segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

ARTIGO 2 - SANDRA

BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Para, Vigotsky (1984, apud WAJSKOP, 2007), é na brincadeira que a
criança consegue vencer seus limites e passa a vivenciar experiências que vão além de sua idade e realidade, fazendo com que ela desenvolva sua consciência.
Dessa forma, é na brincadeira que se pode propor à criança desafios e questões que a façam refletir,propor soluções e resolver problemas. Brincando, elas podem desenvolver sua imaginação, além de criar e respeitar regras de organização e convivência, que serão, no futuro, utilizadas para a compreensão da realidade. A brincadeira permite também o desenvolvimento do auto conhecimento, elevando a auto estima, propiciando o desenvolvimento físico-motor, bem como o do raciocínio e o da inteligência.

Pode-se dizer também que a brincadeira acontece ou é transmitida também através da família, do seu jeito de brincar, na cultura individualizada de cada indivíduo e que vai passando de geração á geração.

Na brincadeira a criança consegue expressar emoções, idéias, fatos, realidades, enfim, tudo o que esta vivenciando de fato.Na educação infantil quando os professores convidam seus alunos pra brincarem, eles ficam eufóricos, alegres. Esperando brincar de algo que muitas vezes conhecem ou sequer ouviram falar.

Segundo Corsaro (2002, apud CARVALHO, 2007) quando a
criança brinca de fazer de conta, ela acaba exercendo uma reprodução interpretativa dos
elementos que compõem a cultura onde estão inseridas. Assim, os brinquedos interagem
com a reprodução que as crianças fazem da realidade de seus contextos.

Qual mãe que nunca flagrou sua filha pequena de salto alto, com batom na boca, jóias no pescoço, imitando a mãe? Desde pequenos é nos pais que eles se inspiram até na hora da brincadeira. Então, brincar faz bem e ensina ao mesmo tempo.
Por isso vamos deixar nossas crianças brincarem.

Artigo publicado pela aluna Sandra Christan Toffoli - Pedagogia 1

ARTIGO 2 - DAIANA

A INFLUÊNCIA DA MÍDIA

RESUMO
As mensagens veiculadas pelos meios de comunicação de massa vêm influenciando na construção da subjetividade. A mídia deve dar preferência a finalidades educativas, artísticas , culturais e informativas,além de promover a cultura nacional e regional.Mas, infelizmente , não é a isso que se assiste ou ouve atualmente. Modelos de comportamento e padrões de consumo , entre outras técnicas de persuasão, nem sempre condizentes com a ética e a cidadania .Depara-se , no dia-a- dia com uma geração viciadas nos meios de comunicação, seguindo quase tudo o que vêem e ouvem. A maioria dos assuntos comentados no trabalho, na família, entre amigos e até na escola é referente a novelas, filmes, jogos de futebol, músicas, noticiários e outros programa. Comportamentos estranhos, modo de se vestir diferente , linguajar nunca ouvido antes são algumas das conseqüências provocadas pelos meios de comunicação de massa.

Palavras-chave: Comunicação; Educação; Comportamento.

1 INTRODUÇÃO
O modo de se comportar, falar, agir, vem sendo muito influenciado pelos meios de comunicação de massa. A televisão, o rádio, computador, o DVD são na atualidade os meios que mais constituem a subjetividade humana. O impacto da mídia nas pessoas tem conseguido identificar conseqüências psicológicas, afetivas, comportamentais e até físicas, associadas ao uso excessivo destes meios.
Mas, será que os meios de comunicação influenciam no rendimento escolar? Como realmente se deve olhar a mídia? Quais as conseqüências que os meios de comunicação provocam?

2 O PODER DA MÍDIA
Nunca houve tantas pessoas aprendendo tantas coisas ao mesmo tempo como na sociedade atual .
Depara-se com uma realidade muito curiosa: mesmo que os meios de comunicação não digam como as coisas devam ser, e não consigam forçar as pessoas a fazer o que sugerem, ao menos uma coisa eles conseguem: fazer com que se falem apenas, ou quase só, o que eles querem.
A mídia invade o cotidiano de todos. A criança e o adolescente atual nasceram num mundo com telefones, fax, computador, televisão, aparelho de som, DVD, etc.
Atualmente a mídia desponta como forma de circulação de discursos e modelos de comportamento, tornado-se fonte de construção de subjetividade. Os meios de comunicação de massa exercem poder sobre a vida das pessoas, influenciando nas escolhas, no comportamento, nos desejos, nos valores, nos sonhos e nas fantasias.

3 MEIOS ELETRÔNICOS DE COMUNICAÇÃO
No Brasil , existe toda uma problemática sobre a democratização da comunicação sobre aqueles que detém os meios de comunicação, principalmente os eletrônicos, que estão presentes cotidianamente nos lares.
O rádio e a televisão são meios eletrônicos de comunicação muito influentes na subjetividade das pessoas, eles ditam e norteiam costumes, hábitos, moda e atitudes sociais. É muito comum famílias realizarem suas refeições em frente à TV ou se locomoverem no carro com o radio ligado.
Necessita-se atenção ao papel educativo da mídia. Eles podem ensinar a julgar, observar e agir. E é justamente por terem este papel de educação informal que os meios de comunicação devem ser vistos com outros olhos. Com olhos críticos, capazes de perceber e separar as mensagem que realmente valem a pena.
O principal problema é a grande dificuldade em interpretar todas as informações que recebemos dos meios de comunicação, o que acaba causando uma recepção superficial de tudo o que é ofertado. Essa quantidade de informações submetidas não deixa tempo para refletir e compreender sua importância histórica e sua influencia no dia-a-dia. Precisa-se saber transformar a quantidade de informação em conhecimento, de uma forma critica.

4 CONSEQÜÊNCIAS DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
Fala-se muito dos meios de comunicação de massa como coadjuvantes educacionais, particularmente do acesso que os jovens atuais tem ao computador, de modo especial à internet . Os meios de comunicação de massa são interessantes e estão liberados pela TV aberta, de longe o meio mais difundido e reverenciado. No entanto a TV de sinal aberto peca por contribuir de maneira pífia com a educação. O fato é que grande parte da juventude gasta precioso tempo em frente ao aparelhinho incorporando hábitos estranhos a sua realidade e tendo contato com um mundo que não é seu. Isso gera um conflito e planta desejos incompatíveis com o seu nível de vida e com a sua realidade econômica, tornando-os jovens apáticos e desinteressados pela sua realidade. “Não é na escola que a criança aprende a separar o feio do bonito, o certo do errado, a virtude do vício. É na mídia que ela aprende isso .” (BUCCI, 2002, p.12)
Meninos chegam à sala de aula contaminados com os costumes e os conceitos televisivos. Os rapazes geralmente não pejo nem pudor no trato com o sexo oposto, e as meninas exibindo tatuagens, piercing e modos felinos, num eterno exercício de “ficar”.
Com tanto acesso à liberdade, a comunidade como um todo parece não saber o que fazer com esta liberdade. Até mesmo a criatividade dos artistas parece ter sofrido uma reversão. O lirismo musical cedeu lugar a vulgaridade, absorvida pelas massas.
A facilidade com que o aluno digere a novela e os filmes de TV é infinitamente maior do que o apetite pelo estudo. Vê-se pela manhã, alunos com os olhos vermelhos de não dormir, pois passam parte substancial da noite vendo filmes em vídeos e na TV.
Crianças e jovens quando assistem programas violentos, com o passar do tempo começam a acreditar que os demais são egoístas, querem levar vantagens sobre os outros e não são confiáveis. Imaginam que correm risco em tudo, temem sair sozinhos, justificam o emprego de violência física e tomam mais medidas agressivas de precaução (compra de armas de fogo, cães e diversas ferramentas de proteção).

5 CONCLUSÃO
Ao aprender olhar criticamente os meios de comunicação, pode-se mobilizar e lutar mais pelos direitos.
Existem atividades muitos simples que podem ser feitas para começar a despertar o senso critico: discutir em família que tipo de programa é educativo e interessante para as crianças. Selecionar os programas e determinar os horários.
É importante dar-se conta que é a formação de crianças e jovens que esta em jogo, portanto, o ideal é compreender como a comunicação e sua dinâmica interferem no dia-a-dia, buscar os pontos negativos, mas também encontrar os aspectos positivos e valorizá-los.


6 REFERÊNCIA
BUCCI, Eugênio. As tristes cópias do medíocre . Revista Nova Escola, São Paulo, ano 17, n°. 149, p.12, jan./fev.2002.

Artigo publicado pela aluna Daiana Trentin Risso - Pedagogia 1

ARTIGO - SANDRA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ( PPP)

O PPP define a identidade da escola e indica caminhos para ensinar com qualidade.
Toda escola tem objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O conjunto dessas aspirações, bem como os meios para concretizá-las, é o que dá forma e vida ao chamado projeto político-pedagógico - o famoso PPP. Se você prestar atenção, as próprias palavras que compõem o nome do documento dizem muito sobre ele:

- É projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo.

- É político por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir.

- É pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.

Ao juntar as três dimensões, o PPP ganha a força de um guia - aquele que indica a direção a seguir não apenas para gestores e professores mas também funcionários, alunos e famílias. Ele precisa ser completo o suficiente para não deixar dúvidas sobre essa rota e flexível o bastante para se adaptar às necessidades de aprendizagem dos alunos. Por isso, dizem os especialistas, a sua elaboração precisa contemplar os seguintes tópicos:

- Missão
- Clientela
- Dados sobre a aprendizagem
- Relação com as famílias
- Recursos
- Diretrizes pedagógicas
- Plano de ação

Por ter tantas informações relevantes, o PPP se configura numa ferramenta de planejamento e avaliação que você e todos os membros das equipes gestora e pedagógica devem consultar a cada tomada de decisão. Portanto, se o projeto de sua escola está engavetado, desatualizado ou inacabado, é hora de mobilizar esforços para resgatá-lo e repensá-lo. "O PPP se torna um documento vivo e eficiente na medida em que serve de parâmetro para discutir referências, experiências e ações de curto, médio e longo prazos", diz Paulo Roberto Padilha, diretor do Instituto Paulo Freire, em São Paulo. Fonte: Revista Nova Escola, http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/planejamento/projeto-politico-pedagogico-ppp-pratica-610995.shtml.

Com os aprendizados do curso de pedagogia à distância pela UFPEL, percebemos a importância de termos nas escolas um PPP flexível, que aceite realmente a escola como é e como os alunos são, dependendo do lugar. O PPP deve sim ser um instrumento de auxílio que permite ao contexto escolar trabalhar como um todo. Valorizando cada integrante do ambiente escolar.

Artigo publicado pela aluna Sandra Christan Toffoli - Pedagogia 1

ARTIGO - DAIANA

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

RESUMO
O presente artigo científico (paper) tem a finalidade de observar a Avaliação da Aprendizagem, investigar as práticas desenvolvidas no processo ensino aprendizagem, com o intuito de refletir sobre a importância da criança ser bem avaliada. Tendo-se como conclusão principal que a avaliação da aprendizagem é um caminho bastante válido para que se processe o olhar e a escuta necessários para o desenvolvimento de cada criança de forma plena e desafiando quaisquer situações de aprendizagem escolar.

Palavras-chave: Avaliação; Educação; Aprendizagem.

1 INTRODUÇÃO
Atualmente a ênfase está no aprender e esse aprender necessita de várias formas de avaliação. Muitas são as perguntas que ficam no ar: Qual é o tipo de avaliação ideal? Como explicar a Avaliação da Aprendizagem? Avaliar para quê?
Têm-se alunos com dificuldades, tem-se também um contexto escolar que é preciso ser modificado, pois a escola necessita oferecer uma proposta mais estimulante para que realmente a aprendizagem aconteça, favorecendo assim, o avanço desses alunos.
Mais que ensinar a ler, a escrever, é preciso ouvir aos apelos silenciosos que ecoam do íntimo do educando, mais do que avaliar ou dar uma nota é importante ensinar mostrando que sempre é possível fazer a diferença.
Conforme Freire (1990, p.8) “aprender a ler e escrever é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender seu contexto, não uma manipulação mecânica de palavras mas uma relação dinâmica que vincula linguagem e realidade”.

2 AVALIAR PARA ENSINAR MELHOR
A concepção de avaliar contida nos Parâmetros Curriculares Nacionais é explicitada como parte integrante e essencial ao processo educacional, deixando de ser apenas controle externo do aluno mediante notas ou conceitos.

A avaliação, ao não se restringir ao julgamento sobre sucessos ou fracassos do aluno, é compreendida como um conjunto de atuações que tem a função de alimentar, sustentar e orientar intervenção pedagógica.(PCN, V.1 p.81)

Acredita-se, em uma avaliação contínua, capaz de interpretar o conhecimento construído pelo aluno. Dessa forma, é possível verificar o que foi construído e onde estão as falhas do processo ensino aprendizagem.
A avaliação permite ao professor fazer uma reflexão contínua sobre sua prática, retomando aspectos que necessitam ser revistos ou criando novos instrumentos de trabalho que venham enriquecer o processo educacional. Sendo assim, cai por terra tomar a avaliação como uma ação a ser praticada apenas no final das etapas do trabalho.
De grande importância é a avaliação investigativa ou diagnóstica, que instrumentaliza o professor para que possa ter um ponto de partida, para pôr em prática o seu planejamento baseado nos conhecimentos prévios dos alunos e em suas expectativas. Segundo Paulo Freire (1990, p.24), “A avaliação não é o ato pelo qual A avalia B, é o ato pelo qual A e B avaliam juntos uma prática, os obstáculos e os erros porventura cometidos”.
A avaliação pode ser encarada como um elemento integrador entre a aprendizagem do aluno com o objetivo de considerar não apenas as expectativas de sua aprendizagem, e as condições oferecidas para que isso ocorra. Se por exemplo, não há aprendizagem esperada, isso significa que o ensino não cumpriu com sua finalidade.


3 FORMAS DIVERSIFICADAS DE AVALIAÇÕES
Nesse processo, é importante que o professor faça uso de diferentes instrumentos de avaliação.
A adoção de diversificados instrumentos oportuniza ao professor:
- ter clareza e segurança sobre o que precisa ser aperfeiçoado;
- colher mais dados para oportunizar seu trabalho;
- propor tarefas contextualizadas;
- reforçar a relação avaliação/ensino.
Sugere-se que o aluno seja permanentemente acompanhado pelo professor no processo ensino aprendizagem, pois entende-se a avaliação como processo contínuo, diferente, portanto da mera aplicação de provas periódicas do ensino convencional. Quando bem elaboradas, a prova escrita sempre terá seu “lugar ao sol” como mais um recurso entre os vários que podem ser utilizados na avaliação. Sempre com caráter diagnóstico e não de punição, de certo ou de errado, de exclusão. Além disso se utilizar apenas provas escritas, nunca chegará a avaliar aspectos importantes como os comportamentos e as atitudes: espírito participativo, organização, honestidade, criticidade, pontualidade, solidariedade, responsabilidade, entre outros.
Propõe-se que o professor diversifique as formas e instrumentos de avaliação. Pois é fundamental que a avaliação reflita, ao máximo, as diversidades listadas a seguir, para que esteja em consonância com a proposta apresentada. Como:
- experimentação
- pesquisa (de campo, bibliográfica, de laboratório, de improvisação na sala de aula)
- construção (muitas vezes improvisando a partir de sucatas)
- oralidade
- entrevistas
- participação em clubes de ciências
- dramatização
- exposições
- excursões e visitas
- coleta e classificação (de dados objetos)
- artes plásticas (pintura, música, modelagem)
A participação dos alunos nas situações de avaliação é fundamental. Através da auto-avaliação, ele reflete sobre seus avanços e ou limitações. Segundo Jussara Hoffmann (1994, p.36) “Antes de se fazer diferente é necessário pensar diferente sobre o que faz”. Avaliar... nada mais é que pensar sobre a qualidade de percurso e sobre o valor da chegada.

4 FINALIDADE DA AVALIAÇÃO
Para melhor entender este complexo tema da Avaliação da Aprendizagem, observa-se as finalidades da avaliação.

4.1 AVALIAÇÃO X NOTA
Há que se distinguir, inicialmente, “Avaliação e Nota”. Avaliação é um processo da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos.
A nota, seja na forma de número ( ex: 0-10) conceitos (ex: A, B, C, D), ou menção (ex: Excelente, Muito Bom, Bom, Satisfatório, Insatisfatório) é uma exigência formal do sistema educacional. Pode-se imaginar um dia em que não aja mais nota na escola ou qualquer tipo de reprovação, mas certamente haverá necessidade de continuar existindo avaliação, para poder se acompanhar o desenvolvimento dos educandos e ajudá-los em suas eventuais dificuldades.
A prova é apenas uma das formas de gerar nota, que por sua vez, é apenas uma das formas de avaliar. Assim, pode-se atribuir Nota sem ser por Prova, bem como pode-se avaliar sem ser por prova, pela nota (este dia parece não ter chegado ainda...).

4.2 SUPERAR A LÓGICA DO DETETIVE
Que espírito deve ter o professor, diante da avaliação: do policial que fica procurando o culpado, o errado, o fora do padrão ou do pedagogo que acompanha o crescimento da criança, procurando dar-lhe as melhores condições de desenvolvimento? O educador não pode se deixar levar pela “lógica do detetive” ou seja, estar mais preocupado em verificar que cometeu um “crime” do que ajudar no processo de construção do conhecimento. Atualmente, os educadores assumiram tanto esse papel de controle, de fiscais, que nem há mais necessidade de controle do trabalho de sala de aula por parte dos inspetores de Educação. Muitas vezes, desempenha-se, ainda que sem querer, o papel do detetive que procura avidamente entre os alunos aqueles que não são “capazes”, que estariam a enganar a sociedade. Localizados, eles realizam-se, punindo-os com nota baixa e reprovação... De que pressuposto parte-se: de que há “farsantes” no meio do grupo ou de que todas as crianças são capazes de aprender?
Por detrás da maneira como a nota é na escola, pode-se perceber a presença de uma pedagogia comportamentalista, baseada no esforço-recompensa, no prêmio-castigo. Tanto o prêmio como o castigo são deseducativos, uma vez que o primeiro gera satisfação dependência (se não tiver uma recompensa o sujeito não age...) e o segundo gera revolta e também dependência ( se não tiver alguma ameaça o sujeito não age...). A nota, ao invés de ser um elemento de referência de trabalho de construção de conhecimento, passa a desempenhar justamente o papel de prêmio ou de castigo, alienando a relação pedagógica, na medida que tanto o aluno como o professor passam a ficar mais preocupados com a nota com que a aprendizagem.

4.3 RELAÇÃO AVALIAÇÃO – CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
Para a pergunta “avaliar para quê?” pode-se encontrar uma gama enorme de respostas. Avaliar para: atribuir nota, registrar, mandar a nota para a secretaria, cumprir a lei, ter documentação para se defender em caso de processo. Verificar, constatar, medir, classificar, mostrar autoridade, conseguir silêncio em sala de aula, selecionar os melhores, discriminar, marginalizar, domesticar, rotular/estigmatizar, mostrar quem é incompetente, comprovar o mérito individualmente conquistado, dar satisfação aos pais, não ficar fora da prática dos outros professores, ver quem pode ser aprovado ou reprovado, eximir-se de culpa, achar os culpados, verificar o grau de retenção do que fala-se, incentivar a competição, preparar o aluno para a vida, detectar “avanços e dificuldades”, ver quem assimilou o conteúdo, saber quem atingiu os objetivos, ver como o aluno está se desenvolvendo, diagnosticar, investigar, tomar decisões, acompanhar o processo de construção do conhecimento do aluno, estabelecer um diálogo entre educador, educando e contexto de aprendizagem, avaliar para que o aluno aprenda melhor.

5 CONCLUSÃO
A educação, responsabilizadas por êxitos e por fracassos, pela formação do homem que faz a sociedade melhor ou pior, é objeto de constantes preocupações.
A realização de um ensino que atenda as diferenças individuais e o mundo com todas as suas exigências e solicitações é uma, ou principal, dificuldade encontrada nesta área, ou seja, na educação. Sabe-se que é um desafio e a tarefa é bastante difícil. Por isso, a escola precisa estar atenta, aberta, à diversidade, onde os alunos possam se beneficiar de suportes individualizados, principalmente se tratando de alunos que estão em situação que os impede de alcançar sucesso na “aprendizagem”.
Quando a escola for um lugar onde seus alunos são respeitados e reconhecidos nas suas diferenças, então, a superação de obstáculos que os impede de avançar no sentido de garantir um ensino de qualidade, naturalmente acontece.
Conclui-se este trabalho com a certeza de que se educa a partir de dentro, no encontro entre pessoas, com esperança de processo educacional, com empenho na árdua batalha de desencadear mudanças neste processo e com atenção voltada para aqueles aspectos que são indicadores na transformação da educação.
Ter um ideal e jamais esquecê-lo: “Ser uma metamorfose ambulante em vez de ter aquela velha opinião formada sobre tudo”, como cantava Raul Seixas.

6 REFERÊNCIAS
ANDREOLA, Balduino A. O processo de conhecimento em Paulo Freire. 18 ed. Porto Alegre: Educação e realidade, 1993.

ESCOLA. A revista do professor. Janeiro/Fevereiro 2003.

HOFFMANN, J. Avaliação Mediadora. 5ª ed. Porto Alegre: Educação e realidade, 1994

SANTOS, Celso Vasconcelos dos. Avaliação e o desafio da aprendizagem e o desenvolvimento humano. São Paulo: Cortez, 1996

Artigo publicado pela aluna Daiana Trentin Risso - Pedagogia 1

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ARTIGO 2 - IÚRICA

A importância de conhecer o Entorno Escolar

Introdução
Cada semestre do curso de pedagogia, assim como cada etapa, cada texto que lemos ou discutimos percebemos que vai muito além dos modelos que comprometem o conhecimento. Em nenhum momento o conhecimento está acabado, mas, sempre em eterna construção.
O desafio maior pra mim foi conhecer o que era Educação a distancia. Porque no início da faculdade não tinha nenhum conhecimento dessa prática educacional. Logo, buscamos conhecer e interagir com outras pessoas que estavam cursando essa nova modalidade de ensino.

Desenvolvimento
A proposta inicial foi o conhecimento da realidade do aluno também conseguir valorizar o cotidiano da escola e do seu entorno como campo de integração entre o professor e aluno. Significa buscar experiências pessoais dos alunos de modo a criar situações interativas que o ajudem a construir uma comunidade de aprendizagem. Com isso, fui buscar junto com a professora parceira subsídios para fazer meus planejamentos. Juntando nossos conhecimentos (eu e a professora) meu plano de aula baseia-se na adaptação, no sentimento, na aprendizagem colaborativa, na abertura de conhecimentos sociais e culturais à diversidade dos alunos cada qual com suas potencialidades seus conhecimentos e interesses. Procurei desempenhar um potencial vital das crianças, como desenhar, pintar, rabiscar onde reuniu diversos elementos levando a ampliação do ambiente social e do saber compartilhar com os demais colegas. Não precisei mudar meu planejamento, pois através das observações da professora semanalmente no meu plano de aula, mudavam-se quando necessário antes da aplicação.
Outro fator que devemos levar em conta é a oportunidade dos pais de participar da atividade do seu filho na escola, proporcionar visitas relacionadas a educação. Hoje não se vê pais como alguém que tem a responsabilidade só de enviar seus filhos a escola e depois cobrar dos professores o que fizeram em sala de aula. O novo entendimento escolar passa a exigir dos pais responsabilidade e integração juntamente com o professor. Pois a adaptação da criança na escola é um período difícil diretamente ligado aos sentimentos de perda, medo, desconfiança, e de abandono onde, a escola e seus familiares possam a andar juntos.
A família tem um papel fundamental na vida da criança como pude observar no trabalho que realizei na turma jardim I, pois se preocupam muito com a rotina escolar. Eles chegam em casa e relatam tudo o que aconteceu na sala de aula, já tenham idade suficiente pra isso.
Um caminho importante que devo destacar foi o relato das famílias no decorrer de suas histórias, vivencias, experiências do cotidiano, que não apagam mais da memória de cada sujeito. Cada família (pessoas) pesquisada lembra nitidamente das brincadeiras, dos brinquedos, dos professores que marcaram, dos perfumes, dos nomes dos colegas tudo que vem na cabeça assim que precisamos colocar no papel.
A sensação que tive foi que essas famílias necessitavam de alguém para dar atenção. São geralmente famílias humildes que se expressam com muita vergonha e angustia.
Numa outra aproximação podemos destacar também o preconceito lingüístico, por ser nossa região de italianos e a linguagem é carregada. O texto dado para nós no início do curso que se chama “olhar curvo” foi de muita importância, pois mostra que temos que ter perspectiva de visão mesmo aonde não enxergamos. Os mapas conceituais foram de grande valor porque conseguimos organizar os planos propostos.

Conclusão
Concluímos que a comunidade exerce a função de aproximação de conhecimentos diferentes entre famílias. Na comunidade onde trabalhei incentiva que as crianças cresçam na participação social, participando da missa da comunidade, na catequese, em qualquer obra promovida.
O processo de aproximação e conhecimento comigo e com a turma de jardim I que escolhi fazer o estágio, possibilitou um cuidado muito especial durante meu estágio que os níveis de conhecimentos eram variados, nesta idade (4 a 5 anos) uns mais adiantados outros um pouco menos incentivados.
Portanto, considero que a arte de ensinar é um dom muito especial, justamente pela complexidade e dificuldade da profissão. Só com professores mais capacitados e integrados juntos com a realidade do entorno é que vamos melhorar a qualidade do ensino de nossas crianças.

Artigo publicado pela aluna Iúrica Bonafé - Pedagogia 1

ARTIGO - IÚRICA

RECURSOS PEDAGÓGICOS: O ATO DE ENSINAR

INTRODUÇÃO
Aos poucos, a escola brasileira percebe a necessidade de se aprimorar na tarefa de alfabetização. Cada vez mais, as redes investem na capacitação docente, por exemplo, o aumento do Ensino Fundamental de nove anos para os pequenos aprenderem ler e escrever, sem ficar longe do ambiente alfabetizador.

DESENVOLVIMENTO
Alfabetização no principio significa o domínio da leitura e a escrita, mas esse domínio é na verdade a conclusão de um longo processo. Para que uma criança seja alfabetizada, é preciso que ela passe antes por uma série de etapas em seu desenvolvimento, tornando-se então preparada para aquisição da leitura e da escrita.
Ainda há muito que aprimorar nessa área e a tarefa não são apenas do professor das primeiras séries. O sucesso ocorre nas escolas em que a leitura e a escrita são tratadas como conteúdo central e um meio de inserir o estudante na sociedade.
Um fator determinante para a alfabetização é a crença do professor de que o aluno pode aprender. Em várias escolas brasileiras, porem, há professores dedicados que não aceitam desculpas exclasses para não ensinar.
Exemplo da professora Mariluci de São Paulo professora da primeira serie com 32 crianças. Elas são filhas de pais com baixa escolaridade e tem pouco acesso a materiais escritos- o que as diferencia das nascidas em ambientes em que os livros, revistas e jornais circulam naturalmente e em que a leitura é valorizada e a escrita utilizada no dia a dia.
Ensinar para essa clientela, que muitos consideram condenada ao fracasso, não assusta Mariluci. Ao contrário. Com conhecimento teórico, uma prática bem planejada e muita dedicação, ela tem evitado que seus alunos sigam na escola e na vida enfrentando dificuldades para fazer da leitura um meio de aprender, se informar, trabalhar e participar da sociedade em pé de igualdade. Mariluci não inventou nenhum método revolucionário. Muito do que essa professora de 39 anos faz está descrito Indicadores de qualidade na educação- Ensino e Aprendizagem da leitura e da Escrita, elaborados pelo MEC e por outras entidades ligadas á alfabetização.
Essas experiências ajudam a esclarecer as principais dúvidas que surgem na sala de aula na hora de alfabetizar. Com base nelas e na opinião de especialistas, mostram ser possível formar leitores e escritores competentes em aulas de qualquer disciplina ou série independente de sua condição social.
Ponto de partida para democratizar o contato com a cultura escrita é tornar o ambiente alfabetizador: a sala deve ter livros, cartazes, nomes, textos nas paredes recortes de jornais e revistas do interesse das crianças ao alcance de todos. Esses são alguns exemplos de como a classe pode se tornar um espaço provocador para que a criança encontre um desafio e uma diversão.
Outra medida para democratizar esses conhecimentos em sala de aula é ler diariamente para a turma. “A criança lê pelos olhos do professor- porque não pode fazer isso sozinha. Participar de aulas que despertem a curiosidade e envolvam brincadeiras e desafios nunca será algo cansativo. Por isso, oferecer o acesso ao mundo escrito desde cedo é uma forma de amenizar as diferenças sócias e econômicas que abrem um abismo entre qualidade da escolarização de crianças ricas e pobres.
Uma criança sem preparo necessário pode apresentar durante a alfabetização, dificuldades relacionadas à coordenação motora, não sabendo, por exemplo, segurar um lápis com firmeza, unir as letras quando escreve. Também é possível encontrar crianças que só sabem copiar textos e durante um ditado não consegue escrever.
O processo de alfabetização pode chegar a dois anos dependendo da maturidade, do preparo do ritmo da criança e do quanto foi estimulada. Este é o período adequado para que a criança tenha completo domínio da leitura e da escrita, havendo a necessidade daí por diante o aperfeiçoamento da ortografia, da gramática e da estimulação constante da compreensão, interpretação, e produção de textos.
Além de tudo isso, uma boa alimentação, boa saúde, tempo de sono, ambiente tranqüilo, segurança e amor da família, integração da família com a escola facilitam muito a superação do período de alfabetização com bastante êxito.

CONCLUSÃO
Ao discutir de que maneira o sujeito canaliza o mundo exterior, Piaget entende que o pensamento, o raciocínio e as estruturas lógicas é que fazem com que o sujeito seja capaz, ou não, de compreender a linguagem que vem de fora.
Portanto observa-se que vários aspectos influenciam na construção do processo de alfabetização.
E é importante salientar que é algo complexo e desafiador. Ferrero e Piaget não dão receitas de como alfabetizar, mas abrem portas para a reflexão do professor, para que esteja atento ‘as especificidades das respostas dos aprendizes, ao percurso que trilham e as tentativas de se apropriar da nossa escrita.
É importante lembrar que a escola é o começo de uma longa caminhada de seus filhos, principalmente que proporcione alegria e satisfação para a criança, porque a primeira professora a gente nunca esquece.

BIBLIOGRAFIA DE APOIO

Nova Escola- Agosto de 2008

Ferreiro, Emilia, Cultura escrita e educação, 2001

Cavalcanti, Meire, Nova Escola, 2009

Lima, Kátia, psicopedagoga em psicopedagogia

Artigo publicado pela aluna Iúrica Bonafé - Pedagogia 1

sábado, 14 de janeiro de 2012

ARTIGO - CLÁUDIA

A INFORMATIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO

RESUMO
Este artigo científico tem por finalidade expor sobre o uso das tecnologias da informação na educação. Mostrar as vantagens e desvantagens do uso do computador e o papel do professor perante essa tecnologia digital.

Palavras-Chaves: Computador; Tecnologia; Professor.

1 INTRODUÇÃO
Atualmente os computadores estão se incorporando ao dia-a-dia das escolas, convidando os professores a repensar suas práticas. Fazer parte dos novos tempos não depende apenas de equipamentos modernos. A interação pede uma revisão nos métodos tradicionais de ensino. Cabe ao professor entrar nesta nova era e selecionar os bons programas do computador.


2 A EDUCAÇÃO E A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Fala-se em era da informação, mas o termo mais indicado seria era do conhecimento. Por conhecimento entende-se a informação processada por cada um de acordo com suas próprias experiências, a informação sempre existiu, o que aumentou foi à quantidade.
O professor conscientiza-se a mudar a abordagem de seu trabalho. Transmitir informações para que os alunos memorizem já não é mais válido, é preciso ensiná-los. Necessita-se propor atividades em que as crianças tenham de desenvolver estratégias, viver experiências, tomar decisões. ”O computador trouxe novas situações de aprendizagem que o professor deve gerenciar” (FICHMANN, 2006.p.31).
Pode-se dizer que a aprendizagem envolve representações culturalmente criadas e compartilhadas, sendo assim, hábitos e formas sociais são construídas numa relação não consigo mesmo, mas também com o mundo.

3 PROFESSOR E ALUNO NO MUNDO DIGITAL
O papel do professor é dar um sentido ao uso da tecnologia, sem constranger-se produzir conhecimento com base em um labirinto de possibilidades. ”O que o estudante quer é ser orientado e ouvido, e não provar que entende mais de computador” (FAGUNDES, L.2006, p.31).
O computador é uma ferramenta fantástica no desenvolvimento da criança, pode-se utilizar no processo de alfabetização e também no desenvolvimento de habilidades específicas como a coordenação motora fina, a capacidade de memorização, o raciocínio lógico matemático, a discriminação visual.
É possível estimular o raciocínio lógico com jogos virtuais, criar páginas na Internet para publicação de textos dos alunos. Inicialmente podem-se explorar os recursos da máquina, através de jogos, produção de textos e desenhos, além de pesquisar em sites de busca. Após usa-se ferramentas da Internet para elaborar programas de rádio de comunicação por escrito com outras escolas. Numa etapa mais avançada podem-se construir produtos com a ajuda de instrumentos como o Kit para robótica ou software para CDs multimídia.


4 INTERNET
A internet está presente na vida da maioria dos brasileiros, sua rapidez e variedade de informações impressionam, ela parece ser a maior revolução dos últimos tempos, com vantagens e desvantagens.
Como um dos aspectos negativos, a internet é uma forma de utilização das informações, o acesso fica mais rápido, mas para aquela camada da sociedade que já o tinha, pode-se, assim marginalizar ainda mais aqueles que não tem acesso a ela. A rede ainda pode causar dependência, distração, reduzindo os momentos já escassos de convívio familiar. Outro problema é a ausência do controle do conteúdo das páginas, há pornografia, baixarias, divulgando valores que nem sempre contribuem para a formação. Estes conteúdos são acessados por qualquer um, de qualquer idade. Outro aspecto negativo de mão uso da internet, é por parte dos alunos que muitas vezes fazem suas pesquisas de sala de aula em casa podendo ocorrer a impressão de uma determinada página da web sem o interesse de estudar e construir com seu próprio conhecimento as atividades, sendo assim se faz necessário que o professor saiba como trabalhar com esta tecnologia sem afetar o aprendizado dos alunos e fazendo com que os mesmos não percam o interesse pelo estudo.
Por outro lado, sobressaem os pontos positivos, a internet é um meio extraordinário de diversão e facilitadora de trabalhos de pesquisas, de estudos e também de relações. È realmente fantástica a rapidez com que se pode pesquisar bibliograficamente, com dados e livros de todas as principais bibliotecas do mundo.
A partir disso, é preciso conscientizar a sociedade e, mais particularmente, o mundo educacional sobre a necessidade de atividades, na sala de aula, que proporcionem uma leitura crítica-criativa do uso da internet seus benefícios e malefícios.

5 CONCLUSÃO
Conclui-se, que o computador é uma tecnologia ótima para se trabalhar com os alunos, o importante é saber usar. Cabe ao professor a tarefa de orientar e selecionar programas educativos, levar o aluno a usar o cérebro no seu mais alto grau, como pensar. O objetivo do computador é enriquecer o aprendizado, tornar o universo menor e ao alcanço de um clique.


6 REFERÊNCIAS
FAGUNDES, La. Tecnologia de alcance de todos. REVISTA ESCOLA, São Paulo, p. 30-37, set. 2006.

FICHMANN, Silvia. Tecnologia ao alcance de todos. REVISTA ESCOLA, São Paulo, p. 30-37, set. 2006.

Artigo publicado pela aluna Cláudia Pértile - Pedagogia 1

ARTIGO 2 - ELISANGELA DAMBRÓS

O PAPEL SOCIAL DA FAMÍLIA E DA ESCOLA

RESUMO
A família e a escola são entidades fundamentais e a quem cabe diretamente a responsabilidade da formação pessoal dos indivíduos. Pois é através do afeto, dos laços sanguíneos e da convivência segura em família que a criança inicia seus ensinamentos para a vida, dando continuidade a eles no seu ingresso a escola, onde cada momento de reflexão e convivência será motivo de aprendizagem e crescimento significativos, constituídos de diálogo, atuando na formação de sujeitos críticos e autônomos. Este trabalho tem por objetivo levantar algumas considerações sobre o verdadeiro papel social da família e da escola. Pois num mundo marcado pelas inúmeras informações, é necessário pensar na formação dos alunos e que estes possam estabelecer relações entre aquilo que sabem e vivenciam.

Palavras-chave: Família; Escola; Aprendizagem.

1 INTRODUÇÃO
Educar nos dias de hoje não é tarefa fácil, necessita a cooperação da família da escola para realizá-la da melhor forma, para se obter bons resultados. A relação entre a escola e a família tem se modificado muito nos últimos tempos. Neste período, a escola e a família mudaram. Há que se considerar, no entanto, que sobretudo a sociedade mudou. Por isso é importante a integração de ambas, para melhor atingir seus objetivos, mantendo uma parceria, tornando o processo mais sólido e participativo, pois a meta é o desenvolvimento pleno do educando.
O papel da família é contribuir com muito amor e desprendimento, cada momento, na construção de um ser independente, criativo, justo e feliz. Compete aos pais manterem-se informados sobre os resultados obtidos pelos filhos, colaborar com professores para tornar mais coerente e eficaz a atuação escolar, mostrarem interesse pelas atividades realizadas pelos filhos, e para a escola cabe propiciar aos alunos conhecimentos e habilidades, hábitos de respeito, uma expectativa positiva em relação aos estudos e uma visão reflexiva e consciente do futuro.

2 EDUCAÇÃO: FUNÇÃO DA FAMÍLIA E DA ESCOLA
Educação é a busca do conhecimento que faz parte do ser humano. O conhecimento é constituído pelo sujeito no decorrer de sua vida, por meio da interação que realiza com o contexto em que está inserido. Aprender é algo fascinante e que leva a fazer descobertas constantes e a perceber o quanto ainda se tem para aprender. Educar é dever da família, da escola e da sociedade como um todo, construindo valores morais, intelectuais e éticos.
No passado a sociedade era muito mais homogênea, tranquila e estável, menos atingida e condicionada pelos meios de comunicação social, tinha formas e princípios quase inalteráveis. O primeiro referencial eram os próprios membros da família e pessoas próximas, na constituição da família seguiam-se os modelos dos avós, dos tios e outros que se sentiam com direitos de dar seus ensinamentos e tinham suas comparações.
A família, década após década, vem passando por reestruturações significativas, a cada dia se convive com uma realidade familiar (casamentos desfeitos, novos casamentos, filhos buscando referências, culpas, busca da felicidade); do outro lado, a escola que recebe alunos oriundos de várias realidades familiares, precisando abrir espaço para estas realidades aproximando-se de seu aluno e de sua família e não os marginalizando. Existe também nas famílias a falta de tempo, de encontro e de diálogo. Momentos estes que são substituídos pela televisão, ocasionado uma carência de referenciais seguros e sobrando dúvidas de como educar as crianças passando a maior parte do dia longe delas. Por isso, a educação dos filhos que acontecia na família, começou a acontecer na escola, na rua, e através dos meios de comunicação social.
Essa democratização do acesso das crianças às novas fontes de informação diminuiu o poder exercido pelas instituições tradicionais e como consequência, tanto pais quanto professores precisam estar hoje cada vez mais preparados para dar respostas adequadas às novas demandas apresentadas por filhos e alunos.
Tudo mudou porque os valores mudaram. É preciso enxergar isso e aceitar com honestidade e humildade. Entretanto não se pode deixar que se percam os valores que fortalecem a família: o diálogo, o respeito mútuo, a convivência, a responsabilidade de cada membro e o trabalho no interior do lar.
É na família que a criança aprende a possuir direitos e deveres, aprende valorizar o que possui e até o que não possui, amar e até odiar, a ter consciência do seu papel social de feminino ou masculino, ter senso de justiça, honestidade e respeitar a sua vida se assim o desejar; ser afetivo ou agressivo. É nela que se aprende a necessidade de uma boa alimentação para a saúde do corpo e da mente, bem como todas as variedades, a cuidar de si e de todos os que o cercam e os valorizar. Tudo isso se tem na bagagem cultural que se aprendeu e desenvolveu no passar do tempo e com muita ajuda da escola nas relações durante a vida convivida na família.
A escola deve estar voltada para a cidadania e ter concepções claras que revelam o compromisso social, não se perdendo na omissão. O importante na educação é que todos sejam sujeitos históricos, críticos, conscientes e, assim, serem capazes de intervir na realidade, construindo ou reelaborando e consequentemente, transformando o mundo.
Acredita-se que a escola é o lugar onde se investe no ser humano como sujeito da própria história e como agente de transformação na sociedade em que vive. Ela se transforma num espaço de reflexão, de crescimento, expressão de sentimentos e emoções nas relações; assim a participação democrática, com liberdade, justiça e solidariedade, serão elemento forte para a aprendizagem não como mera repetição mecânica, mas uma aprendizagem fortemente pautada no senso crítico para a construção do conhecimento.
O educador precisa ser coerente, incorporar em suas palavras no dia-a-dia e em qualquer lugar, as convicções, tornando-se comprometido com o saber e que este tenha um sentido real e concreto na vida. A mudança ocorre aos poucos e só acontece se houver conscientização e se acreditar numa educação diferente que revele as concepções de homem, mundo e sociedade.
Uma vez que a missão do professor é uma vocação, a educação necessária para a vida de todo o ser humano a fim de desenvolver-se, com uma sequência de crescimento cultural e uma melhor qualidade de vida, percebe-se que o contato social, mundial e local, exige que a educação traga presente a realidade vivida nas contradições.
Na parte dos professores, é inegável que os desafios da sala de aula são bem maiores hoje do que no passado. Não basta mais ser um bom profissional do ponto de vista didático, é preciso estar aberto para compartilhar com os alunos suas angústias e problemas. O aluno de qualquer idade deve ser visto atualmente pelo professor não apenas como um mero depositário de informações, mas como um ser humano em formação, e o professor tem de estar preparado para lidar com isso.
O diálogo é um instrumento fundamental para o bom entendimento e para um crescimento. É necessário entre as pessoas e, muito mais entre pais e filhos, com os educadores, pois sempre se tem muito a somar, a aprender e a crescer. Em consequência disso, tanto pais como professores precisam estar cada vez mais preparados em dar respostas adequadas às novas demandas apresentadas, surgidas por filhos e alunos. Cabe à família e à escola trabalharem esse excesso de informações, possibilitando à criança uma melhor compreensão do mundo.
Nesse sentido, mais proveitoso do que um embate entre a família e a escola para saber onde começam e terminam as responsabilidades de cada um, é abrir canais de diálogo franco entre essas duas instituições. Quanto melhor a parceria, mais positivos e significativos serão os resultados na formação do ser humano. Pais e professores bem integrados podem ajudar a criança a se desenvolver melhor em todos os aspectos:social, emocional, afetivo e cognitivo. O ideal, portanto é compartilhar experiências sem cair num jogo de empurra-empurra em relação a seus papéis nem em julgamentos sobre quem é culpado ou inocente diante de algum problema. Uma tarefa que não deveria ficar apenas a cargo da família e da escola, mas ser um compromisso da sociedade como um todo, pois a formação integral do ser humano deveria estar no horizonte de preocupações de toda a comunidade e de todas instituições sociais.
É importante ressaltar que uma maior atribuição de funções à escola ou a qualquer outra instituição social na formação da criança não substitui a família de sua responsabilidade fundamental na educação dos filhos, e os pais precisam estar bem conscientes disso. A grande referência de valores morais ainda é a família. É nela que o ser humano deve se sentir seguro, amado, respeitado. Condições que, se não forem satisfeitas, podem desestruturar a personalidade da criança, por melhor que seja a escola.
No entanto, é preciso que exista uma relação de confiança entre a escola e os pais, para que estes se sintam seguros quanto ao acerto de decisões que a escola vier a tomar, ou seja, os pais devem estar por dentro do assunto para assim poder ajudar a escola no que for necessário.
Porém, sabendo que cada qual tem sua função, que cada um cumpra bem o seu papel quando se fala de educação, sendo que os pais têm o dever de reivindicar uma melhor prestação de serviço e assim a escola também deve cobrar dos pais se eles também não estão cumprindo com suas obrigações.
É nesse encontro escola-aluno-família, que se pode construir uma relação de troca, de complementaridade que possibilita a todos educar e serem educados. Quando isso acontece, o aluno que está sendo educado também passa a ser educador. Além disso, o educador deve ser cidadão consciente, possuindo uma visão crítica do mundo (ou de si), para poder propor situações de aprendizagem para a vida, com base em princípios e valores (éticos, morais e religiosos). Percebe-se isso nas palavras de Paulo Freire (1998), que diz:

“a razão de ser da educação está na superação da contradição educador-educando, para que ambos se façam simultaneamente educadores e educandos, isto é, compete ao educador saber com os educandos enquanto estes passam a saber com ele. Neste caso o educador estaria a serviço da libertação. A escola deve estar envolvida com a comunidade e a família e fazer com que estas e o educando reflitam, questionem, dialoguem sobre suas dificuldades tomando consciência de sua realidade, tornando-se sujeitos de sua história, para poder entender a realidade e transformar as escolas em pontos de encontros para toda a família”.


No entanto percebe-se que a educação escolar é fundamental para a vida, pois esta dá condições básicas para o desenvolvimento de bem-estar e acesso aos bens culturais e principalmente à preparação para o trabalho, para o exercício de funções políticas requeridas pela sociedade. Compreende-se que a família é essencial para seus filhos com a educação que lhes proporciona, e a escola fortalece a vivência e a incorporação dos valores que preparam para a vida.
3 CONCLUSÃO
Na educação os resultados não são imediatos, necessita-se de tempo e de uma leitura critica sobre esse tempo para se poder construir e avaliar a prática e isso implica na necessidade de pensar de forma teórica, critica e consciente, o cotidiano da sala de aula e da família e assim, colaborar com a formação de pessoas que, como cidadãos, sejam capazes de auxiliar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, capazes de olhar para o contexto que os cerca com um olhar mais reflexivo e assim, possam desvelar a realidade, procurando superar as contradições existentes na tentativa de serem mais justos com os demais. A escola como instituição, não realiza a transformação sozinha, mas ela é um instrumento para que a transformação aconteça.
Sendo assim é fundamental criar no âmbito das escolas condições para uma ampla participação de todos os setores que convivem na comunidade na qual estão inseridos para que se forme no indivíduo a consciência da sua responsabilidade social e política.
A educação é complexa, o ato de ensinar e aprender também é, pois exige paciência, amor e acreditar que os envolvidos no processo podem e são capazes de aprender e contribuir com o processo de ensino e aprendizagem.
Vida familiar e vida escolar são simultâneas e complementares. Cabe aos pais e à escola a preciosa tarefa de transformar a criança imatura e inexperiente em cidadão maduro, participativo, atuante, consciente de seus deveres e direitos, possibilidades e atribuições.

4 REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários à prática educativa. 8ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.

Artigo publicado pela aluna Elisangela Dambrós - Pedagogia 1

ARTIGO - ELISANGELA DAMBRÓS

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E DA ESCRITA COMO FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A INTERAÇÃO COM O MUNDO E COM O CONHECIMENTO

RESUMO
Todos os procedimentos didáticos utilizados para incentivar a construção do conhecimento de leitura e escrita, valorizando as interações sociais em sala de aula, demonstram que o estabelecimento dessas interações, entre parceiros e entre crianças e adultos, durante o processo formal de aprendizagens, contribuem de modo significativa para que a escola exerça com maior propriedade a sua função, isto é, seja capaz de transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade de maneira viva e interessante.

Palavras-chave: Leitura; Escrita; Interações.

1 INTRODUÇÃO
É comum no meio educacional afirmar-se que as interações sociais são importantes para o processo de aprendizagem; este trabalho procura ressaltar como, de fato, interações sociais estabelecidas entre as crianças e adultos podem contribuir para a emergência de conhecimentos mais complexos durante o processo de aprendizagem.
Alfabetização vem sendo pensada numa perspectiva em que, além de se valorizar a construção do conhecimento da leitura e escrita como objetos linguísticos complexos, tem se dado especial importância a interação social como motor dessa construção. Desse modo, apropriar-se desse conhecimento exige diálogo, interlocução e confronto de pontos de vista entre os sujeitos envolvidos no processo, permitindo-lhes reconstruir a nível individual as informações recebidas no contexto social.

2 CONCEPÇÕES DE LEITURA E ESCRITA
A importância do ato de aprender a ler e a escrever está fundamentada na ideia de que o homem se faz livre por meio do domínio da palavra.
O uso da linguagem é tão importante que a linha do tempo divide a história em antes e depois da escrita. A partir de então, o homem pode
registrar sua cultura, as descobertas, as emoções, suas poesias, enfim sua maneira de ver o mundo. Isso não quer dizer que o homem não manifestasse o desejo de se expressar no mundo antes de desenvolver a escrita. Ele se comunicava por meio de desenho e da pintura, mas foi com a escrita que ampliou sua habilidade comunicativa e socializou o registro através de um sistema convencional de sinais fechados. No entanto, aprender a ler e escrever é mais do que uma simples decodificação de símbolos. Para o sujeito construir a habilidade de escrever e ler é necessário que compreenda a própria existência. É preciso ter consciência que a escrita tem por função registrar fatos criados e vividos pelo homem.
Deve-se também esclarecer que a escrita é vista como um processo de aperfeiçoamento do homem, um enriquecimento exterior, um desenvolvimento intelectual e cultural do ser humano. O domínio da língua oral e escrita é fundamental para a participação social efetiva, pois é por meio dele que o homem se comunica, tem acesso a informações, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões do mundo, produz conhecimentos.

3 A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER
Segundo Paulo Freire a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra. A leitura do seu mundo foi sempre fundamental para a compreensão da importância do ato de ler, de escrever ou de reescrevê-lo, e transformá-lo através de uma prática consciente.
Esse movimento dinâmico é um dos aspectos centrais do processo de alfabetização que deveriam vir do universo vocabular dos grupos populares, expressando a sua real linguagem, carregadas da significação de sua experiência existencial e não da experiência do educador.
A alfabetização é a criação ou a montagem da expressão escrita da expressão oral. Assim as palavras do povo, vinham através da leitura do mundo, depois voltavam a eles, inseridas no que se chamou de codificações, que são representações da realidade.
Segundo Freire (1988, p.48), “[...] O processo de aprendizagem na alfabetização de adultos está envolvida na prática de ler, de interpretar o que lêem, de escrever, de contar, de aumentar os conhecimentos que já tem e de conhecer o que ainda não conhecem, para melhor interpretar o que acontece na nossa realidade [...]”.

4 CONCLUSÃO
Concluindo pode-se afirmar que a interação com o mundo e com o conhecimento através da escrita e da leitura, incentivados em sala de aula contribuem para a construção do conhecimento.
Embora se reconheça que o fracasso na alfabetização seja decorrente de uma conjunção de fatores os mais diversificados, é possível afirmar que o incentivo ao estabelecimento de interações sociais mais efetivas, dos alfabetizandos entre si e destes com o adulto professor, poderá vir a ser um caminho para a melhoria da qualidade da aprendizagem durante o processo de alfabetização.

5 REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. A importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. 22ª ed. São Paulo: Cortez, 1988.

Artigo publicado pela aluna Elisangela Dambrós - Pedagogia 1

ARTIGO - ELISANGELA MISTURA

Ser Professor...

A partir da leitura dos textos e de nossas experiências podemos destacar sem duvida tanto com a escola e os sujeitos que fazem parte dela é de extrema necessidade, ambos devem andar lado a lado para obterem significados e resultados importantes.
O diálogo entre os profissionais é muito importante, pois se pode diagnosticar os problemas e enfrentá-los juntos. Assim podemos construir projetos sólidos, conhecendo os alunos, suas necessidades, que praticas que deveriam ser adotadas para construir conteúdos de forma significativa, e assim despertar o interesse dos alunos.
A investigação na própria comunidade para estarmos a par da realidade e necessidade dos sujeitos que fazem parte da escola. Deste modo investigando, refletindo, planejando e efetuando ações poderemos formar pessoas criticas.
Sobre a perspectiva do professor como investigador da própria pratica, posso dizer que o conhecimento esta contida na própria ação, ou seja, ao agir demonstra o conhecimento que possui. No momento em que o professor para e reflete faz uma pausa em sua ação, é um momento que ele pensa e reorganiza o que esta fazendo geralmente isso acontece diante de situações inesperadas, e na maioria das vezes não encontra respostas.
Nem sempre quando paramos o que estamos fazendo, para refletir sobre isso, estamos ampliando o compreendi mento do que fazemos. Mas ao refletirmos sobre o que estamos fazendo, passamos a refletir sobre um fazer passado e essa reflexão pode nos ajudar em futuros fazeres e nos dar um novo entendimento sobre o momento.
O cotidiano escolar é um espaço complexo, portanto é necessária a utilização da criatividade e da sensibilidade para interagir em problemas da ação pratica. Sabemos que na atividade pratica e no cotidiano escolar é que o professor, dia após dia, vai sendo formado ao construir refletindo e reconstruindo sua pratica.
A pesquisa não é só uma forma de aproximação da escola e da comunidade é também olhar e refletir sobre o fazer pedagógico. Pesquisar o entorno e aprofundar o conhecimento da realidade que cerca a escola. Também perceber a importância da pesquisa para poder através dela, ampliar o conhecimento sobre a realidade do sujeito e a historicidade do lugar e contribuir com as pessoas dali, para que todos dentro de suas ações venham somar para melhorar o ambiente escolar. A diretora e vice compartilham a responsabilidade da administração e dinamização de todo o trabalho da escola e comunicam todas as ações para os sujeitos que fazem parte dela assim todos podem dar a sua opinião e participação é feito um trabalho em equipe.
A investigação é um exercício colaborativo, onde propicia ao futuro professor o conhecimento da localidade em suas especificidades, de modo a atender o modo como os sujeitos que constroem seus espaços. Conhecê-lo bem mais que mapear e sim conseguir buscar referencias próprias das pessoas para o espaço em que elas vivem.
A escola se organiza de forma participativa e dialógica onde toda podem dar suas contribuições de uma forma democrática assim conseguem dar conta de suas atividades escolares. Todas essas informações foram observadas nos diálogos com os sujeitos participantes da instituição nas visitas semanais na EMEI Mágico de Oz onde a direção nos passa todos os dados que precisamos para cada vez mais enriquecer nossa pesquisa.
Entender as formas das pessoas falarem e expressarem e como elas se organizam para sobreviverem. Conhecer a realidade não como sujeitos de fora, mas com os olhos de quem faz parte dela.
Aprimorar a pesquisa e investigação das diferentes linguagens, desta forma aprimorando a parceria com a família do entorno da escola através de relatos feitos por fotos e conversas, e assim compreendendo melhor a realidade que constitui não só o sujeito, mas a sua realidade e do entorno.
Cada um tem um papel coletivo, participativo e democrático das investigações pretendidas, isto são as propostas de que vai se investigar, como se vai investigar e de que forma, isso é parceria e democracia.
Para que isso ocorra o dialogo é fundamental onde todos participam para um desenvolvimento não só para os educadores, mas também para os educandos e todos os sujeitos participantes.
Compreender a tarefa docente, trabalhando em equipe, saber que a tarefa do professor não é de passar conhecimentos ao sujeito e sim haver uma troca mutua de saberes. (Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes Necessários a Prática Educativa. São Paulo. Paz e Terra, 2002. PP.23-51.).
É um modo de aprender e ao mesmo tempo exercitar o que é aprendido, fazer com que a cultura popular seja assumida e não omitida, que não sintam vergonha de suas origens, que saibam dar valor as coisas simples, a atos e fatos que às vezes ficam no anonimato, mas são de grande valor.
Ser professor não é ditar regras, e sim construir práticas educacionais, focalizando os problemas, diagnosticar e buscar soluções junto à comunidade, enfim para ser professor tem que ser humano.
A esperança e o otimismo na possibilidade são um passo gigante na construção e formação do professor que “que deve coincidir com sua retidão ética” (p18). Paulo Freire, um professor excepcional não só procurou perceber os problemas educativos, mas propôs uma pratica educativa para resolvê-los.
Os registros são de grande importância para a organização curricular, adequar os conteúdos e adaptarmos com a realidade dos sujeitos. O planejamento está em tudo inclusive na gestão escolar, tudo é planejado, e nesse planejamento todos participam: equipe diretiva, professores, serviços de apoio, alunos, pais, funcionários e a comunidade.
Todos os sujeitos que fazem parte da instituição EMEI Mágico de Oz percebem as suas ações através da participação popular, todos participam cada um dentro de suas necessidades, e todos se sentem como parte integrante da instituição e que sem a parte deles nada funcionaria da forma que deveria ser.
Compartilhar experiências, dificuldades, problemas, resultados, caminhos que nos tragam reflexões e aprendizados capazes de reorientar nossas praticas, a importância de aprendermos com as praticas da educação popular e saber dividi-las. A sistematização, como reflexão sobre a ação, nos auxilia a entender que a realidade é aquilo que nosso modo de observar-nos deixa ver.
“A sistematização é aquela interpretação critica de uma ou varias experiências que, a partir de seu ordenamento e reconstrução, descobre ou explicita a logica do processo vivido, os fatos que intervierem no dito processo, como se relacionam entre si e porque o fizeram desse modo. Podemos adicionar, ainda que a sistematização produzisse um novo conhecimento, possibilita a generalização, converte a própria experiência em objeto de estudo e de interpretação teórica e, ao mesmo tempo em objeto de transformação. Ao sistematizar as pessoas recuperam de maneira ordenada o que já sabem sobre sua experiência, descobrem o que não sabem sobre ela e o que não sabiam que já sabiam”. Holliday, (1996:14).
Sistematizar é classificar informações obtidas pela pesquisa do entorno escolar, e essas informações e experiências obtidas classificamos por ações dos sujeitos, tempo, espaço, o que acontece nesse cotidiano. Tudo o que estamos vivenciando naquele momento, presenciando, participando, interferindo isto é história, e ao longo deste caminho classificamos nossas experiências para compreender, interpretar, ordenar ou reconstruir ou até transformar nossas experiências.
Temos que classifica-las para podemos reconstruir melhor compreender e não modificar, mas ordenar e construir, sabendo o que e o por quê? A sistematização ou classificação é mais do que um método é uma proposta que permite a reconstrução adequada do que ocorreu, e assim avaliar, interpretar e tirar conclusões para outras praticas futuras.
Nós devemos sistematizar a experiência, contribuir para que todos os sujeitos que fazem parte da escola sejamos aqueles que podem sistematiza-las. Assim na pratica dessas vivencias, dentro do entorno escolar que vamos fazer uma troca de experiências.
Os objetivos principais da sistematização são três: a experiência na vivencia escolar para melhorar nossa própria pratica; o segundo não só compreender a pratica para melhorar, mas também compartilha-la com outros grupos que fazem as mesmas experiências; o terceiro é que a sistematização de experiências nos enriquece a reflexão teórica a partir dos conhecimentos que surgem praticas concretas.
As condições para a sistematização tem que ser espontâneas, normalmente fazer parte do espaço, e vivenciar tudo que acontece para poder compreendê-lo.
Todos participam cada um em seu espaço, a direção toma decisões de forma coletiva em reuniões, onde dependendo do assunto todos participam. Isso possibilita a construção democrática e consequentemente um desenvolvimento saudável para todos os sujeitos que fazem parte da instituição.
Para suprir a ausência de limites, a escola se propõe a realizar atividades em que os alunos tenham a oportunidade de dividir brinquedos e objetos pessoais, realizar trabalhos em grupo, momentos de atividades que desenvolvam a convivência, o respeito ao próximo e organizar-se dentro da rotina da escola. Proporcionando uma educação inclusiva respeitando o acesso e direito de toda a educação, conforme Politica Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
A educação é muito importante na sociedade em que se vive, mas não pode ser apenas a transmissora de uma cultura, oferece simples instrumentação, conhecimentos ou habilidades que nem sempre significam condições de opção ou possibilidade de fazer valer a sua experiência de pessoas livres e responsáveis. Ela é vista como um processo natural, entretanto educação e aprendizagem não acontecem de modo isolado, mas sim um todo em articulação com todos os segmentos da sociedade.
Para a construção de conceitos e um nível de aprendizagem qualitativo e satisfatório, faz-se necessário repensar as praticas pedagógica bem como a musica e o brincar estes, que muitas vezes ainda são introduzidos em nosso sistema educacional como simples recreação ou preenchimento do tempo vago.
De acordo com os textos lidos e o aprendizado ao longo destes quatro anos, podemos dizer que aprender não significa acumular conhecimentos já prontos, mas significa saber descobri-los, inventar-los e reinventar-los.
O espaço da sala de aula precisa ser entendido como um espaço de investigação, entendido e encarado dessa forma, o professor poderá refletir e reconstruir a sua pratica através de um questionamento constante, e de uma troca de saberes com os demais sujeitos da instituição.
Ser professor não é ditar regras e sim construir praticas educacionais, focalizando os problemas, diagnosticar e buscar soluções junto à comunidade.

Referencias Bibliográficas:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
JARA, Oscar Holliday. Sistematização das Experiências: algumas apreciações.

Artigo publicado pela aluna Elisangela Mistura - Pedagogia 1