quarta-feira, 26 de outubro de 2011

TEXTO - JAQUELINE CASA

SUGESTÕES PARA UM BOM RESULTADO NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

As atitudes que poderiam ajudar o professor na prática educativa é a interação com os colegas professores, o envolvimento do diálogo entre professores e alunos.
Convidar os alunos a escrever no papel o que aprenderam sobre a aula, o que tiveram dúvidas possibilitando esclarecer dificuldades sobre a aula, seria muito interessante. Fazer auto-reflexões e auto-críticas sobre a aula, fazer planejamento sobre as aulas, ouvir as opiniões, dificuldades dos colegas professores e sempre procurar se ajudar.
O que já deve fazer parte da escola é o planejamento das aulas, os professores sempre devem tirar as dúvidas doa alunos em sala de aula, as problematizações procurando desafiar os alunos também faz parte da prática em sala de aula.
Muitos pontos podem ser relevantes para a prática educativa, podemos fazer ações educativas junto com os colegas professores, envolver-se na interação dialógica entre professores e alunos com o meio e com a educação crítica, assim podemos desenvolver ações pensando sobre elas, criticando, desmontado os mitos da prática, assim temos compreensão de um trabalho como crescimento profissional e realização pessoal.
O professor deve saber o que dá mais prazer aos alunos, buscar ações que resolvam dificuldades, havendo colaboração na busca de soluções aos problemas na prática educativa.
Outro item interessante é convidar os alunos a escrever as coisas que tiveram dificuldades, construindo perguntas sobre as dúvidas relativas aos conhecimentos educacionais trabalhados. Pode ser realizado no próprio caderno, desenhar num balão, uma nuvem. Essa é uma investigação que possibilita a auto-reflexão para registrar, produzir subsídios didáticos-metodológicos para efetivação do planejamento.
É necessário construir materiais e atividades às vezes com base em livros didáticos, mas não de forma mecânica, única e seqüencial. Essas aulas possibilitam um suporte para a ação educativa proposta como resolução de um problema, fazer auto-reflexões, auto-críticas, não só produzir, mas analisar materiais didáticos. Conversar com os alunos sobre as dificuldades dos mesmos, colher opiniões dos alunos sobre o tema em estudo, assim eles vão se soltando, lançar desafios e dúvidas.
Deve-se problematizar pois isso pode motivar as crianças em busca de respostas, e para o professor pode ser uma forma de aproximar a prática educacional dos problemas/situações envolvidos.
O planejamento das práticas pedagógicas guiados pelos momentos pedagógicos resulta em mudanças positivas na escola. Cada profissional tem sua disciplina e série, mas o planejamento ocorre de forma a envolver todos. Um professor ajuda o outro a organizar suas atividades sugerindo ou contribuindo com materiais.

Texto publicado pela aluna Jaqueline Casa - Pedagogia 1

ARTIGO - CATIANA

O DESAFIO DE ENSINAR PORTUGUÊS

Quando falamos em educação, logo nos vêm à mente o ensino de conceitos formados e exatos. Porém, há uma disciplina no currículo escolar que provoca discussões: por que ensinar português a falantes nativos desta língua?
Sabemos que a língua falada e escrita é o mais poderoso vínculo de comunicação entre as pessoas e uma área de discussão e conhecimento que estamos inseridos desde o momento em que nascemos. Ao tomarmos a Língua Portuguesa como objeto de estudo, vemos que, muito mais importante que saber regras, devemos dominar o modo de realização desta língua na sociedade. Uma língua só tem sentido em si quando os falantes compreendem seu processo e são capazes de expressar seus sentimentos e pensamentos através dela.
Dessa forma, se a língua é veículo comunicativo, faz-se necessário refletir sobre o que é linguagem. Considerando a linguagem como atividade humana, social, também o ensino da Língua Portuguesa deve seguir essa direção, proporcionando ao aluno condições de melhorar seu repertório lingüístico, sua competência comunicativa para ser capaz de empregar essa língua nas mais diversas situações de uso.
E é para que o ensino de português seja realmente eficiente que as aulas devem apresentar três fases: leitura, análise lingüística e produção textual, sendo que estas devem ser ancoradas em situações concretas de comunicação, para que o aluno possa perceber como se dá o processo de construção do enunciado e o valor que cada palavra tem no lugar onde foi posta.
Mas, neste ponto, esbarramos num problema muito evidente nas escolas: os alunos não gostam de ler e não sabem o que lêem. O que o professor deve fazer é incentivar a leitura, de qualquer texto, e não de livros escolhidos. A leitura não deve ser limitada, mas sim deve disponibilizar vários exemplares e de diversos gêneros e assuntos. O aluno deverá construir um conceito de que ler não é apenas decodificar o código escrito, mas produzir sentido e relacionar a leitura com sua vida, pois os livros recriam o mundo, permitem que a imaginação flua e que a pessoa se encante com aquilo que leu.
Quando o aluno compreender o verdadeiro sentido da leitura, certamente produzirá textos coerentes e coesos, sentirá prazer em realizar essa tarefa e se sentirá capaz. Com toda essa bagagem de informação, o estudante terá plenas condições de organizar suas idéias e argumentar, tornando-se autor daquilo que produziu, e não somente reproduzir o que já está escrito. No entanto, para que isso aconteça, é importante que o material, os textos utilizados na sala de aula sejam plenos de conteúdo, para que se possa, através deles, mostrar o funcionamento da língua.
Saber manejar a língua é ser capaz de entender como tal expressão foi co9nstruída e qual o efeito de sentido que ela produz em cada situação de uso. O ensino da gramática deve partir do texto, deve analisar lingüisticamente cada enunciado e, a partir dele, entender como funciona a regra e por que há uma exceção, e que isso ocorre de uma forma lógica. O que tem de mudar no ensino da Língua Portuguesa é que apenas as regras gramaticais são “ensinadas” e depois cobradas em exercícios mecânicos. Além disso, na hora da prova, ainda se utiliza a memorização como a melhor forma de alcançar uma boa nota. Porém, vimos que esse não é o melhor meio, nem o mais eficiente, e que é muito mais importante o aluno saber interpretar o que aprendeu e aplicar essa aprendizagem como forma de inclusão na sociedade. Devemos nos lembrar que ensinar uma língua não é apenas ensinar sua estrutura, mas sim o que a pessoa precisa saber para que ocorra uma comunicação eficiente.
Assim, o aluno deve perceber, na escola, que a aula de português não é uma aula “chata” e cansativa e que não serve para nada, mas que é através desse mecanismo que ele poderá mudar culturalmente e que “saber” essa língua poderá ser a porta de entrada para um futuro brilhante, tanto social quanto profissionalmente.

REFERÊNCIAS:
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

FÁVERO, Leonor Lopes. Oralidade e escrita: perspectivas para o ensino de língua materna. São Paulo: Cortez, 2002.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Moderna. 2003.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da Fala para Escrita. São Paulo.

Artigo publicado pela aluna Catiana Dallacort Lodi - Pedagogia 1

ARTIGO - ELISÂNGELA

REFLEXÕES SOBRE ALFABETIZAÇÃO

Este trabalho foi realizado a partir do estudo proposto pelo curso de Licenciatura em Pedagogia, que realizei com a parceria da Escola Estadual de Ensino Médio Anchieta, sobre situações que nesta acontecem, e que tem por finalidades discutir sobre o processo de alfabetização.
O processo de alfabetização tem por objetivo levar a aprendizagem através do domínio da mecânica da língua oral para a escrita e vice-versa, afim de, identificar significado da compreensão e expressão da leitura e da escrita. Introduzir a criança no mundo letrado, tornando-a um sujeito capaz de fazer uso dessa linguagem, conforme necessidades individuais desenvolvendo-se com a mente voltada a atender as demandas da sociedade.
Alfabetizar não se resume a apropriação de uma tecnologia de codificação e decodificação, pois depende de características históricas, culturais, econômicas, tecnológicas e políticas, ou seja, deve ser pensada como estar envolvida em um contexto social. Com isso fica claro que a alfabetização não é somente o aprendizado inicial, mas sim a um processo continuo, mas para isso, é necessário o incentivo diário ao mundo letrado.
A alfabetização é um conjunto de habilidades tornando-se assim um fenômeno de natureza complexa e multifacetada em busca do verdadeiro significado. Cabe ao professor uma boa preparação que o leve a compreensão de todas as facetas psicológicas, psicolingüísticas, sociolingüísticas e de todos os condicionantes sociais, culturais e políticos do processo de alfabetização. A fim de adotar um método e materiais didáticos significativos para alfabetizar, alem de buscar informações concretas sobre a escola, os alunos e todo o entornam em que estão inseridos. (Referencia Soares, 2002).
A criança chega a escola trazendo uma base de conhecimentos do mundo letrado, mas esses conhecimentos vão ser aperfeiçoados no decorrer do ano letivo, juntamente com o professor alfabetizador que tem por função ensinar os alunos colocar em pratica esses conhecimentos de forma correta.
A aquisição da leitura e da escrita necessita de estímulos por parte da escola, do professor e também dos familiares, motivarem o aluno e propiciar a ele um ambiente letrado, alem de fazer uso de uma metodologia com bastantes historias e que apresente o concreto, respeitando sempre o ritmo de cada um.
É papel de a escola propiciar condições necessárias e favoráveis para que todos obtenham um bom aprendizado de acordo com a realidade em que vivem. Na escola, os alunos aprendem a interagir em grupos, a respeitar as diferenças, a desenvolver a vida social, com isso, a escola tem um papel fundamental na vida do educando.
Um dos pontos principais no processo de alfabetização é o professor adquiria conhecimentos sobre seus alunos e também sobre onde e como vivem perceber as diferenças de cada um, assim é possível adotar um método de ensino baseado na realidade de todos.
A aquisição da leitura e da escrita se da de acordo com o desenvolvimento de cada aluno, por isso, a importância de conviver em um ambiente letrado dentro e fora da escola, desta forma entende-se que o processo de alfabetização é um aprendizado continuo onde o aluno é sujeito ativo deste processo.

Referencia bibliográficas:
Soares 2002, Alfabetização e letra mento.
Revista Nova Escola, março de 2006, edição 190.
Informações colhidas na escola parceira E.E.E.M.Anchieta.
Alfabeletrando de Liliam Cristine Ribeiro Parreira.

Artigo publicado pela aluna Elisângela Mistura - Pedagogia 1

ARTIGO - CATIANA

O ALUNO COMO CENTRO DA AÇÃO DOCENTE

Ao longo do curso de Pedagogia – EAD foram desenvolvidas uma série de temáticas acerca do fazer docente. Iniciamos nossa caminhada compreendendo como cada corpo/sujeito se comporta dentro da escola. E todos são importantes, cada um na sua função. A escola precisa ser vista por todos como um conjunto em que o início, meio e fim de seus propósitos é a aprendizagem. Mas, para que isso aconteça, cada indivíduo deve ser valorizado na sua diversidade. Tais percepções somente são possíveis pela necessidade de estar inserido em uma escola parceira em busca de indícios que valorizam e fundamentam a prática docente. Para tanto, é importante que façamos um apanhado geral em nossa memória, em busca de situações que revelam o quanto práticas educativas foram significativas no nosso caminho pelo aprender. E aí entra em cena o jogo, a brincadeira como centro da aprendizagem infantil, chegando até grandes teóricos que descobriram facetas da mente infantil.
São muitas as formas de aprender. Cada aluno tem seu potencial próprio e desenvolve sua aprendizagem de modo específico. O respeito às diversidades é o grande desafio do momento pelo qual passa a escola. O aluno, até mesmo aquele considerado com necessidades especiais precisa ser incluído numa turma tida como normal. A dificuldade apresentada é quanto à formação dos professores, que continua sendo apenas para aqueles alunos considerados “normais”. O que fazer a partir disso? Neste momento entra em nossa discussão o papel da formação continuada e das reformulações curriculares, para que efetivamente possam contemplar a todos.
O currículo escolar é de extrema importância por necessitar de uma abrangência muito significativa, tanto no que se refere aos conteúdos específicos como no meio social em que a escola e os alunos estão inseridos. No texto Concepção de currículo ampliado, produzido por um coletivo de autores, temos a seguinte definição “a função social do currículo é ordenar a reflexão pedagógica do aluno de forma a pensar a realidade social desenvolvendo determinada lógica”. Isso porque é necessário levar em conta a realidade em que o aluno está inserido, quais seus conhecimentos prévios, quais suas dificuldades, expectativas diante daquilo que lhe é apresentado. O aluno precisa ser visto como um todo, um ser completo, sujeito de sua história, como uma pessoa que não consegue separar sua vida de casa, seus conflitos internos, suas necessidades específicas com as necessidades de escola.
Esta concepção de currículo vem a contribuir com os estudos de Piaget e Vygotsky. Estes defendem que um ser jamais está pronto em termos de conhecimento. A aquisição do conhecimento acontece de modo permanente, cada saber em seu tempo e a seu modo. Piaget nos diz que
“o conhecimento não é visto como algo pronto ou que pode ser adquirido passivamente de fora para dentro. Essa teoria apresenta uma visão ativa do sujeito, que, agindo sobre os objetos, vai interiorizando o conhecimento a partir deles. Ao mesmo tempo, sofre influências do meio em que está inserido e interage com o grupo social em que vive.” (NAPOLINI, 1996, p. 180-190)
Eis então os motivos pelos quais o professor precisa conhecer verdadeiramente seus alunos, fazer um apanhado geral sobre suas famílias e sobre o conhecimento já adquirido. A aquisição do conhecimento inicia com o nascimento. O aluno já chega na escola repleto de saber. É exatamente Vygotsky que defende isso:
“O desenvolvimento do homem se inicia com o nascimento. Sendo assim, quando a criança chega à escola já percorreu um longo caminho, tanto no desenvolvimento quanto na aprendizagem. Portanto, a aprendizagem escolar não começa no vazio”. (NAPOLINI, 1996, p.180-190)
O aluno somente será o centro da ação docente quando realmente o professor estiver interessado em conhecê-lo. É o que vem acontecendo com a turma em que realizei parceria. A professora consegue fazer um acompanhamento bem amplo de seus alunos. Assim, contempla cada necessidade apresentada com atividades que realmente gerem conhecimento. Aqui entra o lúdico, a brincadeira. A criança aprende sem perceber o que o professor pretende. O aprender torna-se prazeroso, atraente e gratificante. A escola passa da obrigatoriedade imposta pela sociedade para o prazer em estar nela, pois tem certeza de que é satisfatório estar lá.
Cada professor tem sua metodologia específica. Paulo Freire nos diz que todo professor precisa saber que “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (FREIRE, 1996, p.47). Foi isso que buscou deixar quando inventou o método de ensino/alfabetização de jovens e adultos baseado na realidade de cada comunidade. Método este que hoje recebe seu nome e é estudado e “copiado” por uma infinidade de docentes que, assim como ele, querem ser significativos na vida de seus alunos.
Quando professor e família estiverem juntos para a formação do intelecto da criança, o trabalho se torna mais fácil e mais eficaz. O professor necessita de informações que apenas a família tem condições de saber sobre a criança. Um dos fatores que atrapalham o processo ensino aprendizagem é a falta de conhecimento sobre os alunos. O curso em Pedagogia em questão pretende que este seja um problema superado, uma vez que tem como centro de sua formação a pesquisa da realidade para a prática docente.

REFERÊNCIAS:
CARDOSO, Beatriz. Quem pergunta quer saber. Ambiente MOODLE – UFPEL.

CARDOSO, Beatriz. EDNIR, Madza. Ler e escrever, muito prazer! Editora Ática. São Paulo. 2ª ed. 2006.

EXCERTOS de “A experiência criativa”. Ambiente MOODLE – UFPEL.

FREIRE, Madalena. Educador: educa a dor. São Paulo; Paz e Terra, 2008.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1996.

FREIRE, Paulo. HORTON, Myles. O caminho se faz caminhando: conversas sobre educação e mudança social. Petrópolis, Editora Vozes, 2009.

HICKEL, Neusa. A inteligência é um processo e não um dom. Ambiente MOODLE – UFPEL. Acesso em 29/06/2009.

LIMA, A.F.S.O. Pré – escola e Alfabetização: uma proposta baseada em P. Freire e J. Piaget. 14 ed. Petrópolis; Editora Vozes, 2001. p.45-48.

METODOLOGIA do ensino da educação física: concepção de currículo ampliado. Coletivo de autores; São Paulo. Cortez, 1992. (Coleção magistério. 2º grau. Série formação do professor). P.26-30.

NAPOLINI, AT. Didática do português: tijolo por tijolo: leitura e produção escrita. São Paulo; FTD, 1996. p.180-190.

OLIVEIRA, Tarcizo. OLIVEIRA, Carla E.D. Erros e acertos na educação. Porto Alegre, 2007. 1ª ed.

SANTOS, Júlio César Furtado dos. Aprendizagem significativa: modalidades de aprendizagem e o papel do professor. Porto Alegre; Mediação, 2008.

SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. São Paulo; Contexto, 2007.

Artigo publicado pela aluna Catiana Dallacort Lodi - Pedagogia 1

TEXTO - IÚRICA

A INCLUSÃO NAS ESCOLAS

Uma inovação, mas, com sentindo as vezes distorcido, não podemos negar que a inclusão é sem dúvida uma inovação. Mesmo sendo polemizado por diversos segmentos da educação, tem o intuito de inserir alunos com déficits, permanentes ou não em classes regulares, sejam com problemas leves ou graves, garantindo o que a Constituição propõe, que é o direito de todos a educação.
A inovação na educação inclusive, está baseada na concretização de algo óbvio, do simples e do que é possível fazer, mas precisa ser compreendido e aceito pela resistência de muitos educadores. A inclusão nada mais é do que inovação até torná-la compreensível aos olhos da maioria, atendendo os paradigmas educacionais existentes.
É de conhecimento de todos que toda criança precisa da escola para aprender. O caminho escolar não pode parecer assombroso ou transmitir ameaça ou medo para as crianças. Quando em instituições se apresentam como competitivas entre os alunos, o percurso pode ser muito mais difícil de ser vencido tanto pelo aluno regular quanto para o aluno incluído em classe especial.
Garantir ao aluno especial a aceitação é um papel trabalhoso tanto para escola quanto pela família. Portanto, quem deve mudar? a escola ou os alunos? O ensino acostumado com alunos ditos normais? Os professores que devem se aperfeiçoar para exercer essa nova situação dentro de sala de aula? São inúmeros questionamentos que buscam esclarecer dúvidas e situações para elucidar novos desafios para as classes que recebem alunos especiais.
Segundo a educadora Maria Teresa Eglér Mantoan de São Paulo algumas sugestões são feitas para que essas classes ocorram de forma saudável, entre elas estimular as escolas para que elaborem com autonomia e de forma participativa o seu Projeto Político Pedagógico, elaborar um currículo escolar que reflita o meio social e cultural em que se insere, aprendizagem como o centro das atividades escolares e o sucesso dos alunos, como a meta da escola.
Se conseguirmos algo parecido com isso, talvez possamos garantir segurança, educação e acessibilidade a todos de uma forma saudável e democrática e com uma educação de qualidade e inclusiva.

Texto publicado pela aluna Iurica Bonafé - Pedagogia 1

ARTIGO - ELISÂNGELA MISTURA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Elisângela Mistura

Resumo
Este trabalho tem por objetivo apresentar como funciona um projeto político pedagógico, que por sua vez é um documento que norteia a proposta da escola. Para que ele realmente seja desenvolvido e seja uma ferramenta eficaz é necessário que seja elaborado por todos os sujeitos do processo escolar e modificado no decorrer do tempo conforme suas necessidades para que o trabalho se torne cada vez melhor.

Palavras chave: Projeto político pedagógico. Conhecimento. Transformação. Construção. Compromisso.

1 Introdução
A escola é um espaço privilegiado, onde seus membros podem experimentar serem atores do processo educativo e é isso que provoca a construção de um projeto político pedagógico.
O projeto político pedagógico tem sido nos últimos anos, objeto de estudos e debates entre educadores. É comum ouvirmos a afirmação: “o projeto político pedagógico é uma busca de melhoria da qualidade do ensino.” E nos atreveríamos complementar, da formação de seres humanos mais autônomos.

2 Projeto político pedagógico
Toda escola é obrigada a ter o seu projeto político pedagógico, e deve ser estruturado conforme a demanda da escola e sua realidade, uma vez que o PPP é a base sólida para uma educação de qualidade.
A organização escolar requer a construção de um PPP que, elaborado coletivamente, possibilite à escola cumprir sua função social de ensino. O PPP da escola parceira tem como princípio uma transformação ou uma mudança da mesma.
Esse projeto engloba os quatro segmentos da escola, pois, alunos, professores e funcionários de forma participativa. A construção do projeto envolve um conjunto de aprendizagens, reflexões, ações e relações, estas são somadas ao trabalho pedagógico administrativo, financeiro e da comunidade escolar.
A escola é um espaço rico para o desenvolvimento da sociabilidade. Por isso a construção de vínculos, a gestão de conjuntos, o relacionamento entre os membros do grupo, muitas vezes, devem ser mediados pela gestão da escola para que haja construção coletiva dessa sociabilidade que possibilita o comprometimento do professor no desenvolvimento do seu trabalho e na prática com aprendizagens mais significativas para os educandos. A cultura é à base de um potente vínculo social que nos aproxima das pessoas.
Para estar socialmente vinculado ao grupo, é preciso construir uma cultura em comum entre os membros, permitindo que todos trabalhem a favor de um mesmo ideal. Com isso, é necessário que um aceite o outro, compreendendo suas diferenças e seu modo de compartilhar conhecimentos.
O plano de gestão deve conter no mínimo:
1. Identificação e caracterização da unidade escolar, de sua clientela, seus recursos físicos, materiais e humanos.
2. Caracterização da comunidade e sua disponibilidade de recursos.
3. Objetivos da escola, gerais e específicos.
4. Definições metas (a curto e médio prazo) e serem atingidas e ações a serem desencadeadas.
5. Planos dos cursos mantidos pela escola.
6. Composição dos diferentes núcleos de trabalho que compõe a escola: Direção, Coordenação, Docentes, Administração e Serviços de apoio.
7. Planos de trabalho dos diferentes núcleos a organização técnico-administrativa da escola.
8. Projetos curriculares e atividades de enriquecimento cultural.
9. Projetos extracurriculares.
Critérios de acompanhamento, controle e avaliação do trabalho realizado pelos diferentes componentes do processo educativo.
Acreditamos que pensar a democracia no âmbito escolar não deve significar apenas a introdução de mecanismos participativos nas decisões da escola. Este processo deve ir além, permeando todas as ações e relações que se produzem nestes espaços. Isto significa encarar a democracia como um modo de vida e não apenas como regime político.

3 Considerações finais
O Projeto político pedagógico da escola a qual faço parceria é de suma importância, ou seja, com planejamento fica bem claro o que se pretende e o que se deve ser feito para se chegar aonde se quer.
Um bom Projeto político pedagógico da segurança a escola através dele são escolhidas as melhores estratégias, o que facilita o trabalho.

Referências
Projeto político pedagógico, Escola Municipal de Ensino Fundamental Elpídio Fialho (Marau RS).

Revista profissão docente (on-line).

SANTOS NETO. O projeto político pedagógico da escola. Educação e Formação. Taubaté, SP, 1998.

Artigo publicado pela aluna Elisângela Mistura - Pedagogia 1

TEXTO - MICHELE

AS INTEMPÉRIES DA CONQUISTA

Michele Colet casagrande

Somos frequentemente questionados sobre o que queremos e o que buscamos. Mas o querer será o melhor? Não sabemos, pois precisamos lutar, lutar, e quando conquistamos, descobrimos ou nos desiludimos. E não está fácil querer hoje em dia. O sonhar nos custa tempo, dinheiro, conhecimento, desgaste físico, mental e emocional. Até o conquistar são suspiros, trabalho, caídas e sucessos.
Isso me faz lembrar do tempo de trabalho na escola e de uma menina linda de olhos azuis. Ela tinha o privilegio de todos os dias acordar com o cantar dos pássaros e o barulho do vento. Abria a janela e respirava ar puro das matas. Se vestia e ia para a cozinha tomar café, com o mais puro e fresco leite da fazenda, pão quentinho e casa também. Já que ali perto da mesa, o fogão a lenha queimava, e a casa toda esquentava, dando um clima de acolhimento e leveza.
La fora, ao contrario, o ar puro se transformava em uma brisa fria, que quase parecia chuva, gelava a ponta dos pés e das mãos, precisava por luvas e um casacão. Os pés, ainda pequenos, quebravam o gelo da grama que se formara na noite anterior, deixando a marca por onde passava. Tremia um pouco de frio, mas continuava seu caminho, que era longo naquelas condições, até encontrar abrigo, que parecia invisível, pois daquele frio não escapava.
Mas onde iria aquela bela menina, vestida como boneca, e de certa forma parecia, pois mal podia se mexer? Andava quilômetros com o ônibus, chegava cedo ao destino, pois a rota era essa, era a primeira a chegar. Toda embrulhada, como para presente, era recebida com o calor humano e o sentimento de dó, já que seu nariz gelado condenava que passara muito frio e que o calor do fogão agora não existia, só cobertores de lã e calor amigo. E logo se empolgava, começava a brincar e já tinha que os casacos, mantas e toucas tirar.
O difícil era aceitar, que pra casa tinha que voltar e todo aquela frio enfrentar. No dia seguinte a mesma procissão, e o mesmo sentimento de pena, ao ver aquela linda princesinha sofrer tanto com o frio. Mas um dia questionada por que não fica em casa nos dias de frio, perto do fogão, quentinha? Ela respondeu sem pensar: - Por que quero aprender.
E assim, como a menina enfrentava o frio todos os dias para chegar a escola para aprender, nos também, enfrentamos, tempestades, nevascas, brisas, garoas, dias de sol, em busca de nossos sonhos. Por isso vale a pena buscar e querer, por tudo que passamos, levamos ou deixamos. A vida é feita de aprendizado, de alegrias, tristezas e superação. Se não confiamos em nós mesmos, paramos no tempo, viramos bonecos literalmente, sem vida e sem propósitos, apenas como enfeites, que muitas vezes só acumulam o pó, deixado pelos que passaram e realizaram seus sonhos.

Texto publicado pela aluna Michele Colet casagrande - Pedagogia 1

terça-feira, 25 de outubro de 2011

FRASE - ARLETE

A EDUCAÇÃO E A ERA DIGITAL

ARLETE TOMASI

A inclusão no espaço digital é sem dúvida uma necessidade para quem quer estar a par das informações e ligado ao mundo de forma prática e rápida. Aprender a trabalhar com o computador e tudo o que ele oferece é um grande desafio, mas para o professor que promove a aprendizagem se faz cada dia mais necessário o domínio das tecnologias ligadas a educação de forma a incrementar suas atividades pedagógicas.

Frase publicada pela aluna Arlete Tomasi - Pedagogia 1

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

ARTIGO - MERIDIANA/ ADRIELA

O desenvolvimento da consciência ecológica na educação infantil

Adriela Balotin
Meridiana Bernardi

Resumo: A consciência ecológica deve estar a cada dia mais presente na realidade escolar, pois se sabe da necessidade crescente de preservar o meio ambiente para a vida atual e futura. Pensando nisso, a Escola Municipal de Educação Infantil Tio Luiz MARAU-RS criou e vem desenvolvendo um projeto ambiental que oportuniza as crianças a construção de brinquedos com materiais recicláveis, elementos até então descartados por suas famílias. Seguindo a idéia de preservação, criou e implantou uma horta onde os pequenos tem a possibilidade de manter contato com a terra e ainda, a seu modo, terão que manter o bom funcionamento da mesma. Atividades essenciais para a construção de um olhar sensível à natureza, desde a sua atual idade, ou seja, 3 e 4 anos.
Palavras chave: Consciência ecológica, horta, reciclagem, criança.
Este artigo pretende mostrar o desenvolvimento do projeto sobre cidadania e consciência ecológica que esta sendo desenvolvido durante o ano letivo de 2011, com 43 crianças, na faixa etária entre três e cinco anos, alunos do Jardim I e II da EMEI Tio Luiz, escola pública no município de Marau - RS. Pela relevância dos comentários, serão inseridas falas e entrevistas de pais e alunos. Por ética e respeito ao anonimato, os participantes serão nominados pelas letras: A, B, C.
O projeto leva em consideração a triste situação a qual se encontra o nosso planeta, onde a cada dia nos mostra a urgência de mudanças drásticas pelos seres humanos, a exemplo da devastação das florestas que continuam sendo cortadas, sendo que a tendência é o aumento do número de desastres naturais, muito maiores dos que já estão ocorrendo. Acreditamos que se trabalharmos com as crianças pequenas tentando conscientizá-las sobre a importância da preservação ambiental, esta será uma atitude levada para a vida futura, pois é de conhecimento que é na primeira infância que se estabelece o desenvolvimento das aprendizagens.
Cabe a escola o papel de mostrar as formas de preservar o meio ambiente e assim impedir a destruição da própria espécie futuramente. Ajudando as crianças a mudar de atitude e assim transformando-se em cidadãos conscientes na defesa do planeta. O professor trabalhando com consciência em sala de aula acaba por envolver toda a comunidade escolar fazendo uma reflexão em conjunto sobre a importância de preservar o planeta tanto agora quanto a longo prazo. A Antropóloga Lucila Pinsard reforça: “As escolas são espaços privilegiados de formação e a Educação Ambiental é a forma de interagir com a comunidade e operar mudanças na sociedade”. (Nova Escola, 2007, p. 48)
De nada adianta o conhecimento do professor em grandes temas ambientais como aquecimento global, destruição das matas, se ele não for capaz de ensinar aos pequenos a separar o lixo, reaproveitar materiais que seriam descartados e a trabalhar as relações humanas e as conseqüências de nossas ações sobre o meio.
A população de um modo geral mostra preocupação com a devastação ambiental, mas muitas vezes parece que muito se fala e pouco se faz na eficiência de atitudes de preservar o planeta. PAI D comenta: “Atos simples que no futuro representarão muito. Qualquer medida cabível é tomada, porém às vezes sentimos que fazemos tão pouco perante a um fato tão importante e preocupante quanto é a preservação ambiental.” Paulo Freire, reforça o pensamento:
Por que não aproveitar a experiência que tem os alunos de viver em áreas da cidade descuidadas pelo poder público para discutir, por exemplo, a poluição dos riachos e dos córregos e os baixos níveis de bem-estar das populações, os lixões e os riscos que oferecem à saúde das gentes (FREIRE, 1996, p. 30).
As pessoas não podem fugir de sua responsabilidade nas áreas de seu interesse pessoal, quanto mais no campo da natureza, onde o interesse deve ser global. O Planeta pertence a todos, logo todos devem e precisam lutar pela sua defesa, para promover condições habitáveis. O crescimento acelerado das metrópoles e do consumo de produtos industrializados e descartáveis transformou a produção de lixo em um dos maiores problemas da sociedade moderna. O volume de lixo tem crescido em quantidades assustadoras, gerando escassez de áreas para o seu destino final. Além disso, a sujeira despejada no ambiente aumentou a poluição do solo, das águas e do ar, prejudicando as condições de saúde da população mundial.
Na busca pelo desenvolvimento sustentável, percebe-se que poucas ações efetivas foram realizadas. Na realidade precisa-se com urgência reavaliar profundamente os valores e as condutas da sociedade atual a fim de alterar o processo de degradação ambiental do Planeta Terra.
Se todas as pessoas são responsáveis, é ao professor, a quem cabe a formação das futuras gerações. Sendo a educação considerada um processo amplo e global, cabe ao educador participar da vida social, servindo de exemplo aos alunos. Aspecto importante dessa participação sendo o seu primeiro objetivo é a proposta da defesa da natureza e a preservação do equilíbrio ecológico. Os parâmetros curriculares nacionais vêm ao encontro dessa idéia afirmando que:
[...] a principal função do trabalho com Meio Ambiente é contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuarem na realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade, local e regional. Para tanto, é necessário que a escola trabalhe atitudes, com formação de valores aliadas ao ensino e à aprendizagem de habilidades e procedimentos, tornando-se esse o grande desafio para a educação. (BRASIL, 1997, vol. 9, p. 29).
No que tange a temáticas ligadas ao meio ambiente, um dos assuntos que mais se salienta é a problemática do lixo, tanto no Brasil como no exterior. Na atualidade, verifica-se que as cidades não possuem infra-estrutura para acompanhar o crescimento populacional, gerando falta de destino adequado ao lixo produzido pela população. Toma-se, por exemplo, que na metade do século passado a composição do lixo era predominantemente de matéria orgânica, de restos de comida. Entretanto, com o avanço da tecnologia, materiais como plásticos, isopores, pilhas, baterias de celulares e lâmpadas tornaram-se presença constante na coleta domiciliar. Logo, dar um destino adequado tornou-se um dos grandes desafios da administração pública em todo o Planeta.
De acordo com os meios de comunicação, no Brasil, boa parte do lixo é simplesmente jogada em grandes terrenos, porém ainda têm locais que nem coleta há. Aliada a esse contexto, verifica-se que a tecnologia evolui rapidamente gerando conseqüências indesejáveis no ambiente da natureza. Além disso, se passa a constatar uma deterioração na qualidade de vida afetando a saúde, tanto física quanto psicológica das pessoas.
Nas palavras de Ruscheinsky e Costa (2002, p. 84) “A sociedade de consumo da atualidade endossa princípios que levam à degradação dos bens naturais.” Dessa forma, a educação ambiental deve ser praticada coletivamente: “deve se dar na intersubjetividade e na intercomunicação dos sujeitos que estão desvelando a realidade e construindo a compreensão de fenômenos dos elementos que compõem o mundo.”.
Por reciclagem entende-se como um conjunto de técnicas as quais objetivam aproveitar os detritos e reutilizá-los no ciclo de produção de que saíram. Resultam de uma série de atividades em que materiais se tornariam lixo ou já estão no lixo, porém são desviados, coletados, separados, processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de novos produtos.
Dessa forma, a reciclagem é uma importante parceira do desenvolvimento sustentável, uma vez que está vinculada a aspectos técnicos, econômicos e sociais da relação entre o homem e o meio ambiente. Uma das formas de promover a reciclagem é através da educação. Salienta-se ainda que esse processo demanda tempo e perseverança, logo é imprescindível que seja ensinado e estimulado ainda no início da vida de cada criança.
Criando e recriando a partir do meio
Na visão de Oliveira (1984, p.....), “as mãos humanas são capazes de exprimir o que máquina alguma poderia fazer, ou seja, nossa própria identidade, ou seja, nossa própria identidade”.
A sucata é a oportunidade que a criança tem de construir o seu próprio brinquedo, no momento em que isso acontece também é possível explorar relações de cor, seriação, quantidade. Porém para que isso se de forma natural o professor deve se mostrar liberto de idéias pré-concebidas deixando que os alunos ao seu tempo possam mostrar sua criatividade.
Além disso, o brinquedo artesanal proporciona momentos de ludicidade para quem o cria. Assim, esses brinquedos sempre terão espaços imprescindíveis na formação social das crianças.
Dessa forma, a sucata é um suporte potencial para qualquer atividade na educação infantil, entretanto se deve observar alguns cuidados básicos. Não é com todo material descartável que o aluno pode brincar. Também é necessário que esse material esteja limpo, organizado e não ofereça perigo. É imprescindível diferenciar sucata de lixo. (SANTOS, 2002, p. 07).
Para a construção de jogos e brinquedos com material de sucata o essencial não é o objeto em si, mas o que ele pode oferecer. O principal é o que um objeto de sucata pode contribuir no contexto no jogo. Torna-se importante a construção de uma “sucatoteca”, ou seja, um conjunto de materiais descartáveis que pressupõe limpeza, seleção e análise da matéria-prima, tanto de forma qualitativa, quanto quantitativa. Além disso, são necessários na visão de Santos (2002), para a produção artesanal materiais e acessórios de boa qualidade, como tesouras, colas, etc. e ainda espaços adequados.
Pais conscientes da importância do projeto da EMEI TIO Luiz a qual valoriza a consciência ambiental, foram incentivados a participarem do projeto enviando de materiais que em suas casas seria descartado no lixo. E para nossa alegria como em outras ocasiões que foram solicitados responderam ao chamado, como revela o Pai B: “É muito importante aprender a preservar o meio ambiente, pois se desde pequena ela aprende a preservar e ter a consciência de que é importante e necessário para ela e, as pessoas que a cercam e, para os que virão futuramente, assim ela cuidará do meio ambiente.”.
Em sala de aula foi possível desenvolver o projeto de forma efetiva e também perceber e valorizar a participação das famílias. Como primeiro passo as crianças tiveram acesso às sucatas manuseando-as e classificando-as, fizeram o contato com o material que iriam usar na construção dos elementos, originados de sua imaginação. Importante ressaltar o quanto os brinquedos ficaram bonitos, isto possível pela criatividade de cada sujeito, por vezes inimagináveis a olhos adultos. As meninas optaram pela montagem de bonecas, sofás, mesas, TVs e até vasos para plantar flores. Já os meninos com seu instinto masculino optaram por carros, trens, robôs e armas.
Ao percebermos os objetos construídos foi possível perceber a interdisciplinaridade entre meio ambiente/afetividade assim como a relação individuo/planeta. O pai A nos mostra a sua preocupação quando fala: “É muito importante, pois desde pequeno o ser humano deve saber como cuidar do ambiente em que vive”.
Após a construção dos brinquedos e jogos, foi realizada uma feira de sucatas, expondo para a escola toda os brinquedos construídos pelas crianças, valorizando assim o empenho de cada um, onde cada trabalho recebeu muitos incentivos a sua continuidade. Visto que a criança aprende através do exemplo e pelo estimulo e, todo aprendizado jamais será esquecido apenas aprimorado.
A importância do contato com a terra
Durante o ano de 2008, a EMEI Tio Luiz passou por uma reestruturação no seu espaço físico ampliando o número de salas de aula, resultando na supressão da área verde e no espaço para brincadeiras ao ar livre, onde havia árvores e um parque aberto contendo areia e brita. No momento a área externa esta reduzida a um parque coberto com piso de cimento e um pequeno espaço com britas, este último pouco utilizado pelas crianças.
Crianças da atualidade, por habitarem em apartamentos, tem pouco contato com as plantas, e aquelas que decoram suas casas, normalmente são para serem apreciadas, quase nunca manuseadas. O pai C revela seu pensamento: “É muito importante uma casa ter um pátio para uma criança ser livre”. Percebendo a ausência deste contato, incentivamos os alunos a colocarem a mão na terra, onde a primeira experiência aconteceu no ano de 2010, ao plantarem sementes de flores em garrafas pet, percebendo ainda o reaproveitamento de um material descartável. Esta experiência sensibilizou as crianças, e uma prova foi o presente que um menino quis oferecer a sua professora, no dia dos professores, pois ao ouvir a indicação da mãe em comprar uma flor para a sua profe, ele ressaltou: “minha profe me ensinou a plantar, então que eu planto o presente dela”. (Aluno A)
A descoberta em dar vida a uma semente e dela surgir uma planta entusiasmou os pequenos, e dessa atitude surgiu à idéia de se criar uma horta, no espaço onde até então havia brita. Essencial é a crença de que não é apenas largar uma semente na terra e acompanhar o seu desenvolvimento e sim o “plantar juntos” a consciência ecológica. Ruscheinsky e Costa reforçam a importância deste pensamento:
[...] o processo de educação, voltado para um relacionamento diferenciado com o meio ambiente, requer a apropriação da realidade por meio da ação-reflexão. O movimento dialético da práxis, como basilar da educação ambiental, encaminhará homens e mulheres ao reconhecimento do seu meio, à assunção como produtores de um alimento nobre e à autonomia de decisão [...]. (2002, p.73)
A partir disso muitas conversas aconteceram com os pequenos, enfatizando a importância das plantas, do consumo de alimentos saudáveis, do contato com a terra, para somente depois começarmos a construção da horta. Professoras e alunos participaram voluntariamente da construção da horta, que iniciou com a retirada de britas em mutirão, munidos de baldes e pás de kits praia, onde essa atividade se transformou numa grande brincadeira, pois naquela manhã enquanto alguns alunos usavam o parque, outros enchiam seus baldes, cantavam suas músicas preferidas, comprovação da satisfação do seu “trabalho”. Na seqüência foi preciso carregar a terra que estava fora do pátio escolar até os canteiros, com nova jornada de trabalho e as mesmas ferramentas. O aluno B nos mostra o quanto essa atividade foi importante no seu desenvolvimento dizendo: “Eu queria que tivesse brita e terra assim onde eu moro pra brinca de baldinho”.
Após esse processo organizacional começou o plantio propriamente dito. Inicialmente com a semeadura de salsa, doada por uma das serventes da escola e, de cenoura doação de um aluno do turno da manhã. Também houve o plantio de mudas de alface, doadas por uma aluna do turno da tarde. Essas doações mostram o envolvimento das famílias em ajudar o projeto a acontecer, pois além do apoio, mandaram para a escola os materiais necessários. O aluno C nos expõe a sua alegria com o plantio: “Profe que legal, é aqui que nós vamos plantar alface. E ela vai crescer?”.
Considerações finais
Feliz da criança que ainda pode manusear a terra, pois sabemos o quanto este contato pode vir a acrescentar na vida futura destes pequenos cidadãos. Sabemos que na educação nenhum resultado é imediato, mas que tudo o que for incentivado na primeira infância ajudará na formação de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade, sabendo tomar decisões sem a necessidade constante de intervenções, visto que o meio ambiente faz parte da vida de qualquer ser humano.
O professor é considerado o detentor do saber do qual a criança ainda não domina, pois carrega esta experiência e assim consegue transmitir a mensagem de preservação e respeito à vida. Acreditamos que este conhecimento não será esquecido, e sim relembrado, nas diversas etapas da vida, especialmente quando forem adultos conscientes. Lembrarão com carinho da escola que os orientou a não prejudicar o planeta.
A seriedade embasou este projeto e este foi fundamental para a obtenção dos resultados satisfatórios, especialmente por percebermos a boa recepção junto às famílias e a comunidade escolar, parceira na realização das atividades, sempre que solicitados. Atitudes que vieram a somar na relação família-escola, onde ambas devem estar unidas para o pleno desenvolvimento infantil.
Sendo que todo processo educativo ambiental na Educação Infantil esta sendo realizado com sucesso, pois as crianças e os próprios docentes envolvidos na causa, até então enriquecem seus conhecimentos contagiando todos que estão a sua volta. Na subjetividade de cada um essas percepções se constituem fazendo a interação dialógica com o mundo e transformando em ação.
Práticas como esta auxiliam na mudança de pensamento quando ainda se diz que “criança vai para a creche apenas para ser cuidada”, pois os pais tomam conhecimento da riqueza de muitas práticas, e vêem que nas EMEIS, especialmente de Marau, os profissionais que desenvolvem estes projetos, são pessoas capacitadas e preocupadas com o desempenho escolar num todo, especialmente aqueles que apontam à preservação de valores ao longo da vida.
As atividades seguem até o final do ano letivo, porém não findará com ele, pois é projeto norteador das ações da escola. A cada dia novas lições estão sempre aprendidas, atitudes analisadas e novas posturas reorganizadas para a sua continuidade, primando por sua constante melhoria. Comprovando este olhar e acreditando na ampliação do espaço físico para a horta que hoje é de dois canteiros de 150 centímetros 0,75 centímetros cada um, o próximo passo será convidar os pais para retirarem o restante das britas e esta horta poder contar com mais de dois canteiros. Ampliando espaços, acreditamos que estaremos ampliando idéias.
Para nós educadoras é um desafio formar sujeitos ecológicos através de projetos duradouros, e desse modo desacomodando toda a comunidade escolar. Quando isso ocorre alunos e professores fortalecem o vinculo afetivo e passam a juntos cuidar do ambiente escolar e a se interessar pelo que acontece fora dele envolvendo as famílias e deste modo passamos a fazer diferença na vida de cada criança.
Embora saibamos que para o planeta nossa atitude possa parecer pequena, para as crianças que tem uma vida pela frente, esta “pequena semente” ambiental é de grande valia.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: meio ambiente e saúde. Vol. 7. Brasília: MEC, 1997.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 28 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
OLIVEIRA, Paulo de Salles. O que é brinquedo. São Paulo: Brasiliense, 1984.

Artigo publicado pela aluna Meridiana Bernardi - Pedagogia 1

POEMA - GERALDO

SAUDADE E TRISTEZA
Geraldo Zanata

COMO É LINDA A MINHA TERRA,
BERÇO ESPLENDIDO EM QUE NASCI;
LEMBRANÇAS TANTAS QUE ENCERRA,
SONHOS, HISTÓRIAS, COISAS QUE VIVI.

ANOS PASSAM, VISIVEIS NA IMAGEM,
UM JARDIM FLORINDO OU A SECAR;
SÃO TRAÇOS DE LUTAS E CORRAGEM,
QUE O TEMPO NÃO PODERÁ APAGAR.

DA PRIMEIRA, ESCOLA A ÚLTIMA SALA,
DO ALUNO, MESTRE, UM DIA DOUTOR.
OBRA ETERNA ESCRITA QUE JAMAIS CALA;
DAS PRÁTICAS REALIZADAS COM AMOR.

FALA-SE AGORA NUMA NOVA SOCIEDADE;
QUE LÍDERES PREGAM EM CONSTRUIR.
NO ÍNTIMO TODOS TEMOS SAUDADES
DE VER A ÁGUA DAS VERTENTES FLUIR.

O AMANHÃ, AO TEMPO PERTENCE
DE HERÓIS EM GRANDES VILÕES;
NAS LABUTAS DO FAZ E ACONTECE
PROJETOS A GRANDES CONSTRUÇÕES.

DO TERRENO FÉRTIL À PRODUÇÃO
TRANSFORMA, PROCESSOS QUALIDADE.
UM AMBIENTE CONTÍNUO DE EXCLUSÃO.
INEFICAZ PARA O MUNDO, FRATERNIDADE.

ME ASSOMBRA OLHAR PARA AS CRIANÇAS;
QUANDO O HOMEM É O SEGUNDO PLANO
DEFENDE-SE ANIMAIS COM GARRAS TANTAS,
MILHÕES DE INOCENTES MORREM POR ANO.

É DIFÍCIL NESTA HORA TIRAR CONCLUSÕES
NO LABIRINTO QUE ESTAMOS CAMINHANDO
EXISTE UM POVO QUE ESPERA SOLUÇÕES,
QUANDO PODER E TER CONTINUAM SOMANDO.
FIM

Poema publicado pelo aluno Geraldo Zanata - Pedagogia 1

TEXTO - JAQUELINE

O Planejamento na prática Pedagógica

Planejar quer dizer envolvimento com a prática, pensar, repensar, reflexão da própria prática, elaborar uma mudança ou melhoria, quebrar o conforto para se arriscar a melhorar o método de ensino, é, antecipadamente, realizar uma atividade e ensaiar a maneira como ela será proposta em sala de aula.
Devemos ter em mente que o planejamento é feito para os sujeitos, os alunos no caso, que são a parte essencial do contexto da escola, afinal, ela é formada pelos próprios sujeitos que constroem a transformação. Para planejar deve-se saber que estamos lidando com pessoas que tem sua própria individualidade e caráter em formação.
Para planejar é preciso mudar, nunca estar satisfeito, não ter medo de pesquisar, de se arriscar em busca do melhor para realizar um trabalho satisfatório. A mudança requer humildade para entender que estamos acomodados e precisamos melhorar, nos aperfeiçoar, procurar recursos, ter objetivos e finalidades organizadas.
Para que o planejamento aconteça e seja estabelecido é preciso que o professor se coloque no lugar dos alunos, pense como eles, é preciso que o professor realmente queira transformar e planejar.
É preciso de motivação de desejo do querer, poder fazer o planejamento, poder disponibilizar dos materiais necessários e fazer o planejamento para obter o resultado esperado.
É necessário o planejamento para que o professor se sinta mais seguro em sala de aula e para que os alunos possam entender o que está sendo proposto, mas para a mudança necessária acontecer é preciso transformar a realidade, humanizar espontaneamente, reproduzir com amor e democracia e não deixar as coisas acontecerem por si próprias.
A relação teoria e prática é essencial para um bom planejamento. Só a prática não é suficiente é preciso saber de onde vem todo o contexto porque isso é importante e a teoria nos ensina isso. Para fazer um bom planejamento é preciso buscar a teoria, entendê-la, e depois praticar em sala de aula.
Significa que não basta planejar um bom trabalho e não praticá-lo, devemos nos empenhar em fazê-lo com êxito para termos um resultado satisfatório, o que orienta a prática de um bom trabalho é planejamento e os dois devem estar em conjunto.
Entende-se nesse sentido que o planejamento é a elaboração teórica da produção de um trabalho. A relação entre pensamento e linguagem é contínua pois um faz parte do outro, sem pensar não existe a palavra e sem palavra não há pensamento, é por meio das palavras que o pensamento existe, o pensamento é para si próprio e a fala é a comunicação comas as pessoas.
Para obter um bom resultado de trabalho é preciso ir mais além, explorar a realidade do entorno, as linguagens do lugar, as famílias, não deixar-se levar pelas aparências. As vezes julgamos determinada situação na escola ou no aluno pela aparência, mas antes disso devemos conhecer o problemas, saber o porque de determinada situação ou atitude para agir de forma correta.
Devemos nós professores saber que o planejamento é um fator muito complexo e difícil pois estamos trabalhando com pessoas, não com números, estamos formando o caráter, a consciência da sociedade, não resolvendo cálculos, sendo assim o planejamento deve ser tão grande quanto essa responsabilidade.
Fazer um planejamento é muito complexo porque trata-se da formação das pessoas, essa é uma atividade que exige responsabilidade, ainda mais porque exige trabalho de coletividade, objetivo e plano de ação.
Antes de se aplicar um planejamento é preciso ter a capacidade de saber até onde vai o nosso conhecimento e até onde pode-se aplicar determinada proposta, é preciso avaliar sua capacidade de mudança da realidade e se especializar para melhorar sua viabilidade.
A possibilidade do planejamento está ligada a regularidade do real onde só tem sentido o planejamento se considerarmos as irregularidades racionais. Não adianta planejar se não tivermos regularidades e deixarmos tudo rolar. A regularidade escolar se trata da legislação, das rotinas e dos espaços determinados que muitas vezes são um obstáculo para a mudança.
A possibilidade concreta da mudança está vinculada a perceber que a transformação possa acontecer e não ficar acomodado achando que o sistema é assim mesmo, que a lei é assim, isso desnorteia o planejamento.
O professor tem o poder e o dever de planejar, mas é preciso discutir que a escola possa ter condições favoráveis para o professor realizar um bom trabalho afinal o professor tem uma rotina muito árdua mas essas mudanças devem ser tomadas para melhorar as condições de trabalho do professor. Não podemos nos sentir limitados a mudar, os limites que parecem insuperáveis mas não podemos desanimar diante das dificuldades.
O processo de ensino-aprendizagem está diretamente ligado ao respeito aos outros. Não nos dedicando a planejar estamos desrespeitando os outros e a nossa identidade e a sua capacidade através do conhecimento e de estímulos.
Sem planejamento não existe proposta sustentável e a proposta é para o aluno, deve-se conhecer a vida dos alunos para poder fazer uma proposta sustentável.
O planejamento não é uma solução de todos os problemas da escola, dos alunos, da sociedade, mas sem ele não temos um rumo, um caminho a percorrer para chegar até o final da caminhada, é um trabalho exigente, mas compensador que ajuda a mudar e a melhorar o processo de ensino-aprendizagem, enfim, o planejamento é uma necessidade
Quando um planejamento não dá certo deve-se discutir com a turma o porque da problemática em se estabelecer tal forma de estudo, e procurar através da discussão novos métodos de introduzir no planejamento, métodos que apresentem um resultado satisfatório para todos.

Texto publicado pela aluna Jaqueline Casa - Pedagogia 1

REPORTAGEM - MERIDIANA

Como ensinar consciência ecológica?

Sabe-se que educação ambiental é um dos temas mais discutidos atualmente e que educar para uma vida ecologicamente sustentável é um trabalho que tem que iniciar quando as crianças são pequenas. A Escola Municipal de educação Infantil Tio Luiz desde cedo auxilia as crianças na sua formação socioambiental.
No decorrer do ano escolar são realizados projetos sobre o tema, conscientizando os pequenos a não desperdiçar água e energia elétrica, as primeiras noções de separação de lixo e principalmente a não jogar lixo no chão, pois a pequena embalagem de bala ou salgadinho causa um grande estrago ambiental.
Também incentivamos os pequenos juntamente com as suas famílias a recolher materiais recicláveis para a construção de brinquedos. Nesse momento além de explorar a criatividade, é possível compreender que nem todo o lixo precisa ser descartado, que boa parte deve ser reciclada, para eles o reaproveitamento se transforma em brinquedos alternativos.
Em contraponto, ao realizarmos trabalhos de observação na rua com as crianças nos deparamos com lixo de todos os tipos jogados nas vias publicas. Algumas vezes até mesmo o lixo que deveria estar em lixeiras, ou amontoado em esquinas pelos garis, aguardando pelo recolhimento que deveria ser realizado na seqüência. Porem isso nem sempre acontece, algumas vezes ele acaba ficando neste local por mais que um dia, facilitando a ação de animais domésticos que rasgam as embalagens e espalham detritos pelo local, acasionando sujeira e mau cheiro.
Deparando-se com esse fato não sabemos o que responder para a criança que nos questiona o porquê do lixo estar espalhado pelas ruas, enquanto deveria estar em lixeiras ou ser recolhido pela empresa responsável.

Meridiana Bernardi Acadêmica de Pedagogia pela Universidade Aberta do Brasil.
Disponível também em http://www.jornalfolharegional.com/ dia 25 de maio de 2011

Reportagem publicada pela aluna Meridiana Bernardi - Pedagogia 1

POESIA - GERALDO

ASSIM UM CAMINHO

A FAMILHA É AINDA O GRANDE BERÇO,
QUE NASCE A VIDA E PROTEGE OS SEUS.
DA TRADIÇÃO ANTES DO SONO, O TERÇO;
DA NOITE ESPERA A PROTEÇÃO DE DEUS.

PASSA O TEMPO E O FILHO VAI CRESCENDO;
PAIS FELIZES TRABALHO E NOVOS OLHARES.
NA COMUNIDADE LAÇOS AFETIVOS TENDO;
ENTORNO DE AÇÕES OFERTA NOS ALTARES

NOVO SUJEITO, ENTORNO PRIMEIROS PASSOS
RUMO AO NOVO AMBIENTE DE UMA ESCOLA.
GENTE NOVA, NOVOS AMIGOS NOVOS LAÇOS;
LÁPIS, BORRACHA, CADERNO, PASTA E COLA,.

CRECHE, PRÉ, FUNDAMENTAL, SEGUNDO GRAU,
FACULDADE, ESPECIALIZAÇÃO É ASSIM O TEMPO;
ADULTOS, RESPONSABILIDADE, O BOM O MAU;
SABER-APRENDER, BUSCAR, É CONHECIMENTO.

O MUNDO É O AMBIENTE DE TOAS AS HISTÓRIAS;
DAS PESSOAS DE SUCESSO E AOS DE FRACASSO.
LIVROS SOMAM PÁGINAS DE FATOS, É MEMÓRIA,
MUNDO DE MAGIA, BELEZA, MUSICA E COMPASSO.

TEMPO, TEMPO DE CRIANÇA, DE JOVEM E ADULTO;
CADA QUAL RESPONDE, OS SEUS ATOS, A POSTURA.
A VIDA ENSINA QUEM BUSCA, LUTA FAZ SEU CULTO;
POVO, UMA HISTÓRIA, TRADIÇAO, É UMA CULTURA.
FIM.
Poesia publicada pelo aluno Geraldo Zanata - Pedagogia 1

PROJETO - ATAÍSE E FRANCIELI

PROJETO: MINHA AMIGA ESCOVITA

Projeto publicado pelas alunas Ataise e Francieli Filippi - Pedagogia 1

ARTIGO - MERIDIANA


Projeto Político Pedagógico: Documento norteador na construção da identidade escolar.

Meridiana Bernardi

Pensando em Gestão Escolar e sabendo que este é um tema muito amplo, opto por estudar o Projeto Político Pedagógico por ser um documento que norteia o trabalho de todas as instituições de ensino. A partir dele se organiza o trabalho pedagógico, e será utilizado em todos os momentos e por todos do grupo escolar.
O presente trabalho tem o objetivo de identificar e compreender os diferentes pressupostos teóricos presentes no projeto pedagógico das escolas e suas implicações na formação dos sujeitos, buscando, desta forma, construir um referencial metodológico e teórico para uma prática fundamentada na perspectiva da educação crítica.
Para analisar e refletir criticamente os princípios teóricos metodológicos que fundamentam a prática pedagógica, realizamos estudos bibliográficos, primeiramente, e observamos a prática pedagógica desenvolvida no ensino fundamental e médio das escolas dos municípios da região.
O Projeto Político Pedagógico da escola pesquisada foi elaborado a partir dos professores e pedagogos da escola, contando com a ajuda de alunos e pais, através de pesquisas e questionários encaminhados aos mesmos.
Este trabalho tem por objetivo estudar e analisar vários aspectos do projeto político-pedagógico dentro da escola parceira. Como diz Fraidenraich: “ As metas e os objetivos definidos nesse documento indicarão como investir para garantir o funcionamento da instituição em condições satisfatórias” (2010, p. 16).
As creches, ou escolas de educação Infantil, são espaços cujo objetivo norteador é proporcionar um desenvolvimento integral às crianças, atendendo
“suas necessidades físicas, biológicas, sociais, intelectuais e afetivas de forma integrada” (RIZZO, 2006, p.45).
O mesmo enfoque também é dado pelo artigo 29 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB), afirmando em seu texto que:
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade (1996, p. 12).
De acordo com Ongari e Molina (2003, p. 131), a creche presta um serviço à coletividade, colocando-se ao lado da família e “ construindo para a tarefa, até então considerada muito privada, de educar crianças pequenas”. Conforme as autoras citadas acima, a creche propicia à criança contato com ambientes mais amplos e com experiência de socializações diferentes do que ela tem em família, sendo que esta é cada vez menos numerosa ( 2003, p. 131).
O Projeto Político Pedagógico “é meta, mas torna-se concreto e gerador de movimentos quando transposto para a compreensão das pessoas e por elas assumido”. (FERREIRA, 2003, p.112). Projeto pode significar algo novo ainda não existente, já que é a organização do que esta por vir, mas com base em caminhos já percorridos e sabendo o ponto exato em que a escola esta vivendo. Ferreira diz:
Projetamos quando temos à nossa frente algo que queremos e para trás algo que nos da referencia. Um projeto é sempre um empreendimento, organização de ações em função de necessidades e desejos de sujeitos concretos. É sempre o anúncio de algo que se quer alcançar. A partir daí podemos pensar o que uma escola quer como seu projeto pedagógico (2005, p. 44).
O principio necessário para nortear o projeto é sua intenção, algo que será necessário, as finalidades da escola, e seu papel social como Ferreira nos mostra:
O principio norteador de um projeto pedagógico é sempre sua intencionalidade. Algo que se apresenta como desejado e necessário. Todo projeto implica a explicitação de uma determinada intenção de ações, da definição a respeito dos fins que se alcançar, que se sustentam em valores, valores esses criados e estabelecidos pelos sujeitos participantes das ações. Assim fica explicita uma filosofia de ação (2005, p. 44).
O mesmo enfoque é dado por Veiga :
O projeto pedagógico exige profunda reflexão sobre as finalidades da escola, assim como explicitação do seu papel social e a clara definição dos caminhos, formas operacionais e ações a serem empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo. Seu processo de construção aglutinará crenças, convicções, conhecimentos da comunidade escolar, do contexto social e cientifico, construindo-se em compromisso político e pedagógico coletivo ( 1998, p. 9).

Contexto
A Escola de educação Infantil Tio Luiz localiza-se na Rua Padre Exupério, n° 466, Bairro Jardim do Sol, município de Marau.
É mantida pela prefeitura Municipal de Marau, que no ano de 1994, junto com a comunidade foi constituiu a Creche Municipal Tio Luiz, devido à necessidade das mães que exerciam atividades fora do lar e não tinham onde deixar seus filhos no turno de trabalho.
A creche recebeu esse nome em homenagem ao Sr. Luiz Broco, doador do terreno, que havia governado a Prefeitura na gestão anterior, sua contribuição foi marcante no desenvolvimento do município. A constituição foi designada pelo decreto Municipal nº. 1.429/94. O terreno, com área de 325 m, área construída é de 176m², sendo uma parte do 1º piso, utilizada pelo Clube de Mães da Comunidade, as atividades iniciaram no dia nove de março de mil novecentos e noventa e quatro.
A partir de 06 de agosto de 1999, conforme decreto municipal 2.308, as Creches Municipais tiveram sua designação alterada, e esta passou a chamar-se Escola Municipal de Educação Infantil Tio Luiz.
A escola conta com quatro professoras, quatro atendentes de creche, uma estagiaria, uma vice-diretora e uma diretora, que atendem noventa e dois alunos de dois a seis anos de idade, nos turnos da manhã, tarde e integral. Distribuídos em Maternal, Jardim I e Jardim II e Pré-Escola, provenientes dos loteamentos Jardim do Sol, COHAB, Jardim das Palmeiras, Jardim América, Mutirão Habitacional, Bosque II e Centro.
O horário de funcionamento da escola é das 07h00min horas às 18h00min horas, sendo divididos em turnos: da manhã das 07h00min horas às 11h30min horas, tarde das 12h45min às 18h00min horas e integral.
A escola conta com fonoaudióloga que atende ás crianças uma vez por semana, e uma psicóloga que atende sempre que solicitada no posto de saúde.
É uma escola pequena onde a maior parte dos pais trabalha em empresas alimentícias, os pais em geral tem boa estrutura familiar e na maioria de classe média, alguns de classe baixa, mas com a escola trabalhando junto com a família é possível conseguir ótimos resultados. Possuem trabalho e na sua maioria casa própria.
No bairro há uma Igreja tendo como padroeiro São Pelegrino, possui também padaria, mercado, escola, faculdade, Apae, Colégio de Irmãs, um PSF (Posto de Saúde da Família) por ser um bairro antigo todos mantém boa relação e se conhecem.
A escola é mantida pela Prefeitura Municipal de Marau, SESI, convênio com Perdigão e ainda a contribuição dos pais para o CPM (Circulo de Pais e Mestres) da escola que auxilia na manutenção da mesma, na compra de complementos alimentares e de material escolar quando necessário, e na realização de eventos e homenagens.

Visão dos Pais
Os pais enxergam a escola como uma segunda família, que da continuidade na educação de seus filhos. Sabem que contribuem para a formação física, moral e intelectual do desenvolvimento da aprendizagem de seus filhos, com a certeza de uma preparação para a vida e o futuro de um bom cidadão.
Dizem-se contentes com a organização da escola, começando pela direção que é muito prestativa e esta sempre a disposição dos pais, o cuidado e responsabilidade dos professores, assim como a limpeza do prédio. Vêem a escola como uma continuação da família e que neste lugar aprendem regras e ensinamentos que podem desenvolver a criança.
Para os pais a escola é uma ótima opção, pois sabem que os seus filhos ali são bem cuidados e alimentados e que a escola é um lugar seguro para eles e com isso conseguem trabalhar sossegado. Enfatizam ainda que escola, família e comunidade andem juntas, e que isso se da pelas reuniões onde todos podem participar.
Fraidenraich diz:
Tomar decisões sozinho é sempre uma responsabilidade muito grande, ainda mais com medidas que dizem respeito não só aos alunos, mas a toda a comunidade. A prática que alguém decide e todo mundo faz está ultrapassada e não condiz com o conceito de autonomia da escola. (2010, p. 16)
Alguns pais deixam como sugestão, reuniões e encontros com a comunidade; palestras sobre Educação Infantil, par que os pais tenham outra visão sobre os professores.

Visão dos Professores
Os professores vêm à escola como uma instituição que dá continuidade à educação, onde há espaço para proporcionar ensino e aprendizagem.
Acreditam que os pais são os alicerces para as crianças no processo educativo. Muitos se mostram preocupados, de famílias estruturadas, porém outros parecem despreocupados com a educação, vivem em famílias instáveis, deixando para a escola o papel que deveria ser deles, isso acaba muitas vezes dificultando a relação família escola.
Os professores se mostram mediadores entre o aluno e o conhecimento, motivando-os e despertando o interesse para a participação nas aulas, preocupados acabam por desempenhar bem seu papel no processo de ensino aprendizagem.
A direção é humana, sempre motivando os professores, e apoiando os pais.
Utilizam do construtivismo como prática educativa, partindo sempre da realidade da criança, levando em conta sua bagagem cultural e utilizando-se do concreto, incentivando o aluno ao pensar. Acreditam que se deve ter consciência que trabalham com pessoas, envolvendo sentimentos, alegrias, vitórias, conquistas e aprendizagens o que é merecedor de muito respeito e admiração.

Princípios da Proposta Político Pedagógica
Projeto Político Pedagógico Aponta como objetivos da escola:
- Ter sua prática educativa baseada nas necessidades políticas;
- Formar cidadãos responsáveis;
- Deixar claro o papel da escola e o que queremos;
- Promover o crescimento cultural e intelectual do aluno;
- Permitir a criança a fazer suas escolhas;
- Construir um espaço escolar com elementos curriculares de aprendizagem;
- Formar agentes de formação cultural;
- Permitir o Desenvolvimento de potencialidades que leve a auto-realização e a autonomia;
Viabilizar através de espaços adequados, que a escola com sua estrutura formem pessoas par ao mundo que caminhe em alta velocidade, de forma ética com postura flexível construindo idéias e atitudes responsáveis perante a vida.
A Escola Municipal de Educação Infantil Tio Luis, compromissada com a educação e seu papel educativo, para poder dar resposta ao conjunto de sua missão. Organiza seus princípios em torno de quatro aprendizagens fundamentais, que ao longo da vida serão de algum modo para cada individuo, os pilares da educação que são: Aprender a conhecer, aprender e fazer, aprender a viver juntos, aprender a ser.
Sendo que a união dos quatro saberes constituem apenas um, dado que entre eles existam muitos pontos de contato, de relacionamento e de permuta.
1) Aprender a conhecer
Esse tipo de aprendizagem visa o domínio dos próprios instrumentos do conhecimento, podendo ser considerado como um meio e uma finalidade de vida humana. Meio por que se pretende que cada um aprende a compreender, de conhecer e descobrir.
Aprender para conhecer, quer dizer, aprender a aprender, isto é, exercitando a atenção, a memória e o pensamento. O processo de aprendizagem do conhecimento nunca esta acabado, e pode enriquecer-se com qualquer experiência. Por isso continuamos a aprender ao longo de toda a vida.
2) Aprender a fazer
Aprender a fazer e aprender a conhecer são extremamente ligados à formação profissional: como ensinar o aluno a por em prática seus conhecimentos e como adaptar a educação ao trabalho futuro.
Esse aumento de exigências de qualificação, em todos os níveis, tem varias origens. No que diz respeito ao pessoal, ao coletivo e ao grupo. Tais exigências visam uma busca de trabalhadores com compromisso pessoal, considerando suas qualidades subjetivas, inatas ou adquiridas em saber ser para saber fazer.
Qualidades como: comunicação para trabalhar em grupos, gerir e resolver conflitos torna-se cada vez mais importantes. Trata-se mais de uma qualificação social do que profissional. Por isso, aprender a fazer depende do aprender a conhecer.
3) Aprender a viver juntos
Sem duvida esta aprendizagem hoje repete um dos maiores desafios da educação, que tem por missão, por um lado transmitir conhecimento sobre a diversidade da espécie humana, e por outro levar as pessoas a tomar consciência das semelhanças e da independência entre todos os seres humanos.
Passando a descoberta do outro, pela descoberta de si mesmo, e por a criança e o adolescente uma visão ajustada do mundo. A educação, seja dada pela família, pela comunidade ou pela escola, deve antes de tudo ajuda-los a descobrirem-se a si mesmos. Por isso o confronto através do dialogo e de argumentos que são indispensáveis à educação.
4) Aprender a ser
A educação deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa, espírito, corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal e espiritualidade. Todo o ser humano deve ser preparado a ser autônomo, critico a fim de poder decidir por si mesmo e de saber agir nas diferentes circunstancias da vida.
A educação tem o papel essencial, conferir a liberdade de bens, discernimento, os sentimentos e a imaginação de todos os seres humanos. Que necessitam desenvolver seus talentos, sendo donos de seu próprio destino. Assim sendo, aprender a ser se desenrola desde o nascimento até a morte, é um processo dialético que começa pelo conhecimento de si mesmo e na relação com o outro.
Ferreira nos mostra o real significado do projeto pedagógico para a escola:
A construção do projeto pedagógico deve considerar, portanto, o desafio da articular as singularidades da escola que produziu às políticas públicas mais amplas. A reflexão coletiva da escola é extremamente importante e necessária a fim de que exista um compromisso de todos a respeito dos princípios que vão orientar o trabalho escolar, considerando sua especificidade.
Dessa forma o PPP constitui-se em um instrumento valioso de mediação entre ansiedades, desejos e intenções dos sujeitos escolares e o planejamento concreto de suas ações cotidianas. O PPP concebido, executado e avaliado na perspectiva do coletivo poderá vir a construí-se na ferramenta por excelência para a escola construir sua autonomia, a partir da ressignificação de suas praticas de todo o trabalho escolar (2005, p. 47).
Consideramos que todos os pontos descritos neste Projeto Político Pedagógico são de fundamental importância para o bom funcionamento de uma escola, e para uma educação de qualidade, a qual as crianças e adolescentes necessitam.
Em última análise, é possível afirmar que, com a observação e estudo da escola e de seu Projeto Político Pedagógico, que se fizeram necessários para a realização deste trabalho pode acrescentar conhecimentos indispensáveis para a futura docência.

REFERÊNCIAS
ONGARI, Bárbara; MOLINA, Paola. A educadora de creche: construindo suas identidades. São Paulo, Cortez, 2003.
RIZZO, Gilda. Creche: organização, currículo, montagem e funcionamento. 4. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
BRASIL. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n° 9.394/ 1996, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 23 dez. 1996.
FERREIRA, N. S. C. A Gestão de educação e as políticas de formação de profissionais da educação: desafios e compromissos. In: FERREIRA, N. S. C. Gestão democrática da educação. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2003.
FERREIRA, N. S. C. Gestão Educacional e Organização do Trabalho Pedagógico. In: FERREIRA, N. S. C. Projeto Pedagógico: A autonomia coletivamente construída na escola. Curitiba: IESDE, 2005.
FRAIDENRAICH, V. O PPP e os investimentos. verônica.fradenraich@abril.com.br, ano II, n° 7, abril/maio 2010. Disponível em: Nova Escola: Gestão Escolar

Artigo publicado pela aluna Meridiana Bernardi - Pedagogia 1

TEXTO - FRANCIELI


INDISCIPLINA


Atualmente a indisciplina é o tema mais em voga no cotidiano escolar.
A indisciplina é algo que atormenta o desenvolvimento das aulas, é falta de respeito e transgressão de regras. É um dos temas que mais tem dado dificuldade no contexto escolar.
É sinônimo de desobediência, desordem, rebelião. Assim indisciplinado é aquele que revolta contra a disciplina, e o disciplinado é aquele que obedece sem questionar á regra do contexto escolar.
Ter atitudes positivas é essencial para se dar bom exemplos, tanto na escola como no ambiente familiar. Ambientes com tranqüilidade, equilibrado, pais e educadores que dão e cobram atitudes corretas formarão filhos íntegros e seguros.
O ato indisciplina está ligado às atitudes dos alunos em sala de aula, como por exemplo: ser desobediente, bagunçar, falar ao mesmo tempo em que o professor, atrapalhar a aula e ainda respondem com grosseria.
Hoje, o desafio é fazer com que nas salas de aulas a presença de espírito do aluno esteja presente não somente a física. Seja onde estiver à mente do aluno se não for do assunto relatado em aula, ele não esta aprendendo.
As atitudes dos professores que vem para aplicar sua aula andam um pouco desanimadas, às vezes, nem preparam a sua aula e isso acaba desmotivando a turma. O rendimento em sala de aula se vê pelo comprometimento das atitudes dos professores em sala de aula. O professor precisa fazer o seu papel, buscar dar segurança, ouvir o aluno, trabalhar dentro dos aspectos sociais e interpessoais, agindo junto ao aluno para combater a indisciplina.
E também tem as atitudes da família. A briga domestica o alcoolismo, ausência de valores são fatores que podem intensificar a indisciplina. Se o lar é desestruturado em que os pais não se respeitam, podem fazer com que os filhos reproduzam essa falta de respeito na escola. Os pais são os principais educadores são eles que transmitem valores morais à criança, já a escola tem a função de recriar o conhecimento moral, histórico e social.
Educação é para todos, e a maneira de efetivá-la é ensinar desde a idade mais tenra a conviver com as diferenças que fazem parte da complexidade e da condição do ser humano e isso inclui aceitar as próprias diferenças e a das outras pessoas. Alem disso, ensinar que elas têm direitos adquiridos e ao longo da vida deverão lutar por eles.
Não há aprendizagem sem motivação, pois o aluno motivado sente-se valorizado e sente necessidade em aprender o que esta sendo tratado e ao aprender ele acrescenta seus conhecimentos a novos conhecimentos.

Texto publicado pela aluna Francieli Filippi - Pedagogia 1

POEMA - MIRTES

A GESTÃO DA ESCOLA QUE EU QUERO...

Na escola que eu quero,
O diretor está sempre aberto pra todos... Gera em equipe, administra para todos e com todos...
O vice-diretor tem o mesmo perfil... É dinâmico e camarada, sem perder de vista suas atribuições...
O coordenador pedagógico saber gerir. Tem como foco principal a aprendizagem...
O Orientador educacional cumpre seu papel com afinco na formação permanente do educando: ensina valores, atitudes... Discute sentimentos e emoções...
O coordenador financeiro gera com competência, busca prioridades, discute com todos, trabalha em equipe...
Todas as pessoas envolvidas participam das decisões, atuando conjuntamente

Na escola que eu quero...
O Conselho Escolar é atuante e participativo... Preocupado em colaborar e tomar as decisões mais acertadas...
Todos participam da construção, aprovação e execução do Plano político Pedagógico.

Na escola que eu quero...
Há uma gestão que qualifica a integração escola-família-sociedade...
O CPM é esforçado e competente... Busca uma escola sempre bem equipada.
O professor administra bem o seu tempo! Sabe perceber o que seu aluno precisa... Busca conhecer sua realidade...

Na gestão da escola que eu quero...
O secretário não trata somente do burocrático, mas atende pessoas, é atencioso e gentil...
A merendeira administra bem sua área: prepara o alimento com carinho e faz do refeitório um lugar de momentos prazerosos...
A servente deixa tudo limpo e organizado, pois sabe que assim tudo fica mais agradável...
O monitor, na interação com o educando, busca sempre acrescentar algo de bom, nas situações que se apresentam...

Na gestão da escola que eu quero...
Todos participam das decisões, pois sendo uma escola democrática, oferece oportunidade para todos os segmentos da comunidade escolar...
O aluno, o personagem central, também gere. Sim... Pois ele também é administrador: do seu tempo, do seu material, dos seus conhecimentos, sentimentos, da sua realidade... Ele quer ser um cidadão completo, ciente de seus direitos e obrigações e não abre mão de seu poder de participação...

A escola que eu quero é gerida por todos: cada um com seu papel, com sua parte, mas, todos juntos como numa engrenagem, para que a roda gire, para que as coisas aconteçam...
E, finalmente, a escola que eu quero forma cidadãos com consciência crítica, atuantes, responsáveis, participativos e criativos, atuando na construção de um mundo melhor.

Poema publicado pela aluna Mirtes Lurdes Brunetto Rizzotto - Pedagogia 1

ARTIGO - GERALDO

EDUCAÇÃO UM PROCESSO CONTINUADO DE INOVAÇÃO E MUDANÇA

GERALDO ZANATA

Resumo
A Educação Brasileira está transformando seus ambientes de tal forma que todo o entendimento anunciado por Freire está perpassando todo o contexto do sujeito, do ambiente, do entorno e do próprio meio social grantindo uma educação, ou melhor, um ensino aprendizagem que possibilite as transformações buscadas. Se são buscadas mudanças e novas abordagens significa dizer que o processo está em movimento de um contexto estático para uma interpretação dinâmica e sistêmica de entender Educação.

1 INTRODUÇÃO
Falar em mudança a priori é a alteração de um estado presente para um estado desejado. Falar em organizações mudança é o processo de movimento que acontece em seu escopo de atividades e ações para possibilitar nova abordagem, novo paradigma ou nova proposta de trabalho objetivando o tornar-se eficaz.
Este procedimento ou processo de mudança ocorre nas empresas, nas pessoas, no ambiente enfim em todas as circunstâncias e não diferente e tão pouco ignorada, a mudança no contexto educacional dado o ambiente, os processos, os sujeitos, o contexto, ou seja, na totalidade do constituir-se educação. Nisto que apresenta-se neste um interpretação da mudança em ambientes educacionais em seu sistema.

2 MUDANÇA
Conforme Freire (2008, p. 28) a educação provoca uma procura por um sujeito, ou seja, a busca pelo indivíduo. No entanto, o indivíduo precisa ser o sujeito de sua própria educação, por isso não deve ser objeto da mesma. Por outro lado, o homem sempre vai buscando cada vez mais a educação, pois, ela tem caráter imutável, ou seja, todos estão sempre na mesma busca pela educação. Portanto a sabedoria parte da ausência de conhecimento, por isso não existe ignorantes totais.
A sabedoria se realiza por meio de uma superação constante, ou seja, a sabedoria anda junto com a superação, por isso não existe ignorância total, sempre está havendo uma renovação do saber ou da falta de conhecimento. No entanto, as pessoas não devem se colocar na maneira superior em um grupo que não possui conhecimento, mas sim de uma maneira humilde para que aja uma comunicação da sabedoria relativa entre o grupo (FREIRE, 2008, p. 29).
Ainda para Freire (2008, p. 30), o indivíduo está no mundo e com o mundo, se não estivesse no mundo, não teriam transcendências nem teriam objetivos próprios. Por isso o indivíduo se torna capaz de se relacionar com outras pessoas e pode até diferenciar órbitas diferentes das de si mesmo, essas relações se apresentam pelo mundo, no mundo e com o mundo, um exemplo seria de um animal que está no mundo e não com o mundo.
As relações do indivíduo também podem ser caracterizadas como temporais ou transcendentes. O indivíduo pode ter em sua eminência transcender e estabelecer uma ligação com os criaturas infinitas, mas essa ligação não deve ser de uma domesticação resignação ou submissão diante da criatura infinita. Outro fator seriam as relações inconseqüentes, pois esses não tem a liberdade para inventar ou não inventar (FREIRE, 2008, p. 31).
O profissional educacional é sabedor das ações de mudança e criação que deve efetivamente proporcionar ao contexto formador. Neste contexto, devido a constante interação com o meio deve instigar os sujeitos a inventar condicionando a mudança na direção dos objetivos. Educar não é simplesmente transferência de conhecimento, mas sim a internalização dos saberes para transformá-los em melhoramentos contínuos.
De acordo com o pensamento de Lévy, o professor é uma referência na orientação dos alunos no processo de adquirir conhecimentos além de oferecer oportunidades para o agrego de valores na construção coletiva dos saberes numa aprendizagem integrada. Assim como o professor deve criar ou oportunizar fatores que possibilitem conhecimento, deve despertar no aluno a busca incansável pelo novo o há de vir a ser.
Torna-se inútil todo o processo, independente da ciência envolvida, um programa permanente de avaliação e controle na percepção ou nõ dos fatores inerentes e que efetivam a mudança no ambiente de estudo. Tal qual o professor aplicar revisão dos conteúdos por intermédio de prova, torna-se indispensável uma relação de valor com processos implementados que possibilite perceber a diferenciação justificando a mudança ocorrida.
Para Freire (2008, p. 65), mudança tem uma concepção muito homogênea com transição, embora de forma dramática e desafiadora, e a marcha que uma sociedade faz em buscas de novas tarefas, novas abordagens na direção de sua plenitude. Um exemplo é o país que vivemos que passa de uma situação considerando-se a própria sociedade, de uma situação fechada para uma concepção de aberta. Um olhar para os aspectos de transição do passado ao futuro num acontecer presente, nas ações humanas.
Considerando, neste contexto o próprio Brandão (2005), utiliza-se do método de Paulo Freire, na condição de despertar nos sujeitos o caminho da mudança. Essa mudança traz como característica do repensar, reinventar através da pesquisa do próprio cotidiano. Método como um guia para a mudança e transformação social.

3 CONCLUSÃO
Por fim, fica evidente que o ser humano sempre está insatisfeito e essa luta na satisfação de suas necessidade concentra seus esforços na conquista e este processo que sugestiona o mudar, inovar e transformar dado o contexto de interações sociais seja no meio social assim como nos ambientes de ensino-aprendizagem.

Referência Bibliográficas
FREIRE, Paulo. Eduacação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é método Paulo Freire. São Paulo: Brasiliense 2005.
LÉVY, Piere. Cibercultura. Rio de Janeiro Editora 34, 1999.

Artigo publicado pelo aluno Geraaldo Zanata - Pedagogia 1

domingo, 16 de outubro de 2011

TEXTO - MARIZETE

POR FALAR EM EDUCAÇÃO

Do latim “educatione”, a palavra educação pode ser definida como um conjunto de normas pedagógicas aplicadas ao desenvolvimento geral do corpo e do espírito. Isso significa dizer que educar é possibilitar a transformação, modificando positivamente o educando, não somente com conhecimentos, mas também com valores, atitudes e responsabilidades, pois a educação vai muito além da troca de informações. Ao se falar sobre educação, é preciso ter em mente que educar não pode ser um ato isolado, mas deve contemplar o todo do educando, sem esquecer que o professor não pode se apresentar como o único detentor do saber, já que é justamente na interação que a verdadeira educação acontece.
O educador deve ser um mediador na construção do conhecimento e, acima de tudo, precisa usar o trabalho em sala de aula para promover uma educação mais humana, focada na emancipação do aluno e na diminuição da alienação. A troca de informações é, sem dúvida, imprescindível, até porque é uma das exigências do mercado de trabalho, no entanto o educador deve ir além, envolvendo-se com o processo educativo, a fim de proporcionar o melhor ao educando, mostrando que valores e atitudes conscientes também são de extrema importância.
Educar também exige cuidados e, nesse ponto, a responsabilidade do educador é bastante grande, uma vez que assim como ele pode influenciar positivamente seus alunos, também pode limitá-los, podando a criatividade e fazendo ver a escola como algo cansativo e sem importância, o que acaba levando à evasão, à deficiência na aprendizagem bem como a índices vergonhosos como os atuais 10% de analfabetismo no Brasil. É preciso mudar esses números, diminuir o desinteresse, fazer com que a escola passe a ser um lugar prazeroso e a educação passe a ser uma meta e também uma forma de melhorar o país, melhorando primeiramente o homem.
Quando as pessoas envolvidas no processo educativo se derem conta que é através da educação que se pode mudar, para melhor, uma cidade, um estado ou até mesmo um país, então, o processo educativo terá o reconhecimento que merece. É preciso resgatar o valor da educação e através dela tornar o homem e o mundo melhores, mais humanos e mais solidários, pois a educação é essencial para a formação de um ser humano melhor.

Texto publicado pela aluna Marizete Gonçalves do Nascimento Brescansin - Pedagogia 1

POESIA - ELISANGELA MISTURA

ESCOLA

Escola todo dia
Dia sim, dia não.
Não porque é dia de prova.
Sim porque tem brincadeira.
Professora faceira, colega de bobeira.
Escola todo dia.
Dia sim, dia não.
Não porque tem matemática.
Sim porque tem colega nova.
Nova com novidade e muita curiosidade.
Escola é aprender, escola é brincar.
Todo dia é dia de escola.

Poesia publicada pela aluna Elisangela Mistura - Pedagogia 1

ACRÓSTICO - EDUCAÇÃO INCLUSIVA - ATAÍSE

Em nosso dia a dia aprendemos certos valores de profissionalismo
Da mesma forma tentamos repassá-los aos nossos alunos
Uns com habilidades e saberes maiores que os outros
Com mais dedicação, atenção e carinho,
Ainda sabemos que precisamos buscar mais valores
Conhecer a necessidade dos sujeitos
Apoiando quando necessário e destacar o quanto é importante a presença do mestre
Organizar, associar e buscar algo a mais para transmitir aos educandos.

Isto jamais poderá ser deixado de lado
Nossos alunos com deficiência terão que ser inclusos
Caminhar juntos sempre em busca de novas idéias
Levar aos alunos o conhecimento de seus direitos e deveres
Unificar o interesse em aprendizagem em sala de aula e em seu entorno
Saber fornecer escolhas e opções para manter o bom desenvolvimento da aprendizagem
Investigar cada vez mais as necessidades dos sujeitos
Variar as atividades que serão desenvolvidas durante o tempo de ensino
Acreditar que unindo valores conseguiremos obter uma educação inclusiva

Acróstico publicado pela aluna Ataíse Filippi - Pedagogia 1

TEXTO - ARLETE

BLOG COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA


A utilização de blogs na escola, além de facilitar a exposição e a divulgação dos trabalhos dos alunos, aumenta seu conhecimento tecnológico e é muito atrativo. O professor precisa estar inserido no mundo das tecnologias para que possa direcionar suas aulas de forma a mediar o conhecimento teórico e prático, aproveitando os recursos que a internet oferece, reinventando o trabalho pedagógico e envolvendo mais os alunos.

Texto publicado pela aluna Arlete Tomasi - Pedagogia 1

ACRÓSTICO: GESTÃO ESCOLAR - FRANCIELI

Gostar de ser educador,
Educar com amor e doação,
Sentir em cada aluno um valor,
Ter capacidade de elaborar e buscar ideais,
Atender e ouvir com comprometimento,
Olhar sempre com idealismo.

Embora ainda haja muito para buscar,
Sempre é tempo de iniciar uma atividade,
Colher sempre bons frutos,
Onde a semente é lançada é como um desafio,
Levantar-se sempre após cada tropeço,
Almejar sempre com conhecimento maior,
Realizar-se dia após dia.

Acróstico publicado pela aluna Francieli Filippi - Pedagogia 1

POESIA - ATAÍSE

UNIDOS PARA TRANSFORMAR

Apenas uma gota d’água
Não se transforma em um rio...
São necessárias muitas delas.

Não se trata de uma união para uma construção qualquer.
Este rio que pode se formar com
Gotículas de água,
É o mesmo que pensarmos na criação de uma escola...

Ainda não existe uma escola perfeita
Mas isso não significa que não há possibilidades
De nos mobilizarmos para transformá-la...

Como apenas uma gota d’água
Não formará um rio...
Apenas um profissional
Não transformará uma escola.

Mas, muitas gotas formarão...
Assim como muitas pessoas poderão transformar.

Cada gota é igual,
Assim como cada ser humano.
Alguns contribuem de uma maneira um pouco diferente,
Mas todos com sua importância.

É uma harmonia de diferentes vozes,
Que formam um grupo de gestores
Que procuram novos rumos...
Se empenham...
Buscam alcançar os objetivos traçados.

Este coletivo de pessoas,
Ampliam saberes...
Compartilham experiências...
E fazem de cada ano letivo,
Um ano novo,do início ao fim.

Poesia publicada pela aluna Ataíse Filippi - Pedagogia 1

RESENHA - JOICE

Resenha do capítulo ‘Desenvolvimento Moral’ da obra Piaget para a Educação Pré-escolar, escrita por Constance Kamii e Rheta Devries, 2ª ed., Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.

DESENVOLVIMENTO MORAL

Joice Possa

O construtivismo de Piaget está presente, também, em suas idéias acerca do desenvolvimento moral da criança; acreditando que este também é um processo de construção do interior. Piaget acredita que as relações externas não contribuem para o desenvolvimento moral da criança, pois impedem o desenvolvimento de sua autonomia.
Normalmente, a criança aprende regras sociais em obediência aos adultos e ao meio, porém a obediência não contribui ao processo de desenvolvimento porque a criança deixa sua conduta ser governada e age assim para evitar castigos. Porém, quando a criança está consciente de sua conduta e possui uma relação de confiança com o adulto, ela cria suas próprias regras morais. Concordo com essas afirmações de Piaget pois conheço crianças que não aceitam ser ‘mandadas’, elas somente fazem o que é solicitado quando confiam e acreditam no adulto que solicita a atividade.
A criança nos primeiros anos de vida não é capaz de criar seu sistema de regras, dependerá do auxílio do adulto para criar suas próprias possibilidades. É através das relações não coersivas que o adulto ajudará a criança a passar de um estado egocêntrico para a descentração e coordenação interindividual. Aos poucos, ela compreenderá que os outros possuem desejos diferentes dos seus e passará a entender o porquê de emprestar seus brinquedos ou de cooperar com os outros.
Quando o adulto reduz seu poder, a criança consegue desenvolver sua autonomia. Piaget afirma que o indivíduo cooperará voluntariamente na medida em que pode escolher e decidir. É importante sim, como diz Piaget, que seja dada à criança a liberdade de escolha e decisão, porém essa liberdade é limitada, pois é impossível evitar a interferência do adulto.
Piaget estudou os tipos de sanções utilizadas pelos adultos para pressionar as crianças a obedecerem regras e as dividiu em dois tipos: sanções expiatórias e sanções por reciprocidade. As sanções expiatórias são aquelas em que não há relação lógica entre o ato da criança e o castigo ou punição imposta pelo adulto. Acredito que esse tipo de sanção gera somente a dor e a raiva na criança, uma vez que ela não entende porque está sendo punida daquela forma.
As sanções por reciprocidade são aquelas em que há relação lógica entre o ato da criança e a sanção. Esse tipo de sanção se caracteriza para as crianças por não ser arbitrário, ela compreende que se quebrar um brinquedo que gosta muito não terá mais seu brinquedo. É claro que o adulto não deixa de usar seu poder, mas como já foi dito, ele usa o mínimo de sua autoridade, possibilitando que a criança construa as suas próprias regras morais.
Piaget identificou seis tipos de sanção por reciprocidade, porém adverte que qualquer uma delas pode se tornar uma sanção expiatória à medida que o adulto as utilizar de forma punitiva. O elemento importante na relação entre o adulto e a criança é a atitude de cooperação; mas acredito que a confiança, também, seja essencial entre eles.

Resenha publicada pela aluna Joice Possa - Pedagogia 1

ARTIGO - MÁRCIA - 2

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA O
DESENVOLVIMENTO E A APRENDIZAGEM


Márcia Rosana Polachini

O ser humano, ao longo da história, submeteu-se a muitas transformações físicas, sociais, comportamentais, tecnológicas e culturais, porém o seu instinto de brincar e entreter-se em nada ou em muito pouco foi alterado.
É a moral que determina o comportamento social que homens e mulheres devem apresentar, adequando-se aos padrões da sociedade em que se inserem. É nesse sentido, que desde os primeiros anos de vida de um ser humano, os jogos e brincadeiras são os mediadores de suas relações com o mundo que o cerca e com os padrões sociais aceitos pela sociedade em que vive. Desde o berço, o homem aprende a relacionar-se com o mundo através de jogos e brincadeiras, como toda criança gosta de brincar irá internalizar melhor as noções de comportamento quando essas forem adquiridas por meio de uma atividade lúdica, pois poderá assimilar o objeto da sua maneira e terá o estímulo da brincadeira para a realização de tal assimilação.
O jogo e o brinquedo são atividades que acompanham a criança desde o início da humanidade, possibilitando a ela o contato com representações e imitações da vida adulta. Desde o início da vida e dos primeiros contatos com o mundo que a cerca, a criança utiliza-se da brincadeira para assimilar e compreender o que passa ao seu redor. É o lúdico que permite a criança o seu pleno desenvolvimento: físico, moral, intelectual e motor.
Já na educação, o jogo é sem dúvida a atividade mais importante para o desenvolvimento racional da criança. Contudo, o lúdico sempre causou muita discussão e conflitos no meio educacional. Tanto a sua definição quanto a sua ação prática são ainda hoje muito discutidas, sendo motivo de pesquisas e de teses de cursos de graduação e pós-graduação. Buscam-se uma definição que contemple toda a diversidade contida no ato de jogar ou brincar, assim como as suas reais contribuições para o processo de aprendizagem, sobretudo na alfabetização.
Os jogos e as brincadeiras sempre foram e serão os mediadores nas relações do homem com as coisas do mundo. Daí vem a justificativa dos mesmos estarem presentes no processo de alfabetização, sendo os mediadores da criança no contato com o mundo novo e fascinante da leitura e da escrita. Assim como o homem aprende a relacionar-se com o mundo por meio de jogos e brincadeiras, a criança poderá de forma prazerosa e motivante se relacionar com letras, números e símbolos. Para Vygotsky (1915), a criança é introduzida no mundo adulto pelo jogo e a sua imaginação quando estimulada por meio de jogos pode contribuir para a expansão de suas habilidades conceituais e para gravar conteúdos.
O corpo constitui a base orgânica na qual se assentará a personalidade da criança. É ele que possibilitará a ela interagir e adaptar-se ao meio, sendo o seu principal canal de comunicação com o mundo. Comunicação, essa, amplamente desenvolvida nas atividades lúdicas, quando a criança aprende a respeitar regras e conviver com os semelhantes. Tanto o jogo quanto as atividades lúdicas possuem um elemento essencialmente socializador, portanto de grande valia para os processos de desenvolvimento e aprendizagem.
Hoje, é notório o fato de que a escola precisa se preocupar com a emoção dos alunos tanto quanto com os conteúdos, principalmente durante o processo de alfabetização. E o que mais satisfaz e agrada à criança, certamente, é o ato de brincar. Basta ao professor saber a importância do lúdico nesse processo e introduzi-lo em sua prática pedagógica.
Para finalizar, é válido ressaltar que há muito o lúdico vem sendo apresentado como o grande facilitador do desenvolvimento da leitura e da escrita; tarefas básicas e fundamentais no processo de alfabetização. Além disso, o trabalho com jogos permite criar e gerar situações reais e concretas de aprendizagem.

Artigo publicado pela aluna Márcia Rosana Polachini - Pedagogia 1