segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

ARTIGO 2 - SANDRA

BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Para, Vigotsky (1984, apud WAJSKOP, 2007), é na brincadeira que a
criança consegue vencer seus limites e passa a vivenciar experiências que vão além de sua idade e realidade, fazendo com que ela desenvolva sua consciência.
Dessa forma, é na brincadeira que se pode propor à criança desafios e questões que a façam refletir,propor soluções e resolver problemas. Brincando, elas podem desenvolver sua imaginação, além de criar e respeitar regras de organização e convivência, que serão, no futuro, utilizadas para a compreensão da realidade. A brincadeira permite também o desenvolvimento do auto conhecimento, elevando a auto estima, propiciando o desenvolvimento físico-motor, bem como o do raciocínio e o da inteligência.

Pode-se dizer também que a brincadeira acontece ou é transmitida também através da família, do seu jeito de brincar, na cultura individualizada de cada indivíduo e que vai passando de geração á geração.

Na brincadeira a criança consegue expressar emoções, idéias, fatos, realidades, enfim, tudo o que esta vivenciando de fato.Na educação infantil quando os professores convidam seus alunos pra brincarem, eles ficam eufóricos, alegres. Esperando brincar de algo que muitas vezes conhecem ou sequer ouviram falar.

Segundo Corsaro (2002, apud CARVALHO, 2007) quando a
criança brinca de fazer de conta, ela acaba exercendo uma reprodução interpretativa dos
elementos que compõem a cultura onde estão inseridas. Assim, os brinquedos interagem
com a reprodução que as crianças fazem da realidade de seus contextos.

Qual mãe que nunca flagrou sua filha pequena de salto alto, com batom na boca, jóias no pescoço, imitando a mãe? Desde pequenos é nos pais que eles se inspiram até na hora da brincadeira. Então, brincar faz bem e ensina ao mesmo tempo.
Por isso vamos deixar nossas crianças brincarem.

Artigo publicado pela aluna Sandra Christan Toffoli - Pedagogia 1

ARTIGO 2 - DAIANA

A INFLUÊNCIA DA MÍDIA

RESUMO
As mensagens veiculadas pelos meios de comunicação de massa vêm influenciando na construção da subjetividade. A mídia deve dar preferência a finalidades educativas, artísticas , culturais e informativas,além de promover a cultura nacional e regional.Mas, infelizmente , não é a isso que se assiste ou ouve atualmente. Modelos de comportamento e padrões de consumo , entre outras técnicas de persuasão, nem sempre condizentes com a ética e a cidadania .Depara-se , no dia-a- dia com uma geração viciadas nos meios de comunicação, seguindo quase tudo o que vêem e ouvem. A maioria dos assuntos comentados no trabalho, na família, entre amigos e até na escola é referente a novelas, filmes, jogos de futebol, músicas, noticiários e outros programa. Comportamentos estranhos, modo de se vestir diferente , linguajar nunca ouvido antes são algumas das conseqüências provocadas pelos meios de comunicação de massa.

Palavras-chave: Comunicação; Educação; Comportamento.

1 INTRODUÇÃO
O modo de se comportar, falar, agir, vem sendo muito influenciado pelos meios de comunicação de massa. A televisão, o rádio, computador, o DVD são na atualidade os meios que mais constituem a subjetividade humana. O impacto da mídia nas pessoas tem conseguido identificar conseqüências psicológicas, afetivas, comportamentais e até físicas, associadas ao uso excessivo destes meios.
Mas, será que os meios de comunicação influenciam no rendimento escolar? Como realmente se deve olhar a mídia? Quais as conseqüências que os meios de comunicação provocam?

2 O PODER DA MÍDIA
Nunca houve tantas pessoas aprendendo tantas coisas ao mesmo tempo como na sociedade atual .
Depara-se com uma realidade muito curiosa: mesmo que os meios de comunicação não digam como as coisas devam ser, e não consigam forçar as pessoas a fazer o que sugerem, ao menos uma coisa eles conseguem: fazer com que se falem apenas, ou quase só, o que eles querem.
A mídia invade o cotidiano de todos. A criança e o adolescente atual nasceram num mundo com telefones, fax, computador, televisão, aparelho de som, DVD, etc.
Atualmente a mídia desponta como forma de circulação de discursos e modelos de comportamento, tornado-se fonte de construção de subjetividade. Os meios de comunicação de massa exercem poder sobre a vida das pessoas, influenciando nas escolhas, no comportamento, nos desejos, nos valores, nos sonhos e nas fantasias.

3 MEIOS ELETRÔNICOS DE COMUNICAÇÃO
No Brasil , existe toda uma problemática sobre a democratização da comunicação sobre aqueles que detém os meios de comunicação, principalmente os eletrônicos, que estão presentes cotidianamente nos lares.
O rádio e a televisão são meios eletrônicos de comunicação muito influentes na subjetividade das pessoas, eles ditam e norteiam costumes, hábitos, moda e atitudes sociais. É muito comum famílias realizarem suas refeições em frente à TV ou se locomoverem no carro com o radio ligado.
Necessita-se atenção ao papel educativo da mídia. Eles podem ensinar a julgar, observar e agir. E é justamente por terem este papel de educação informal que os meios de comunicação devem ser vistos com outros olhos. Com olhos críticos, capazes de perceber e separar as mensagem que realmente valem a pena.
O principal problema é a grande dificuldade em interpretar todas as informações que recebemos dos meios de comunicação, o que acaba causando uma recepção superficial de tudo o que é ofertado. Essa quantidade de informações submetidas não deixa tempo para refletir e compreender sua importância histórica e sua influencia no dia-a-dia. Precisa-se saber transformar a quantidade de informação em conhecimento, de uma forma critica.

4 CONSEQÜÊNCIAS DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
Fala-se muito dos meios de comunicação de massa como coadjuvantes educacionais, particularmente do acesso que os jovens atuais tem ao computador, de modo especial à internet . Os meios de comunicação de massa são interessantes e estão liberados pela TV aberta, de longe o meio mais difundido e reverenciado. No entanto a TV de sinal aberto peca por contribuir de maneira pífia com a educação. O fato é que grande parte da juventude gasta precioso tempo em frente ao aparelhinho incorporando hábitos estranhos a sua realidade e tendo contato com um mundo que não é seu. Isso gera um conflito e planta desejos incompatíveis com o seu nível de vida e com a sua realidade econômica, tornando-os jovens apáticos e desinteressados pela sua realidade. “Não é na escola que a criança aprende a separar o feio do bonito, o certo do errado, a virtude do vício. É na mídia que ela aprende isso .” (BUCCI, 2002, p.12)
Meninos chegam à sala de aula contaminados com os costumes e os conceitos televisivos. Os rapazes geralmente não pejo nem pudor no trato com o sexo oposto, e as meninas exibindo tatuagens, piercing e modos felinos, num eterno exercício de “ficar”.
Com tanto acesso à liberdade, a comunidade como um todo parece não saber o que fazer com esta liberdade. Até mesmo a criatividade dos artistas parece ter sofrido uma reversão. O lirismo musical cedeu lugar a vulgaridade, absorvida pelas massas.
A facilidade com que o aluno digere a novela e os filmes de TV é infinitamente maior do que o apetite pelo estudo. Vê-se pela manhã, alunos com os olhos vermelhos de não dormir, pois passam parte substancial da noite vendo filmes em vídeos e na TV.
Crianças e jovens quando assistem programas violentos, com o passar do tempo começam a acreditar que os demais são egoístas, querem levar vantagens sobre os outros e não são confiáveis. Imaginam que correm risco em tudo, temem sair sozinhos, justificam o emprego de violência física e tomam mais medidas agressivas de precaução (compra de armas de fogo, cães e diversas ferramentas de proteção).

5 CONCLUSÃO
Ao aprender olhar criticamente os meios de comunicação, pode-se mobilizar e lutar mais pelos direitos.
Existem atividades muitos simples que podem ser feitas para começar a despertar o senso critico: discutir em família que tipo de programa é educativo e interessante para as crianças. Selecionar os programas e determinar os horários.
É importante dar-se conta que é a formação de crianças e jovens que esta em jogo, portanto, o ideal é compreender como a comunicação e sua dinâmica interferem no dia-a-dia, buscar os pontos negativos, mas também encontrar os aspectos positivos e valorizá-los.


6 REFERÊNCIA
BUCCI, Eugênio. As tristes cópias do medíocre . Revista Nova Escola, São Paulo, ano 17, n°. 149, p.12, jan./fev.2002.

Artigo publicado pela aluna Daiana Trentin Risso - Pedagogia 1

ARTIGO - SANDRA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ( PPP)

O PPP define a identidade da escola e indica caminhos para ensinar com qualidade.
Toda escola tem objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O conjunto dessas aspirações, bem como os meios para concretizá-las, é o que dá forma e vida ao chamado projeto político-pedagógico - o famoso PPP. Se você prestar atenção, as próprias palavras que compõem o nome do documento dizem muito sobre ele:

- É projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo.

- É político por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir.

- É pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.

Ao juntar as três dimensões, o PPP ganha a força de um guia - aquele que indica a direção a seguir não apenas para gestores e professores mas também funcionários, alunos e famílias. Ele precisa ser completo o suficiente para não deixar dúvidas sobre essa rota e flexível o bastante para se adaptar às necessidades de aprendizagem dos alunos. Por isso, dizem os especialistas, a sua elaboração precisa contemplar os seguintes tópicos:

- Missão
- Clientela
- Dados sobre a aprendizagem
- Relação com as famílias
- Recursos
- Diretrizes pedagógicas
- Plano de ação

Por ter tantas informações relevantes, o PPP se configura numa ferramenta de planejamento e avaliação que você e todos os membros das equipes gestora e pedagógica devem consultar a cada tomada de decisão. Portanto, se o projeto de sua escola está engavetado, desatualizado ou inacabado, é hora de mobilizar esforços para resgatá-lo e repensá-lo. "O PPP se torna um documento vivo e eficiente na medida em que serve de parâmetro para discutir referências, experiências e ações de curto, médio e longo prazos", diz Paulo Roberto Padilha, diretor do Instituto Paulo Freire, em São Paulo. Fonte: Revista Nova Escola, http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/planejamento/projeto-politico-pedagogico-ppp-pratica-610995.shtml.

Com os aprendizados do curso de pedagogia à distância pela UFPEL, percebemos a importância de termos nas escolas um PPP flexível, que aceite realmente a escola como é e como os alunos são, dependendo do lugar. O PPP deve sim ser um instrumento de auxílio que permite ao contexto escolar trabalhar como um todo. Valorizando cada integrante do ambiente escolar.

Artigo publicado pela aluna Sandra Christan Toffoli - Pedagogia 1

ARTIGO - DAIANA

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

RESUMO
O presente artigo científico (paper) tem a finalidade de observar a Avaliação da Aprendizagem, investigar as práticas desenvolvidas no processo ensino aprendizagem, com o intuito de refletir sobre a importância da criança ser bem avaliada. Tendo-se como conclusão principal que a avaliação da aprendizagem é um caminho bastante válido para que se processe o olhar e a escuta necessários para o desenvolvimento de cada criança de forma plena e desafiando quaisquer situações de aprendizagem escolar.

Palavras-chave: Avaliação; Educação; Aprendizagem.

1 INTRODUÇÃO
Atualmente a ênfase está no aprender e esse aprender necessita de várias formas de avaliação. Muitas são as perguntas que ficam no ar: Qual é o tipo de avaliação ideal? Como explicar a Avaliação da Aprendizagem? Avaliar para quê?
Têm-se alunos com dificuldades, tem-se também um contexto escolar que é preciso ser modificado, pois a escola necessita oferecer uma proposta mais estimulante para que realmente a aprendizagem aconteça, favorecendo assim, o avanço desses alunos.
Mais que ensinar a ler, a escrever, é preciso ouvir aos apelos silenciosos que ecoam do íntimo do educando, mais do que avaliar ou dar uma nota é importante ensinar mostrando que sempre é possível fazer a diferença.
Conforme Freire (1990, p.8) “aprender a ler e escrever é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender seu contexto, não uma manipulação mecânica de palavras mas uma relação dinâmica que vincula linguagem e realidade”.

2 AVALIAR PARA ENSINAR MELHOR
A concepção de avaliar contida nos Parâmetros Curriculares Nacionais é explicitada como parte integrante e essencial ao processo educacional, deixando de ser apenas controle externo do aluno mediante notas ou conceitos.

A avaliação, ao não se restringir ao julgamento sobre sucessos ou fracassos do aluno, é compreendida como um conjunto de atuações que tem a função de alimentar, sustentar e orientar intervenção pedagógica.(PCN, V.1 p.81)

Acredita-se, em uma avaliação contínua, capaz de interpretar o conhecimento construído pelo aluno. Dessa forma, é possível verificar o que foi construído e onde estão as falhas do processo ensino aprendizagem.
A avaliação permite ao professor fazer uma reflexão contínua sobre sua prática, retomando aspectos que necessitam ser revistos ou criando novos instrumentos de trabalho que venham enriquecer o processo educacional. Sendo assim, cai por terra tomar a avaliação como uma ação a ser praticada apenas no final das etapas do trabalho.
De grande importância é a avaliação investigativa ou diagnóstica, que instrumentaliza o professor para que possa ter um ponto de partida, para pôr em prática o seu planejamento baseado nos conhecimentos prévios dos alunos e em suas expectativas. Segundo Paulo Freire (1990, p.24), “A avaliação não é o ato pelo qual A avalia B, é o ato pelo qual A e B avaliam juntos uma prática, os obstáculos e os erros porventura cometidos”.
A avaliação pode ser encarada como um elemento integrador entre a aprendizagem do aluno com o objetivo de considerar não apenas as expectativas de sua aprendizagem, e as condições oferecidas para que isso ocorra. Se por exemplo, não há aprendizagem esperada, isso significa que o ensino não cumpriu com sua finalidade.


3 FORMAS DIVERSIFICADAS DE AVALIAÇÕES
Nesse processo, é importante que o professor faça uso de diferentes instrumentos de avaliação.
A adoção de diversificados instrumentos oportuniza ao professor:
- ter clareza e segurança sobre o que precisa ser aperfeiçoado;
- colher mais dados para oportunizar seu trabalho;
- propor tarefas contextualizadas;
- reforçar a relação avaliação/ensino.
Sugere-se que o aluno seja permanentemente acompanhado pelo professor no processo ensino aprendizagem, pois entende-se a avaliação como processo contínuo, diferente, portanto da mera aplicação de provas periódicas do ensino convencional. Quando bem elaboradas, a prova escrita sempre terá seu “lugar ao sol” como mais um recurso entre os vários que podem ser utilizados na avaliação. Sempre com caráter diagnóstico e não de punição, de certo ou de errado, de exclusão. Além disso se utilizar apenas provas escritas, nunca chegará a avaliar aspectos importantes como os comportamentos e as atitudes: espírito participativo, organização, honestidade, criticidade, pontualidade, solidariedade, responsabilidade, entre outros.
Propõe-se que o professor diversifique as formas e instrumentos de avaliação. Pois é fundamental que a avaliação reflita, ao máximo, as diversidades listadas a seguir, para que esteja em consonância com a proposta apresentada. Como:
- experimentação
- pesquisa (de campo, bibliográfica, de laboratório, de improvisação na sala de aula)
- construção (muitas vezes improvisando a partir de sucatas)
- oralidade
- entrevistas
- participação em clubes de ciências
- dramatização
- exposições
- excursões e visitas
- coleta e classificação (de dados objetos)
- artes plásticas (pintura, música, modelagem)
A participação dos alunos nas situações de avaliação é fundamental. Através da auto-avaliação, ele reflete sobre seus avanços e ou limitações. Segundo Jussara Hoffmann (1994, p.36) “Antes de se fazer diferente é necessário pensar diferente sobre o que faz”. Avaliar... nada mais é que pensar sobre a qualidade de percurso e sobre o valor da chegada.

4 FINALIDADE DA AVALIAÇÃO
Para melhor entender este complexo tema da Avaliação da Aprendizagem, observa-se as finalidades da avaliação.

4.1 AVALIAÇÃO X NOTA
Há que se distinguir, inicialmente, “Avaliação e Nota”. Avaliação é um processo da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos.
A nota, seja na forma de número ( ex: 0-10) conceitos (ex: A, B, C, D), ou menção (ex: Excelente, Muito Bom, Bom, Satisfatório, Insatisfatório) é uma exigência formal do sistema educacional. Pode-se imaginar um dia em que não aja mais nota na escola ou qualquer tipo de reprovação, mas certamente haverá necessidade de continuar existindo avaliação, para poder se acompanhar o desenvolvimento dos educandos e ajudá-los em suas eventuais dificuldades.
A prova é apenas uma das formas de gerar nota, que por sua vez, é apenas uma das formas de avaliar. Assim, pode-se atribuir Nota sem ser por Prova, bem como pode-se avaliar sem ser por prova, pela nota (este dia parece não ter chegado ainda...).

4.2 SUPERAR A LÓGICA DO DETETIVE
Que espírito deve ter o professor, diante da avaliação: do policial que fica procurando o culpado, o errado, o fora do padrão ou do pedagogo que acompanha o crescimento da criança, procurando dar-lhe as melhores condições de desenvolvimento? O educador não pode se deixar levar pela “lógica do detetive” ou seja, estar mais preocupado em verificar que cometeu um “crime” do que ajudar no processo de construção do conhecimento. Atualmente, os educadores assumiram tanto esse papel de controle, de fiscais, que nem há mais necessidade de controle do trabalho de sala de aula por parte dos inspetores de Educação. Muitas vezes, desempenha-se, ainda que sem querer, o papel do detetive que procura avidamente entre os alunos aqueles que não são “capazes”, que estariam a enganar a sociedade. Localizados, eles realizam-se, punindo-os com nota baixa e reprovação... De que pressuposto parte-se: de que há “farsantes” no meio do grupo ou de que todas as crianças são capazes de aprender?
Por detrás da maneira como a nota é na escola, pode-se perceber a presença de uma pedagogia comportamentalista, baseada no esforço-recompensa, no prêmio-castigo. Tanto o prêmio como o castigo são deseducativos, uma vez que o primeiro gera satisfação dependência (se não tiver uma recompensa o sujeito não age...) e o segundo gera revolta e também dependência ( se não tiver alguma ameaça o sujeito não age...). A nota, ao invés de ser um elemento de referência de trabalho de construção de conhecimento, passa a desempenhar justamente o papel de prêmio ou de castigo, alienando a relação pedagógica, na medida que tanto o aluno como o professor passam a ficar mais preocupados com a nota com que a aprendizagem.

4.3 RELAÇÃO AVALIAÇÃO – CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
Para a pergunta “avaliar para quê?” pode-se encontrar uma gama enorme de respostas. Avaliar para: atribuir nota, registrar, mandar a nota para a secretaria, cumprir a lei, ter documentação para se defender em caso de processo. Verificar, constatar, medir, classificar, mostrar autoridade, conseguir silêncio em sala de aula, selecionar os melhores, discriminar, marginalizar, domesticar, rotular/estigmatizar, mostrar quem é incompetente, comprovar o mérito individualmente conquistado, dar satisfação aos pais, não ficar fora da prática dos outros professores, ver quem pode ser aprovado ou reprovado, eximir-se de culpa, achar os culpados, verificar o grau de retenção do que fala-se, incentivar a competição, preparar o aluno para a vida, detectar “avanços e dificuldades”, ver quem assimilou o conteúdo, saber quem atingiu os objetivos, ver como o aluno está se desenvolvendo, diagnosticar, investigar, tomar decisões, acompanhar o processo de construção do conhecimento do aluno, estabelecer um diálogo entre educador, educando e contexto de aprendizagem, avaliar para que o aluno aprenda melhor.

5 CONCLUSÃO
A educação, responsabilizadas por êxitos e por fracassos, pela formação do homem que faz a sociedade melhor ou pior, é objeto de constantes preocupações.
A realização de um ensino que atenda as diferenças individuais e o mundo com todas as suas exigências e solicitações é uma, ou principal, dificuldade encontrada nesta área, ou seja, na educação. Sabe-se que é um desafio e a tarefa é bastante difícil. Por isso, a escola precisa estar atenta, aberta, à diversidade, onde os alunos possam se beneficiar de suportes individualizados, principalmente se tratando de alunos que estão em situação que os impede de alcançar sucesso na “aprendizagem”.
Quando a escola for um lugar onde seus alunos são respeitados e reconhecidos nas suas diferenças, então, a superação de obstáculos que os impede de avançar no sentido de garantir um ensino de qualidade, naturalmente acontece.
Conclui-se este trabalho com a certeza de que se educa a partir de dentro, no encontro entre pessoas, com esperança de processo educacional, com empenho na árdua batalha de desencadear mudanças neste processo e com atenção voltada para aqueles aspectos que são indicadores na transformação da educação.
Ter um ideal e jamais esquecê-lo: “Ser uma metamorfose ambulante em vez de ter aquela velha opinião formada sobre tudo”, como cantava Raul Seixas.

6 REFERÊNCIAS
ANDREOLA, Balduino A. O processo de conhecimento em Paulo Freire. 18 ed. Porto Alegre: Educação e realidade, 1993.

ESCOLA. A revista do professor. Janeiro/Fevereiro 2003.

HOFFMANN, J. Avaliação Mediadora. 5ª ed. Porto Alegre: Educação e realidade, 1994

SANTOS, Celso Vasconcelos dos. Avaliação e o desafio da aprendizagem e o desenvolvimento humano. São Paulo: Cortez, 1996

Artigo publicado pela aluna Daiana Trentin Risso - Pedagogia 1