discriminatório e não apenas como um instrumento necessário para acompanhar o desenvolvimento da aprendizagem dos discentes.
O professor, ao avaliar, precisa ter em mente que não existe o não aprender, e sim formas e tempos diferentes de aprender, é necessário, sobretudo, respeitar a diversidade dos educandos para que eles aprendam para a vida. E o que vai medir isso não é tão somente uma prova, uma avaliação.
O aprendizado do aluno deve ser observado diariamente, não somente atribuindo notas classificatórias, e sim acompanhando o processo como um todo.


O QUE IMPORTA SABER SOBRE AVALIAÇÃO

Segundo Zagury, o fato de repetir um ano não é uma boa notícia para ninguém, mas pode ser benéfico em certos casos.
Existem algumas deficiências que a criança só poderá superar tendo a chance de rever com tempo suficiente para que todas as dúvidas sejam sanadas, ou seja, em outras palavras, as deficiências não serão superadas com algumas aulas de recuperação no final do ano letivo, e sim com a repetição de todo o ano.
A verdade é que a reprovação é uma forma de resolver os problemas de aprendizagem do aluno enquanto ainda há tempo, pois se for reprovado, o aluno poderá ir se “arrastando” por vários anos, com sérios problemas, que poderão resultar em fracasso escolar completo ou até no abandono dos estudos.
Hoje, a realidade é diferente e a avaliação é vista de outra forma. Isso não quer dizer que o aluno não possa ser reprovado, porém, antes disso de fato acontecer, é necessário que a equipe técnica e docente lute muito por ele, ou seja, dê apoio e ofereça estratégias aos alunos que apresentam dificuldades.
Algumas vezes, os pais usam a estratégia de trocar de escola como alternativa para resolver os problemas de aprendizagem dos alunos. Outros, quando recebem a notícia que o filho reprovou, não pensam duas vezes, ao invés de identificarem qual o ponto nevrálgico que levou à reprovação, simplesmente o matriculam em outra escola.
Isso não parece ser o mais correto a se fazer. A criança não precisa de superproteção, e sim, de uma preparação para as dificuldades da vida, e se isso incluir a reprovação, os pais precisam aceitar o fato e dar apoio ao filho, o que não inclui passar a mão na cabeça.
A alternativa radical de trocar o filho de escola só é benéfica se ela não corresponde mais ao que eles desejam ou não cumprem o que foi prometido no ato da matrícula, ou ainda se algum equívoco grave foi cometido contra a criança.

DIFERENÇAS NA AVALIAÇÃO DA ESCOLA TRADICIONAL E DA ESCOLA MODERNA

A Escola Tradicional privilegia a quantidade de informação. Questionários são utilizados para reforçar o conteúdo e as avaliações servem apenas para medir a assimilação desses conteúdos. É centrada na figura do professor, encarregado de transmitir o conhecimento. O aluno é um sujeito passivo que recebe e assimila os conteúdos.
O seu sistema de avaliação mede a quantidade de informação absorvida. Da ênfase memorização e à reprodução do conteúdo por meio de exercícios.
Esse sistema de educação utiliza provas e testes para verificar quanto o aluno aprendeu daquilo que foi ensinado. As provas em geral, tem dia certo para serem aplicadas, os testes não, podem ser de surpresa.
O professor realiza um trabalho homogêneo, partindo do princípio de igualdade, onde vê todos os alunos com a mesma capacidade de aprender. Os alunos que não têm bom rendimento não são estimulados a permanecer no estabelecimento caso persistam nessa condição.
A Escola Tradicional, geralmente não tem cronogramas pré-estabelecidos para recuperar o aluno. Costumam apenas avisar os pais do fato para que tomem providências.
Na avaliação o conteúdo é priorizado, e não as habilidades ou competências do aluno.
O sistema da avaliação tradicional utiliza, na maioria dos casos, notas de um a dez ou de zero a cem, as quais servem de base para aprovar ou reprovar o aluno.
Por outro lado, a Escola Moderna tem além do objetivo de avaliar o quanto aluno aprendeu, verificar a forma pela qual o professor trabalhou, isso quer dizer que se o aluno não está aprendendo o problema pode não partir dele, e sim do professor, ou ainda da metodologia, que pode não estar sendo a mais adequada para aquele determinado aluno.
A Escola Moderna tem o objetivo de dar oportunidades iguais a todos, porém leva em consideração que os seres humanos são diferenciados, e, por isso, alguns aprendem mais rapidamente que outros, então, é justo que o professor analise com cautela e se necessário realize avaliações em momentos e de formas diferentes para alguns alunos.
Como métodos avaliativos, são utilizadas provas, testes, trabalhos individuais e de grupo, além da observação direta individualizada para compor o conceito de cada aluno.
O professor da Escola Moderna deve levar em conta além da quantidade de matéria aprendida, as habilidades, atitudes e hábitos adquiridos pelos alunos, como a capacidade de refletir e resolver problemas e de discutir fatos sociais.
O sistema de avaliação deve ser comunicado com clareza aos alunos, para evitar que sejam encarados como elementos estressantes ou formas de pressão. Desta forma, os alunos tendem a encarar as avaliações com naturalidade, desde que tenha estudado e se preparado adequadamente para realizá-las.
Segundo Zagury, na Escola Moderna, não existem alunos que não aprendem, e sim alunos que estão com problemas e precisam de mais atenção da equipe pedagógica. Todo o ensino moderno dá direito de recuperação ao aluno, ninguém é condenado por ter tido algum problema no primeiro trimestre do ano.
Escolas Modernas utilizam conceitos ao invés de notas. Não existe uma nota exata para cada conceito, é mais abstrato do que as notas que são atribuídas a alunos das Escolas Tradicionais.
Atualmente, é difícil encontrarmos escolas puramente Tradicionais ou Modernas. Com relação a avaliação, não é comum encontrar escolas que sigam exatamente o que propõe a Escola Moderna.
Muitos professores utilizam métodos tradicionais de ensino por medo de cometer injustiças avaliando os alunos um a um, de forma diferenciada. E é muito mais fácil aplicar uma prova e atribuir notas do que avaliar os alunos diariamente e individualmente.
Para Zagury, 2002, p. 173, o professor não deve assumir que a única forma de avaliar é a primeira ou a segunda. Toda a avaliação implica uma margem de erro, de um jeito ou de outro.
O ideal seria que fossem trabalhados conteúdos significativos para a formação do aluno. As atividades deveriam deixar de lado o sistema repetitivo para dar espaço para a criatividade, pesquisa e producao de conhecimentos. Afinal, sao estas as qualidades exigidas no mercado de trabalho atual.
Além dos conteúdos é necessário que a escola favoreça o desenvolvimento de atitudes positivas, atuando na formação do indivíduo. Respeito, paz, convivência harmônica, solidariedade e princípios de cidadania devem ser levados a sério e incluídos nos programas pedagógicos de forma prática e eficiente.
O professor, independentemente de lecionar em Escola Tradicional ou Moderna, precisa proporcionar igualdade de oportunidades aos alunos.
Talvez nem todos os professores conheçam como a Escola Tradicional e a Escola Moderna trabalham em torno dos objetivos, conteúdos, métodos de avaliação, postura docente e indisciplina, e consequentemente acabam cometendo erros graves que repercutem no aprendizado do aluno.

AVALIAR COM RESPONSABILIDADE

Uma das tarefas da escola: a complexidade da avaliação escolar que na maioria das vezes ao invés de ser apenas uma técnica pedagógica é a marca classificatória, o que é no mínimo pedagogicamente preocupante.
Nos dias atuais, quando se pensa em avaliação, talvez a cena que nos vem à mente é a de um professor e seus alunos ás voltas com uma prova. Na maioria das vezes angariar ou atribuir boas notas parecem ser objetivos únicos do trabalho escolar. A exemplo disso, pode-se citar a exagerada preocupação da escola, dos professores e dos alunos com o vestibular.
“[...] Na busca de um pretenso intercâmbio público de análises confiáveis, porque técnicas, avaliam-se alunos, professores, disciplinas, currículos, cursos, instituições, programas e sistemas educacionais.” (AQUINO, 97. p. 104)
Nessas circunstâncias fica claro que hoje, todos querem e sentem necessidades de avaliar e serem avaliados.
Todos parecem estar obstinados em chegar a resultados. Para algumas escolas e para alguns professores perece natural a utilização do ato avaliativo como regulador exclusivo ou prioritário do trabalho escolar.
Fica claro que o efeito da avaliação escolar, em termos disciplinares, talvez não seja nem o maior e nem o mais eficaz. Mas, mesmo assim, as instituições de ensino, os professores e os especialistas em educação fundamentam-se na tese de avaliar cada vez mais e melhor.
As principais preocupações destes quanto ao processo avaliativo são quando avaliar e como avaliar. Existem várias técnicas avaliativas disponíveis aos professores e a opção por esta ou aquela técnica, empregável de modo avulso ou combinado dar-se-ia de acordo com a concepção de processo que se tenha.
Porém, independentemente de termos muitas formas disponíveis para avaliar, acabamos sempre “desembocando” em um labirinto, e raramente são discutidas as finalidades da avaliação, o para que avaliar.
“... Terminada a maratona avaliatória e de posse de seus resultados, quase sempre retorna-se à velha fórmula: “aprovado ou reprovado”.” (AQUINO, 1997, p. 105)
Tem-se a crença de que pela avaliação, o saber do aluno pode ser mensurado, quantificado.
Os educadores falam em avaliar o aluno como um todo. Mas o que isso quer dizer?

[...] Talvez que se deva penetrar em múltiplos e imponderáveis “âmagos” humanos, para que só assim o empreendimento educacional se efetive a contento. E é a essa insólita “sede de verdade” que os discursos psicológicos, médicos, e mais recentemente os sóciopolíticos, parecem responder. (AQUINO, 1997, p. 106).

UMA REDEFINIÇÃO DAS PRÁTICAS AVALIATIVAS

A Escola Nova (movimento do final do século XIX), imbuída no espírito liberal, propôs que se identificasse os indivíduos, conforme sua aptidão e potencialidade, oferecendo-lhes ensinos diferenciados. Isso desencadeou os testes psicológicos, instrumentos que seriam capazes de medir as diferenças de aptidões e os talentos individuais, fatores responsáveis pela desigualdade social.
“Os testes de inteligência justificavam que os melhores lugares eram ocupados pelos mais capazes, veiculando a falsa idéia de que o método transcende o próprio homem e a ordem social que o desenvolveu.” ( AQUINO, 97. p. 74).
Atualmente,
com que propósito tem sido usada a avaliação no cotidiano de nossas escolas? Com o objetivo de aprovar/reprovar os alunos, acentuando as diferenças de capital cultural que esses alunos trazem ao ingressar na escola? ou a avaliação tem servido para obter informações sobre os avanços e dificuldades de cada aluno, para mostrar o que já foi conseguido e o que pode ser melhorado? Em síntese, a avaliação tem sido usada como arma de poder e juízo final [...]. (AQUINO, 1997, p. 111).

Se os testes psicológicos de Q. I. foram abolidos por serem excludentes, esqueceu-se de rever a herança que os mesmos deixaram às avaliações. As provas, o testes, funcionam para o psíquico das pessoas - crianças, jovens e adultos - da mesma forma que os testes de Q.I. funcionavam, ameaçadores e excludentes.
Pesquisas recentes apontam que a avaliação baseia-se quase exclusivamente no resultado das provas, e ainda, a prova é usada para ameaçar e punir, pois o erro nela encontrado, jamais é explorado no sentido construtivo. Desta forma, o professor sofre com o insucesso do aluno e não sabe o que pode fazer para mudar essa realidade.
Há que se mencionar aqui, também a recuperação, a qual é mal entendida pelo professor ou mal aproveitada por parte do aluno.
A maior parte das instituições de ensino utiliza instrumentos falhos e mal elaborados nos procedimentos de avaliação do aluno, e focaliza apenas aspectos cognitivos. Mais uma vez fica claro que inexistem inovações e experimentos neste processo, a avaliação tem cumprido um papel disciplinador e autoritário ficando todo o poder nas mãos do professor.
Para Perrenoud,

[...] A missão da escola primária não é preparar para a vida, mas para o ensino médio, que por sua vez, prepara para o liceu, e este prepara para a universidade, cuja finalidade é preparar para a pesquisa. Para proferir esse discurso é preciso ignorar deliberadamente que ¾ dos alunos que saem da universidade não farão pesquisa, que nem todos os que saem do liceu irão para a universidade, etc. (1999, p. 76)

A escola trabalha em um circuito fechado, preocupando-se mais pelo sucesso nas avaliações do que pelo uso dos conhecimentos escolares na vida dos estudantes.
É impossível avaliar o aluno de forma padronizada, como vem se fazendo desde as séries iniciais até a faculdade.
Hoje, o sistema educacional procura algo simples e econômico para avaliar o aluno, mas sabemos que a avaliação das competências deve ser algo complexo, personalizado e focado no trabalho de formação, assim, a avaliação acontecerá de forma coerente com aquilo que os estudantes merecem e, de fato, precisam para a sua vida.
O fracasso escolar está diretamente relacionado à prática pedagógica do professor, pois é este, que avalia de acordo com seus critérios os procedimentos. Sendo assim é ele o responsável pela exclusão ou inclusão do educando na instituição.
O ensino não é apenas uma atividade técnica e profissional. Na medida em que deve favorecer o desenvolvimento social e ético dos alunos, pressupõe também uma ação moral.
A avaliação põe em jogo os valores dos professores e reflete sua maneira de ser e de viver.
Os alunos não estão condenados a fracassar na escola, mas os riscos de fracasso se acumulam ao longo de suas histórias pessoal e escolar.
São várias as razões que levam os alunos a abandonar os estudos, as vezes, antes mesmo de acabar a educação básica: alguns abandonam porque precisam trabalhar ou ajudar em casa, outros porque se aborrecem em sala de aula por não compreender as tarefas a serem realizadas, outros porque não vêem sentido algum no aprendizado, e, ainda existem os que simplesmente abandonam por falta de apoio dos professores, ou pela maneira em que os professores fazem a avaliação de sua aprendizagem.
A avaliação dos alunos é o paradigma de um dos principais dilemas da educação: o dilema das expectativas da sociedade em relação ao sistema educativo, que impõe a emissão de certificados e a seleção, e as expectativas dos próprios alunos, que desejam um ensino sensível às suas necessidades e aos seus ritmos de aprendizagem. Por um lado os professores têm de julgar se o nível de conhecimento dos alunos atingiu o que foi estabelecido para passar de ano, e, por outro lado, eles devem fazer sua avaliação levando em conta a situação pessoal do aluno e seus progressos individuais, orientando-a na melhoria da ação educativa e das aprendizagens dos alunos. As duas funções (social e pedagógica) da avaliação refletem a tensão entre os objetivos da instituição escolar e os objetivos voltados às necessidades dos alunos.
Não faz muito sentido transmitir a mensagem de que a educação deve ser ampla e equilibrada e de que deve ser orientada para o conhecimento, e sim para o desenvolvimento afetivo e moral dos alunos, e isso deve contar com o apoio dos pais e professores, lembrando-se de que o ensino e avaliação dos outros são, ao mesmo tempo, ensino e avaliação de nós mesmos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para concluir embasada neste estudo que hoje, a maior polêmica que se cria, em relação a perspectiva inovadora da avaliação, diz respeito à melhoria da qualidade de ensino.
Dentre os fatores que dificultam a superação da prática tradicional, está a crença dos educadores de todos os graus de ensino na manutenção da ação avaliativa classificatória, como garantia de um ensino de qualidade. As notas e as provas funcionam como redes de segurança em termos do controle exercido pelos professores sobre seus alunos, das escolas e dos pais sobre os professores e do sistema sobre suas escolas.
Essa não é apenas a crença dos professores, mas também de toda a sociedade, e isso transparece em noticiários de televisão, em jornais e nos comentários entre as pessoas de diferentes classes sociais.
As escolas têm tido seus medos justificados quando pensam em realizar mudanças na avaliação, pois é aí que ocorre a busca por escolas mais conservadoras pela parte dos pais, e, em muitos casos isso leva até ao cancelamento de matrículas.
Na verdade há um sério descrédito em relação as escolas inovadoras e seus sistemas de avaliação. A crença popular é de que os professores são, hoje, menos exigentes, e que as escolas não oferecem o ensino competente à semelhança das antigas gerações .
Mas será que o sistema de avaliação tradicional e classificatório assegura um ensino de qualidade?
A resposta para tal pergunta está constituída no fato de não se poder considerar como competente uma escola que sequer dá conta dos alunos que recebe, promovendo muitos à categoria de repetentes e evadidos.
Se esse sistema assegurasse o ensino de qualidade não haveria tantas reprovações, e isso leva a crer que a metodologia tradicional de aplicação de provas e atribuição de notas não é a melhor forma de avaliar o aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ZAGURY, Tânia. Escola sem conflito: Parceria com os pais. Rio de Janeiro: Record, 2002.
HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: Os projetos de trabalho. Trad. Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artmed, 1998.
AQUINO, Julio Groppa. (coord.). Erro e fracasso na escola: Alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1997.
PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Artigo publicado pela aluna Meridiana Bernardi - Pedagogia 1

terça-feira, 15 de novembro de 2011

TEXTO - JAQUELINE CASA

DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM

Os distúrbios de aprendizagem são encontrados em crianças, adolescentes, ou até em pessoas em idade adulta, sendo enfrentados por professores e por pessoas que convivem com os indivíduos que convivem com esses problemas.
Para detectar os distúrbios de aprendizagem é necessário abranger todo o processo e não apenas a capacidade de quem aprende ou deixa de aprender. Dessa maneira, é preciso que os professores conheçam os problemas mais freqüentes em relação a aprendizagem para saber como agir diante dos mesmos e encaminhá-los para profissionais especializados.
A deficiências no processo de aprendizagem podem ter muitos motivos que afetam a capacidade das pessoas. Alguns exemplos são: conflitos no ambiente familiar, problemas na qualidade de ensino, não adaptação ao método de ensino utilizado, aversão a determinada matéria, problemas no aparelho auditivo ou visão.
Um distúrbio de aprendizagem depende de muitos procedimentos como o acompanhamento constante da criança, análise de um especialista e suas condições de vida. Alguns problemas podem ser resolvidos facilmente ao detectar a causa deles e evitar que a criança passe por situações desnecessárias.
Algumas características de pessoas com distúrbio de aprendizagem:
 Possuem uma inteligência próxima ao normal ou até superior.
Possuem difusão no sistema nervoso central.
 Dificuldades nem aspecto específico de aprendizagem (leitura, escrita, fala, raciocínio).
 Rendimento insatisfatório na escola com o relacionamento com as crianças da mesma idade.
 São encontrados no início da alfabetização
Essas crianças precisam de tratamentos diferenciados de profissionais especializados e formas diferentes de ensino.
Uma educação infantil de qualidade é importante nesta fase, com professores qualificados para esta fase de ensino.

Classificação dos Distúrbios:

Distúrbios de Entrada
Os distúrbios de entrada se caracterizam pelas informações chegadas ao cérebro que podem ser através do ouvido (entrada de audição) e da visão (entrada visual). E esse processo todo de entrada, é realizado no cérebro.

Distúrbios de Percepção Visual
O distúrbio de percepção visual não se caracteriza por pessoas quem têm
dificuldades para enxergar em função de problemas como, por exemplo, a miopia e o astigmatismo. Nesse distúrbio, as duas características mais presentes são:
Dificuldade em definir a posição e/ou forma do que se vê.
A entrada de informação pode ser recebida com letras ao contrário ou giradas.
Existem dificuldades de aprendizagem que são causadas por motivos diferentes daquelas que têm sua origem nos distúrbios aprendizagem é o fato de eles provocarem dificuldades para a realização de atividades específicas, como a de leitura ou a de escrita. No entanto, elementos como o Autismo, a Síndrome de Down, a Deficiência Mental, a Síndrome de Asperger e outros, também causam dificuldades no processo de ensino-aprendizagem para aqueles que os possuem.
Eles não implicam apenas em dificuldades específicas como, por exemplo, a
compreensão da matemática, mas tornam difícil todo o processo de aprendizagem,
independente da área em que se aplica, ou seja, implicam em dificuldades globais.

Texto publicado pela aluna Jaqueline Casa - Pedagogia 1

ARTIGO - ATAÍSE




Artigo publicado pela aluna Ataise Filippi - Pedagogia 1

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

TEXTO - JAQUELINE CASA

SUGESTÕES PARA UM BOM RESULTADO NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

As atitudes que poderiam ajudar o professor na prática educativa é a interação com os colegas professores, o envolvimento do diálogo entre professores e alunos.
Convidar os alunos a escrever no papel o que aprenderam sobre a aula, o que tiveram dúvidas possibilitando esclarecer dificuldades sobre a aula, seria muito interessante. Fazer auto-reflexões e auto-críticas sobre a aula, fazer planejamento sobre as aulas, ouvir as opiniões, dificuldades dos colegas professores e sempre procurar se ajudar.
O que já deve fazer parte da escola é o planejamento das aulas, os professores sempre devem tirar as dúvidas doa alunos em sala de aula, as problematizações procurando desafiar os alunos também faz parte da prática em sala de aula.
Muitos pontos podem ser relevantes para a prática educativa, podemos fazer ações educativas junto com os colegas professores, envolver-se na interação dialógica entre professores e alunos com o meio e com a educação crítica, assim podemos desenvolver ações pensando sobre elas, criticando, desmontado os mitos da prática, assim temos compreensão de um trabalho como crescimento profissional e realização pessoal.
O professor deve saber o que dá mais prazer aos alunos, buscar ações que resolvam dificuldades, havendo colaboração na busca de soluções aos problemas na prática educativa.
Outro item interessante é convidar os alunos a escrever as coisas que tiveram dificuldades, construindo perguntas sobre as dúvidas relativas aos conhecimentos educacionais trabalhados. Pode ser realizado no próprio caderno, desenhar num balão, uma nuvem. Essa é uma investigação que possibilita a auto-reflexão para registrar, produzir subsídios didáticos-metodológicos para efetivação do planejamento.
É necessário construir materiais e atividades às vezes com base em livros didáticos, mas não de forma mecânica, única e seqüencial. Essas aulas possibilitam um suporte para a ação educativa proposta como resolução de um problema, fazer auto-reflexões, auto-críticas, não só produzir, mas analisar materiais didáticos. Conversar com os alunos sobre as dificuldades dos mesmos, colher opiniões dos alunos sobre o tema em estudo, assim eles vão se soltando, lançar desafios e dúvidas.
Deve-se problematizar pois isso pode motivar as crianças em busca de respostas, e para o professor pode ser uma forma de aproximar a prática educacional dos problemas/situações envolvidos.
O planejamento das práticas pedagógicas guiados pelos momentos pedagógicos resulta em mudanças positivas na escola. Cada profissional tem sua disciplina e série, mas o planejamento ocorre de forma a envolver todos. Um professor ajuda o outro a organizar suas atividades sugerindo ou contribuindo com materiais.

Texto publicado pela aluna Jaqueline Casa - Pedagogia 1

ARTIGO - CATIANA

O DESAFIO DE ENSINAR PORTUGUÊS

Quando falamos em educação, logo nos vêm à mente o ensino de conceitos formados e exatos. Porém, há uma disciplina no currículo escolar que provoca discussões: por que ensinar português a falantes nativos desta língua?
Sabemos que a língua falada e escrita é o mais poderoso vínculo de comunicação entre as pessoas e uma área de discussão e conhecimento que estamos inseridos desde o momento em que nascemos. Ao tomarmos a Língua Portuguesa como objeto de estudo, vemos que, muito mais importante que saber regras, devemos dominar o modo de realização desta língua na sociedade. Uma língua só tem sentido em si quando os falantes compreendem seu processo e são capazes de expressar seus sentimentos e pensamentos através dela.
Dessa forma, se a língua é veículo comunicativo, faz-se necessário refletir sobre o que é linguagem. Considerando a linguagem como atividade humana, social, também o ensino da Língua Portuguesa deve seguir essa direção, proporcionando ao aluno condições de melhorar seu repertório lingüístico, sua competência comunicativa para ser capaz de empregar essa língua nas mais diversas situações de uso.
E é para que o ensino de português seja realmente eficiente que as aulas devem apresentar três fases: leitura, análise lingüística e produção textual, sendo que estas devem ser ancoradas em situações concretas de comunicação, para que o aluno possa perceber como se dá o processo de construção do enunciado e o valor que cada palavra tem no lugar onde foi posta.
Mas, neste ponto, esbarramos num problema muito evidente nas escolas: os alunos não gostam de ler e não sabem o que lêem. O que o professor deve fazer é incentivar a leitura, de qualquer texto, e não de livros escolhidos. A leitura não deve ser limitada, mas sim deve disponibilizar vários exemplares e de diversos gêneros e assuntos. O aluno deverá construir um conceito de que ler não é apenas decodificar o código escrito, mas produzir sentido e relacionar a leitura com sua vida, pois os livros recriam o mundo, permitem que a imaginação flua e que a pessoa se encante com aquilo que leu.
Quando o aluno compreender o verdadeiro sentido da leitura, certamente produzirá textos coerentes e coesos, sentirá prazer em realizar essa tarefa e se sentirá capaz. Com toda essa bagagem de informação, o estudante terá plenas condições de organizar suas idéias e argumentar, tornando-se autor daquilo que produziu, e não somente reproduzir o que já está escrito. No entanto, para que isso aconteça, é importante que o material, os textos utilizados na sala de aula sejam plenos de conteúdo, para que se possa, através deles, mostrar o funcionamento da língua.
Saber manejar a língua é ser capaz de entender como tal expressão foi co9nstruída e qual o efeito de sentido que ela produz em cada situação de uso. O ensino da gramática deve partir do texto, deve analisar lingüisticamente cada enunciado e, a partir dele, entender como funciona a regra e por que há uma exceção, e que isso ocorre de uma forma lógica. O que tem de mudar no ensino da Língua Portuguesa é que apenas as regras gramaticais são “ensinadas” e depois cobradas em exercícios mecânicos. Além disso, na hora da prova, ainda se utiliza a memorização como a melhor forma de alcançar uma boa nota. Porém, vimos que esse não é o melhor meio, nem o mais eficiente, e que é muito mais importante o aluno saber interpretar o que aprendeu e aplicar essa aprendizagem como forma de inclusão na sociedade. Devemos nos lembrar que ensinar uma língua não é apenas ensinar sua estrutura, mas sim o que a pessoa precisa saber para que ocorra uma comunicação eficiente.
Assim, o aluno deve perceber, na escola, que a aula de português não é uma aula “chata” e cansativa e que não serve para nada, mas que é através desse mecanismo que ele poderá mudar culturalmente e que “saber” essa língua poderá ser a porta de entrada para um futuro brilhante, tanto social quanto profissionalmente.

REFERÊNCIAS:
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

FÁVERO, Leonor Lopes. Oralidade e escrita: perspectivas para o ensino de língua materna. São Paulo: Cortez, 2002.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Moderna. 2003.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da Fala para Escrita. São Paulo.

Artigo publicado pela aluna Catiana Dallacort Lodi - Pedagogia 1

ARTIGO - ELISÂNGELA

REFLEXÕES SOBRE ALFABETIZAÇÃO

Este trabalho foi realizado a partir do estudo proposto pelo curso de Licenciatura em Pedagogia, que realizei com a parceria da Escola Estadual de Ensino Médio Anchieta, sobre situações que nesta acontecem, e que tem por finalidades discutir sobre o processo de alfabetização.
O processo de alfabetização tem por objetivo levar a aprendizagem através do domínio da mecânica da língua oral para a escrita e vice-versa, afim de, identificar significado da compreensão e expressão da leitura e da escrita. Introduzir a criança no mundo letrado, tornando-a um sujeito capaz de fazer uso dessa linguagem, conforme necessidades individuais desenvolvendo-se com a mente voltada a atender as demandas da sociedade.
Alfabetizar não se resume a apropriação de uma tecnologia de codificação e decodificação, pois depende de características históricas, culturais, econômicas, tecnológicas e políticas, ou seja, deve ser pensada como estar envolvida em um contexto social. Com isso fica claro que a alfabetização não é somente o aprendizado inicial, mas sim a um processo continuo, mas para isso, é necessário o incentivo diário ao mundo letrado.
A alfabetização é um conjunto de habilidades tornando-se assim um fenômeno de natureza complexa e multifacetada em busca do verdadeiro significado. Cabe ao professor uma boa preparação que o leve a compreensão de todas as facetas psicológicas, psicolingüísticas, sociolingüísticas e de todos os condicionantes sociais, culturais e políticos do processo de alfabetização. A fim de adotar um método e materiais didáticos significativos para alfabetizar, alem de buscar informações concretas sobre a escola, os alunos e todo o entornam em que estão inseridos. (Referencia Soares, 2002).
A criança chega a escola trazendo uma base de conhecimentos do mundo letrado, mas esses conhecimentos vão ser aperfeiçoados no decorrer do ano letivo, juntamente com o professor alfabetizador que tem por função ensinar os alunos colocar em pratica esses conhecimentos de forma correta.
A aquisição da leitura e da escrita necessita de estímulos por parte da escola, do professor e também dos familiares, motivarem o aluno e propiciar a ele um ambiente letrado, alem de fazer uso de uma metodologia com bastantes historias e que apresente o concreto, respeitando sempre o ritmo de cada um.
É papel de a escola propiciar condições necessárias e favoráveis para que todos obtenham um bom aprendizado de acordo com a realidade em que vivem. Na escola, os alunos aprendem a interagir em grupos, a respeitar as diferenças, a desenvolver a vida social, com isso, a escola tem um papel fundamental na vida do educando.
Um dos pontos principais no processo de alfabetização é o professor adquiria conhecimentos sobre seus alunos e também sobre onde e como vivem perceber as diferenças de cada um, assim é possível adotar um método de ensino baseado na realidade de todos.
A aquisição da leitura e da escrita se da de acordo com o desenvolvimento de cada aluno, por isso, a importância de conviver em um ambiente letrado dentro e fora da escola, desta forma entende-se que o processo de alfabetização é um aprendizado continuo onde o aluno é sujeito ativo deste processo.

Referencia bibliográficas:
Soares 2002, Alfabetização e letra mento.
Revista Nova Escola, março de 2006, edição 190.
Informações colhidas na escola parceira E.E.E.M.Anchieta.
Alfabeletrando de Liliam Cristine Ribeiro Parreira.

Artigo publicado pela aluna Elisângela Mistura - Pedagogia 1

ARTIGO - CATIANA

O ALUNO COMO CENTRO DA AÇÃO DOCENTE

Ao longo do curso de Pedagogia – EAD foram desenvolvidas uma série de temáticas acerca do fazer docente. Iniciamos nossa caminhada compreendendo como cada corpo/sujeito se comporta dentro da escola. E todos são importantes, cada um na sua função. A escola precisa ser vista por todos como um conjunto em que o início, meio e fim de seus propósitos é a aprendizagem. Mas, para que isso aconteça, cada indivíduo deve ser valorizado na sua diversidade. Tais percepções somente são possíveis pela necessidade de estar inserido em uma escola parceira em busca de indícios que valorizam e fundamentam a prática docente. Para tanto, é importante que façamos um apanhado geral em nossa memória, em busca de situações que revelam o quanto práticas educativas foram significativas no nosso caminho pelo aprender. E aí entra em cena o jogo, a brincadeira como centro da aprendizagem infantil, chegando até grandes teóricos que descobriram facetas da mente infantil.
São muitas as formas de aprender. Cada aluno tem seu potencial próprio e desenvolve sua aprendizagem de modo específico. O respeito às diversidades é o grande desafio do momento pelo qual passa a escola. O aluno, até mesmo aquele considerado com necessidades especiais precisa ser incluído numa turma tida como normal. A dificuldade apresentada é quanto à formação dos professores, que continua sendo apenas para aqueles alunos considerados “normais”. O que fazer a partir disso? Neste momento entra em nossa discussão o papel da formação continuada e das reformulações curriculares, para que efetivamente possam contemplar a todos.
O currículo escolar é de extrema importância por necessitar de uma abrangência muito significativa, tanto no que se refere aos conteúdos específicos como no meio social em que a escola e os alunos estão inseridos. No texto Concepção de currículo ampliado, produzido por um coletivo de autores, temos a seguinte definição “a função social do currículo é ordenar a reflexão pedagógica do aluno de forma a pensar a realidade social desenvolvendo determinada lógica”. Isso porque é necessário levar em conta a realidade em que o aluno está inserido, quais seus conhecimentos prévios, quais suas dificuldades, expectativas diante daquilo que lhe é apresentado. O aluno precisa ser visto como um todo, um ser completo, sujeito de sua história, como uma pessoa que não consegue separar sua vida de casa, seus conflitos internos, suas necessidades específicas com as necessidades de escola.
Esta concepção de currículo vem a contribuir com os estudos de Piaget e Vygotsky. Estes defendem que um ser jamais está pronto em termos de conhecimento. A aquisição do conhecimento acontece de modo permanente, cada saber em seu tempo e a seu modo. Piaget nos diz que
“o conhecimento não é visto como algo pronto ou que pode ser adquirido passivamente de fora para dentro. Essa teoria apresenta uma visão ativa do sujeito, que, agindo sobre os objetos, vai interiorizando o conhecimento a partir deles. Ao mesmo tempo, sofre influências do meio em que está inserido e interage com o grupo social em que vive.” (NAPOLINI, 1996, p. 180-190)
Eis então os motivos pelos quais o professor precisa conhecer verdadeiramente seus alunos, fazer um apanhado geral sobre suas famílias e sobre o conhecimento já adquirido. A aquisição do conhecimento inicia com o nascimento. O aluno já chega na escola repleto de saber. É exatamente Vygotsky que defende isso:
“O desenvolvimento do homem se inicia com o nascimento. Sendo assim, quando a criança chega à escola já percorreu um longo caminho, tanto no desenvolvimento quanto na aprendizagem. Portanto, a aprendizagem escolar não começa no vazio”. (NAPOLINI, 1996, p.180-190)
O aluno somente será o centro da ação docente quando realmente o professor estiver interessado em conhecê-lo. É o que vem acontecendo com a turma em que realizei parceria. A professora consegue fazer um acompanhamento bem amplo de seus alunos. Assim, contempla cada necessidade apresentada com atividades que realmente gerem conhecimento. Aqui entra o lúdico, a brincadeira. A criança aprende sem perceber o que o professor pretende. O aprender torna-se prazeroso, atraente e gratificante. A escola passa da obrigatoriedade imposta pela sociedade para o prazer em estar nela, pois tem certeza de que é satisfatório estar lá.
Cada professor tem sua metodologia específica. Paulo Freire nos diz que todo professor precisa saber que “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (FREIRE, 1996, p.47). Foi isso que buscou deixar quando inventou o método de ensino/alfabetização de jovens e adultos baseado na realidade de cada comunidade. Método este que hoje recebe seu nome e é estudado e “copiado” por uma infinidade de docentes que, assim como ele, querem ser significativos na vida de seus alunos.
Quando professor e família estiverem juntos para a formação do intelecto da criança, o trabalho se torna mais fácil e mais eficaz. O professor necessita de informações que apenas a família tem condições de saber sobre a criança. Um dos fatores que atrapalham o processo ensino aprendizagem é a falta de conhecimento sobre os alunos. O curso em Pedagogia em questão pretende que este seja um problema superado, uma vez que tem como centro de sua formação a pesquisa da realidade para a prática docente.

REFERÊNCIAS:
CARDOSO, Beatriz. Quem pergunta quer saber. Ambiente MOODLE – UFPEL.

CARDOSO, Beatriz. EDNIR, Madza. Ler e escrever, muito prazer! Editora Ática. São Paulo. 2ª ed. 2006.

EXCERTOS de “A experiência criativa”. Ambiente MOODLE – UFPEL.

FREIRE, Madalena. Educador: educa a dor. São Paulo; Paz e Terra, 2008.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1996.

FREIRE, Paulo. HORTON, Myles. O caminho se faz caminhando: conversas sobre educação e mudança social. Petrópolis, Editora Vozes, 2009.

HICKEL, Neusa. A inteligência é um processo e não um dom. Ambiente MOODLE – UFPEL. Acesso em 29/06/2009.

LIMA, A.F.S.O. Pré – escola e Alfabetização: uma proposta baseada em P. Freire e J. Piaget. 14 ed. Petrópolis; Editora Vozes, 2001. p.45-48.

METODOLOGIA do ensino da educação física: concepção de currículo ampliado. Coletivo de autores; São Paulo. Cortez, 1992. (Coleção magistério. 2º grau. Série formação do professor). P.26-30.

NAPOLINI, AT. Didática do português: tijolo por tijolo: leitura e produção escrita. São Paulo; FTD, 1996. p.180-190.

OLIVEIRA, Tarcizo. OLIVEIRA, Carla E.D. Erros e acertos na educação. Porto Alegre, 2007. 1ª ed.

SANTOS, Júlio César Furtado dos. Aprendizagem significativa: modalidades de aprendizagem e o papel do professor. Porto Alegre; Mediação, 2008.

SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. São Paulo; Contexto, 2007.

Artigo publicado pela aluna Catiana Dallacort Lodi - Pedagogia 1

TEXTO - IÚRICA

A INCLUSÃO NAS ESCOLAS

Uma inovação, mas, com sentindo as vezes distorcido, não podemos negar que a inclusão é sem dúvida uma inovação. Mesmo sendo polemizado por diversos segmentos da educação, tem o intuito de inserir alunos com déficits, permanentes ou não em classes regulares, sejam com problemas leves ou graves, garantindo o que a Constituição propõe, que é o direito de todos a educação.
A inovação na educação inclusive, está baseada na concretização de algo óbvio, do simples e do que é possível fazer, mas precisa ser compreendido e aceito pela resistência de muitos educadores. A inclusão nada mais é do que inovação até torná-la compreensível aos olhos da maioria, atendendo os paradigmas educacionais existentes.
É de conhecimento de todos que toda criança precisa da escola para aprender. O caminho escolar não pode parecer assombroso ou transmitir ameaça ou medo para as crianças. Quando em instituições se apresentam como competitivas entre os alunos, o percurso pode ser muito mais difícil de ser vencido tanto pelo aluno regular quanto para o aluno incluído em classe especial.
Garantir ao aluno especial a aceitação é um papel trabalhoso tanto para escola quanto pela família. Portanto, quem deve mudar? a escola ou os alunos? O ensino acostumado com alunos ditos normais? Os professores que devem se aperfeiçoar para exercer essa nova situação dentro de sala de aula? São inúmeros questionamentos que buscam esclarecer dúvidas e situações para elucidar novos desafios para as classes que recebem alunos especiais.
Segundo a educadora Maria Teresa Eglér Mantoan de São Paulo algumas sugestões são feitas para que essas classes ocorram de forma saudável, entre elas estimular as escolas para que elaborem com autonomia e de forma participativa o seu Projeto Político Pedagógico, elaborar um currículo escolar que reflita o meio social e cultural em que se insere, aprendizagem como o centro das atividades escolares e o sucesso dos alunos, como a meta da escola.
Se conseguirmos algo parecido com isso, talvez possamos garantir segurança, educação e acessibilidade a todos de uma forma saudável e democrática e com uma educação de qualidade e inclusiva.

Texto publicado pela aluna Iurica Bonafé - Pedagogia 1

ARTIGO - ELISÂNGELA MISTURA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Elisângela Mistura

Resumo
Este trabalho tem por objetivo apresentar como funciona um projeto político pedagógico, que por sua vez é um documento que norteia a proposta da escola. Para que ele realmente seja desenvolvido e seja uma ferramenta eficaz é necessário que seja elaborado por todos os sujeitos do processo escolar e modificado no decorrer do tempo conforme suas necessidades para que o trabalho se torne cada vez melhor.

Palavras chave: Projeto político pedagógico. Conhecimento. Transformação. Construção. Compromisso.

1 Introdução
A escola é um espaço privilegiado, onde seus membros podem experimentar serem atores do processo educativo e é isso que provoca a construção de um projeto político pedagógico.
O projeto político pedagógico tem sido nos últimos anos, objeto de estudos e debates entre educadores. É comum ouvirmos a afirmação: “o projeto político pedagógico é uma busca de melhoria da qualidade do ensino.” E nos atreveríamos complementar, da formação de seres humanos mais autônomos.

2 Projeto político pedagógico
Toda escola é obrigada a ter o seu projeto político pedagógico, e deve ser estruturado conforme a demanda da escola e sua realidade, uma vez que o PPP é a base sólida para uma educação de qualidade.
A organização escolar requer a construção de um PPP que, elaborado coletivamente, possibilite à escola cumprir sua função social de ensino. O PPP da escola parceira tem como princípio uma transformação ou uma mudança da mesma.
Esse projeto engloba os quatro segmentos da escola, pois, alunos, professores e funcionários de forma participativa. A construção do projeto envolve um conjunto de aprendizagens, reflexões, ações e relações, estas são somadas ao trabalho pedagógico administrativo, financeiro e da comunidade escolar.
A escola é um espaço rico para o desenvolvimento da sociabilidade. Por isso a construção de vínculos, a gestão de conjuntos, o relacionamento entre os membros do grupo, muitas vezes, devem ser mediados pela gestão da escola para que haja construção coletiva dessa sociabilidade que possibilita o comprometimento do professor no desenvolvimento do seu trabalho e na prática com aprendizagens mais significativas para os educandos. A cultura é à base de um potente vínculo social que nos aproxima das pessoas.
Para estar socialmente vinculado ao grupo, é preciso construir uma cultura em comum entre os membros, permitindo que todos trabalhem a favor de um mesmo ideal. Com isso, é necessário que um aceite o outro, compreendendo suas diferenças e seu modo de compartilhar conhecimentos.
O plano de gestão deve conter no mínimo:
1. Identificação e caracterização da unidade escolar, de sua clientela, seus recursos físicos, materiais e humanos.
2. Caracterização da comunidade e sua disponibilidade de recursos.
3. Objetivos da escola, gerais e específicos.
4. Definições metas (a curto e médio prazo) e serem atingidas e ações a serem desencadeadas.
5. Planos dos cursos mantidos pela escola.
6. Composição dos diferentes núcleos de trabalho que compõe a escola: Direção, Coordenação, Docentes, Administração e Serviços de apoio.
7. Planos de trabalho dos diferentes núcleos a organização técnico-administrativa da escola.
8. Projetos curriculares e atividades de enriquecimento cultural.
9. Projetos extracurriculares.
Critérios de acompanhamento, controle e avaliação do trabalho realizado pelos diferentes componentes do processo educativo.
Acreditamos que pensar a democracia no âmbito escolar não deve significar apenas a introdução de mecanismos participativos nas decisões da escola. Este processo deve ir além, permeando todas as ações e relações que se produzem nestes espaços. Isto significa encarar a democracia como um modo de vida e não apenas como regime político.

3 Considerações finais
O Projeto político pedagógico da escola a qual faço parceria é de suma importância, ou seja, com planejamento fica bem claro o que se pretende e o que se deve ser feito para se chegar aonde se quer.
Um bom Projeto político pedagógico da segurança a escola através dele são escolhidas as melhores estratégias, o que facilita o trabalho.

Referências
Projeto político pedagógico, Escola Municipal de Ensino Fundamental Elpídio Fialho (Marau RS).

Revista profissão docente (on-line).

SANTOS NETO. O projeto político pedagógico da escola. Educação e Formação. Taubaté, SP, 1998.

Artigo publicado pela aluna Elisângela Mistura - Pedagogia 1

TEXTO - MICHELE

AS INTEMPÉRIES DA CONQUISTA

Michele Colet casagrande

Somos frequentemente questionados sobre o que queremos e o que buscamos. Mas o querer será o melhor? Não sabemos, pois precisamos lutar, lutar, e quando conquistamos, descobrimos ou nos desiludimos. E não está fácil querer hoje em dia. O sonhar nos custa tempo, dinheiro, conhecimento, desgaste físico, mental e emocional. Até o conquistar são suspiros, trabalho, caídas e sucessos.
Isso me faz lembrar do tempo de trabalho na escola e de uma menina linda de olhos azuis. Ela tinha o privilegio de todos os dias acordar com o cantar dos pássaros e o barulho do vento. Abria a janela e respirava ar puro das matas. Se vestia e ia para a cozinha tomar café, com o mais puro e fresco leite da fazenda, pão quentinho e casa também. Já que ali perto da mesa, o fogão a lenha queimava, e a casa toda esquentava, dando um clima de acolhimento e leveza.
La fora, ao contrario, o ar puro se transformava em uma brisa fria, que quase parecia chuva, gelava a ponta dos pés e das mãos, precisava por luvas e um casacão. Os pés, ainda pequenos, quebravam o gelo da grama que se formara na noite anterior, deixando a marca por onde passava. Tremia um pouco de frio, mas continuava seu caminho, que era longo naquelas condições, até encontrar abrigo, que parecia invisível, pois daquele frio não escapava.
Mas onde iria aquela bela menina, vestida como boneca, e de certa forma parecia, pois mal podia se mexer? Andava quilômetros com o ônibus, chegava cedo ao destino, pois a rota era essa, era a primeira a chegar. Toda embrulhada, como para presente, era recebida com o calor humano e o sentimento de dó, já que seu nariz gelado condenava que passara muito frio e que o calor do fogão agora não existia, só cobertores de lã e calor amigo. E logo se empolgava, começava a brincar e já tinha que os casacos, mantas e toucas tirar.
O difícil era aceitar, que pra casa tinha que voltar e todo aquela frio enfrentar. No dia seguinte a mesma procissão, e o mesmo sentimento de pena, ao ver aquela linda princesinha sofrer tanto com o frio. Mas um dia questionada por que não fica em casa nos dias de frio, perto do fogão, quentinha? Ela respondeu sem pensar: - Por que quero aprender.
E assim, como a menina enfrentava o frio todos os dias para chegar a escola para aprender, nos também, enfrentamos, tempestades, nevascas, brisas, garoas, dias de sol, em busca de nossos sonhos. Por isso vale a pena buscar e querer, por tudo que passamos, levamos ou deixamos. A vida é feita de aprendizado, de alegrias, tristezas e superação. Se não confiamos em nós mesmos, paramos no tempo, viramos bonecos literalmente, sem vida e sem propósitos, apenas como enfeites, que muitas vezes só acumulam o pó, deixado pelos que passaram e realizaram seus sonhos.

Texto publicado pela aluna Michele Colet casagrande - Pedagogia 1